segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sexto Sentido

Não costumo contar muitas histórias minhas aqui no blog; geralmente coloco as doideiras que vêm na cabeça, uso como uma válvula de escape. Mas hoje merece. Nunca vi tamanha sensibilidade mediúnica reunida em uma só pessoa!
Tudo começou quando propus a meu amigo despigmentado que ele me acompanhasse a uma fonte para eu saldar a minha dívida com ele, comprando-lhe um DVD. Como o lugar era na Penha, e o Albino mora na Tijuca/Andaraí/Grajaú/Usina, etc, ele disse:
- É uma boa idéia! Aí eu aproveito e passo na distribuidora que fica aí na Penha, que eu tava afim de ir mesmo.
Beleza, combinado mal e porcamente que o dia seria na segunda-feira, hoje, quando acordei (meio-dia, marromenos), liguei para ele, que com voz de sono diz:
- Pô... acordei agora. Mas em meia hroa tô aí. Só descer e pegar o carro.
Agora entendo porque o programa da Márcia chama a criatura para dar depoimento... Enfim. Eu sabia que meia hora dele era duas horas terrenas, e tomei banho, almocei e me vesti adequadamente mal para ir comprar algo na Penha. Fomos no primeiro local, que EU queria ir. E partimos em busca do local que ELE queria ir. Ele, como um bom taxista, memorizou o endereço, mas não faz a mínima idéia de como chegar no local. Ligo para minha mãe e pergunto. Digo o nome da rua e ela promete retornar com a resposta, pois tinha que olhar no mapa da Rio Listas. Ela retorna a ligação e me pergunta, assustada, se eu vou para lá. Digo que o Albino quer ir. Ela fica preocupada:
- Mas é na Vila Cruzeiro, na favela da Grota, Grotão! E aqui fala que é em Olaria!! Ele precisa mesmo ir pra lá?
Como sei da teimosia do Despigmentado, digo que sim. E ela pergunta se quer que eu vá me buscar (ela ainda acha que eu estou no primeiro lugar e que não vou acompanhá-lo na empreitada). Recuso, digo que logo chegarei em casa. Mentira.
Eu no banco do carona do táxi vou perguntando a todos pela rua. E cada um fala um lugar. Bom, essa parte não importa muito, mas após 20 minutos conseguimos chegar na rua. O objetivo é o número 304. Percebo que a "Estrada sei que lá Rucas" é na verdade uma viela, com vários casebres favelizados. Comento como observação:
- Albino, estamos na favela. E estamos subindo... melhor perguntar.
Ele pára em um bar, e eu tento perguntar a um cidadão, mas começo a ter uma crise de riso no meio da pergunta, e Albino precisa terminar de perguntar. Algo como "Oi... pode me infor...hahaahaha a rua.. hahahah estrada... haha". Enfim... Albino perguntou direito e o indivíduo responde que estamos na dita cuja. Pronto! Achamos a rua, e Albino acelera. Olho para os números: 1152... 1186... 1212...
- Albino, o número está aumentando para cá... acho que o 300 é lá para baixo.
Albino olha e pergunta em que número estamos... após a constatação, pára o carro e ameaça um retorno, exatamente em frente onde um gordo enorme, com uma sacola oferece "pacotes". Espertamente viro para Albino, antes de ele ameaçar mais obviamente um retorno e falo:
- Porra, Albino... tu vai fazer a porra do retorno em frente à boca, cara? Animal...
Ele ri, e concorda.
- Hehe, é memso, cara. Aqui é boca, né? Nem me toquei... hehe
Eu dou um sorriso triunfante, como quem diz "coitado desse garoto inocente se ele não estivesse comigo aqui!" E peço que ele faça o retorno mais na frente. Porém, no que ele acelera, vejo uma praça, e em uma mesa de concreto, daquelas em que há pintado um tabuleiro de damas/xadrez (embora nunca tenha visto alguém jogando xadrez na praça...), três mulheres sentadas com uma garrafa de Coca-Cola na mesa. Todo o esforço do pessoal de publicidade da Coca-Cola, vejo eu agora, não foi em vão, e me tiraram da boca palavras que duvido até agroa serem minhas, e as quais são a prova do meu sexto sentido, qeu nunca falha:
- Ali! Pára ali na praça para perguntar, que é uma praça família.
"Praça família"... enfim... No que Albino vai freando o carro, ele não se dirige às mulheres com a garrafa de Coca(cola), e sim a um grupo de homens; e antes de parar o carro, vejo vários radinhos. Após "praça família", a palavra que vem na mente é "fodeu...", com minúsculas e reticências. Quando Albino pára completamente o carro, percebo um fuzil no cara que está logo a frente. Agora vem o "FODEU!", em caixa alta e com exclamação. "Pergunto ou não? Agora vou ter que perguntar", e torço para não ter uma crise de riso como a que tinha acabado de acontecer nem 2 minutos atrás.
Perguntei duas vezes a um rapaz de rádio na mão, e um terceiro, cujas mãos eu não podia ver, quis saber do que se tratava e falou que a rua era aquela mesma, e quanto ao número 300, que continuássemos subindo para nos informarmos melhor. O negócio é... se continuássemos subindo, provavelmente chegaríamos ao Sr Hedgeog, ao chefão! Uncoloured Man resolveu fazer a volta ali na praça mesmo (e ainda sob as vistas do pessoal tive outra crise de riso), e perguntar (na verdade, ele pediu para eu fingir que perguntava qualquer coisa) para a senhora que vendia salgados, onde era o número 300; ela nos informou que o 300 era "láaaaaaaaaaaa pra baixo, meu filho!"
Até chegar ao local, pois a rua se você seguisse reto, saía em outra rua... precisava virar e passar duas ruas paralelas para chegar no objetivo. Chegamos, rindo pra caralho durante o caminho de volta. No que tocamos a campainha, estávamos ainda rindo do acontecido, e esperando.
Foi quando soubemos que o local estava fechado com cadeado, e não tinha ninguém para atender.

É... acho que agora percebo que a história foi mais engraçada para a gente do que para ser contada. Mas está aqui para pelo menos, eu lembrar disso.

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Fim de ano... fogos... macumba... copacabana... porradaria... morte... bueiro...
Tudo a mesma merda.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Eu não quero ouvir a música da Simone!

Eu não quero ouvir a música da Simone!
Eu não quero ouvir a música da Simone!
Eu não quero ouvir a música da Simone!
Eu não quero ouvir a música da Simone!

Natal é uma merda!

Eu não quero ouvir a música da Simone!
Eu não quero ouvir a música da Simone!
Eu não quero ouvir a música da Simone!
Eu não quero ouvir a música da Simone!

Natal é uma merda.

Eu só quero Hiroshima e Nagazaki!
Problemas subterrâneos.

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Buceta de religião

Bom, depois do meu desabafo (inútil. diga-se de passagem, porque além de ninguém ler o meu blog, quem lê provavelmente odeia ouvir essa música de merda todo mês de dezembro. E mesmo que fosse feita uma campanha decente contra isso, as pessoas estão acostumadas a isso; e quebrar o costume do pessoal é foda... Além do mais, se não fosse a Simone, seria alguma música da Xuxa, ou da Ivete Sangalo, ou da Cláudia Leite Nurrego... E isso para um parêntese é um extintor para um cu, né?) quero falar de algo muito sério: ELES ESTÃO SE PROLIFERANDO!
Eles quem, pergunta o leitor, enquanto ouve uma música e conversa com 5 pessoas no MSN, e brinca no Buddy Poke, achando aquilo super engraçado...
Respondo: ELES! Depois do Instituto Manassés botar seus Escravos do Senhor nos ônibus para vender "a incrível caneta-calendário 2009", e faturarem uma grana extra para os pastores, dizendo que cuidam de drogados, surgiu agora a INSTITUIÇÃO DEUS ONIPOTENTE. PUTA QUE O PARIU (sim, a que pariu o deus onipotente...) IU IU IU (com équio!)! A meeeeeeesma merda, vendendo a "sensacional caneta-calendário 2009", dizendo que cuida de drogados e moradores de rua, e blablabla. O cara me tem a coragem de dizer que só Jesus salva, menciona Jesus 50 vezes em 3 minutos, e diz estar curado! POOOORRA! Ele não percebe que está com um problema sério de neurose e esclerose, já que acredita em coisas fantasiosas?
Enfim... a grande diferença entre os dois institutos Grana-extra-prá-pastor, é que o Manassés bota seus Doentes mentais devidamente uniformizados e oferecem mais tipos de caneta: eles oferecem canetinha infantil que se passa como "caneta para escrever em CD", vendem lapiseira da Hello Kitty, que na verdade é da Rélou Quiti y otras cositas más que los drogaditos estão tentando se livrar.

Bom, é o novo mercado. Vou abrir uma igreja da Buceta Aberta, que contará com uma instituição que abrigará putas e piranhas (que não é a mesma coisa) e elas sim farão a boa ação a todo homem ou mulher seco que estiverem precisando balançar a vida. Além disso, quando estiverem assadas, as mulheres da igreja tentarão recolher verba em ônibus vendendo camisinha. Ah sim. Como diferencial das igrejas evangélicas, não aceitaremos aposentadas, apenas profissionais ativas, ainda no ramo e no pau.

Estou aceitando currículos para cadastro, e meu agente entrará em contato com as pessoas que parecerem mais qualificadas para esses atos de boa ação. E muita ação!
E-mail para rossello.fabio@hotmail.com ou semdignidade@hotmail.com

Agradeço a todos, e avaliaremos seus CUrrículos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A Minha Fé

Eu prefiro acreditar
Que o motel é limpo
E minha micose no saco
Eu peguei brincando
Com meu cachorro

Eu prefiro acreditar
Que você não é puta
E a AIDS que me toma a vida
Peguei quando comi a minha irmã
Com 7 anos de idade!
E ela tinha selinho!

Mas o bom
É que eu acredito!
Essa é minha fé
E isso me ajuda a suportar...

Eu prefiro acreditar
Que a tisica que me toma
E enche meu pulmão
De catarro verde...
Vai passar!

Tudo tem cura!
Levante os braços e grite:
Deus, meu Buda,
Maria bucetuda,
Me curem!

Eu morri curado,
Atacado por pingüins!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Alegria é uma mão manchada na parede

Nem o Ozzy sabe o que é felicidade, mesmo tendo comido um morcego, por que você vai saber? Felicidade é fonte jorrando sangue, no nariz daquele que provocou isso e não tem forças suficientes para curtir o seu momento, quando pode ser feliz.
E você me pergunta do sangue dos negros... o que eu sei sobre isso? Porra nenhuma! Mas o vídeo insiste em querer me ensinar. Mas eu não quero aprender!
Corto duas batatas com minhas unhas, e lhe pergunto se meu rosto deformado é atraente. Você mente. Eu não gosto de mentiras. Minhas unhas cravam em seus olhos. Hesito. Talvez devesse cravá-los em sua língua. Você enxerga bem, apenas diz a mentira. Resolvo arrancar seus olhos, pois esse é o meu castigo. Quero ouvir o seu ódio, e arrancando sua língua, não entenderia nada. Quero ouvir, sentir toda a merda do seu ódio, e rir disso.
E depois a fonte de sangue. O nariz que jorra. A imagem linda. A cascata vermelha. A expressão risonha ficou gravada em sua face. Ele decidiu.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Clima Natalino

É Natal, é Natal
Chupa o meu pau!
Que boquete mais gostoso,
Sexo animal!

Que data escrota
E filha da puta!
Capitalismo e cristianismo
A merda toda junta!

Gaste seu dinheiro
Coma como um porco
Bata uma punheta pra
Maria do útero oco!

É Natal, é Natal
Puro bacanal!
E pra terminar com rima
Eu como o seu cu!

(Para quem não entendeu, é foda anAL...)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Trejeitos Sentimentais

Você é um porco
E viaja no ônibus cheio
Preocupado com a sua filha
Que só se alimenta de porra alheia
Nos últimos meses.
Não come, não dorme
Só trepa e engole
E isso te preocupa.
Mas você já estuprou-a
Devia estar satisfeito
E não possessivo.

O seu suor está fedendo a urina
E a sua calça está quente;
É possível mijar pelos poros cutâneos
Ou isso é intra-fantasia?

É quando você pensa em comemorar
E pegar aquele bolo branco
Em cima da mesa há anos
E ao cortar com a faca,
O objeto inanimado
Ganha vida:
Linhas brancas, brilhantes
Se mexem e o bolo desmorona:
São vermes! Explêndido bolo!
Com uma colher você leva
A primeira leva de bolo
À boca, e você nota os pontinhos pretos
Pela primeira vez.
Eles se movem em sua boca
Sua língua delicia-se com o andar
Dos pequenos seres vistosos
Não arranham a garganta
Descem em movimentos suaves
Vivem em seu organismo.

Eu adoro bolo de verme
Imageticamente
Ou gustativamente
É o manjar dos infernos
Que sempre quis
Para minha
Carruagem.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A aurora da minha vida

Divagações sobre outrora, minha infância, esplêndida, vou lhes contar. O mundo não apresentava-se como hoje, muito mudou, e para pior.
Os caminhoneiros não eram crentes, e suas faixas de pára-choque sempre continham alegria, piadas machistas, de sogra e outras coisas. E não se via faixa de "Jesus, pica da minha vida", "Guiado por Deus, dirigido por um crente fdp", e outras babaquices religiosas. Isso devia ser proibido quando eu era criança! Só podia frase sacana, daquelas que sua mãe não queria que você aprendesse, e que seu tio mais doente teimava em lhe ensinar.
É... até mesmo o tapa levado quando se reproduzia as merdas (que você viu na estrada, ou que seu tio ensinou), e a pimenta, têm na mente um sabor especial. Deram origem talvez ao meu sadomasoquismo. Se bem que não dou pimenta na boca de ninguém; há líquidos mais apropriados. Enfim, divagações do presente não fazem parte desse texto. Voltemos ao passado.
Falando de sexo, como era bom! Eu comia QUALQUER mulher naquela época. Passou na banheira do Gugu? Comi! Pagou peitinho no filme? Comi! O banheiro era o templo sagrado, mas não só nele! Não tinha preocupação nenhuma (a não ser a de ser pego feito um cachorro...), pois NÃO SUJAVA! Óbvio que estou falando para punheta apenas, porque sem sujar, tem coisa que perde a graça, mas lembre-se: passado! Senti aquele prazer, misturado com cosquinha, e beleza! Minhas mãos continuam limpas, meu pau, idem.
Tenho mais coisas boas para falar da minha infância, mas lembranças não muito queridas, danças escrotas na escola, festa junina, roupinha de relógio, tudo desconexo e vergonhoso. Maus tempos. Minha infância torna-se negra ao lembrar-me disso, e paro por aqui.

Papo de Doente

- Eu tenho AIDS.
- E eu tenho câncer...
- Foda! Nossa vida é uma merda! Então, você quer brincar comigo? Topa brincar... comigo?
- De quê? Hein?
- Vamos ver quem morre primeiro! Vamos ver quem morre primeiro!?
- Tudo bem. Mas tomando remédio... ou sem tomar?
- Depende... porque o coquetel, tá caro prá caralho!
- E a quimioterapia me faz arrancar os cabelos!!!
- Nós estamos fodidos, mas estamos felizes!
- Só não passa essa porra pra mim! Não passa essa porra pra mim!
- Bebei do meu sangue! Tomai da minha porra! Pegai, minha AIDS!
Que delícia!

OBS: Já tinha esboçado algo antes em algum texto meu, sobre o mesmo assunto, que surgiu enquanto eu cantava no banheiro: "eu tenho AIDS!/ Mas eu tenho câncer!/ Você tem AIDS? Não, tem câncer!..." E passei para o blog meio que dissolvido em outra coisa. Mas ontem no ônibus desenvolvi e gostei.

domingo, 30 de novembro de 2008

A Dorothy

São 3 discursos de uma pessoa perdida no mundo, mas muito querida. Aí vai.

1) Assistindo Ace Ventura 2 - Um Maluco na África. Cena antológica do Jim Carrey saindo pelo "cu" do Rinoceronte.
Eu: "Ae, Gabriel, a Luciana falou que isso aí era um elefante!"
Gabriel: "Hahaha. Pooorra..."
Eu: "É... aí eu tive que falar: 'é um rinoceronte, porra!' E ela teimou comigo ainda!"
L.U.*: "Ah... é que eu tinha visto só a bunda. E bunda de hipopótamo e de elefante é tudo igual"
(Detalhe: a cena estava passando na televisão, e os 3 assistindo)
Gabriel: "..."
Eu: "... Puta que pariu..."
Gabriel e eu: "HAhAUAHAUHAUhAhhaUhaUHA"

2) Gabriel, com alguma ziquizira from hell, está se desmanchando, e fica com um paninho secando o suor do corpo a toda hora (um paninho bem nojento, diga-se de passagem). Pelos bons costumes que têm, Gabriel fica tacando nos outros o pano, por diversão, e fora isso, não o larga por nada.
Eu: "Porra, tá parecendo o amigo do Charlie Brown, aquele que carrega o cobertor para todo lugar..."
Gabriel: "Ah... que amigo? Eu não lembro desse não..."
L.U.: "Amigo do Charlie Brown? Do que que vocês estão falando??"
Gabriel e eu: "..."
Eu: "Snoopy, pô..."
Gabriel: "Pessoa sem cultura é foda."
O papo continuou por uns 2 minutos, somente entre mim e Gabriel, sobre o absurdo de a pessoa não conhecer desenho, nem ter lido tira de jornal, e eis que surge a pergunta.
L.U.: "Perae... vocês estão falando do desenho? Pensei que era Charlie Brown a banda!"
Eu e Gabriel: "PUTA QUE PARIU! AUHhaUUHAhUAa"
Eu: "Porra, eu falei, Snoopy!"
L.U.: "Ah, achei que era da banda pô, tem o Snoopy Dog, aquele rapper, né?"
...

3) Passando clipe do INXS na TV. Comento que já fui no show da banda. Recebo um "Foda-se". Ignoro e comentam algo sobre meu cabelo e o do Michael Hutchcence (não sei e nem quero ir ao google pesquisar o nome dele agora, pois o sono me pega) e sobre a banda ser chatinha.
Eu: "É... mas quando eu fui o vocalista não era ele. Esse daí se matou, mais um motivo para ganhar meu respeito."
Gabriel: "Mas porra... ele se matou! Ele não foi nem morto, cara... ele se matou!"
Eu: "Sim, por isso mesmo. Ele decidiu quando ia morrer, não deixou decidirem por ele."
L.U.: "Ele se matou por que?"
Eu: "Ahn, não sei... na época ele não estava falando muito comigo, sabe..."
L.U.: "Mas porra, mídia sabe... a mídia sempre dá."
Eu: "Ah sim... 'E agora, uma entrevista exclusiva com Michael Hutchcence após o suicídio! Por que você se matou?"
L.U.: "Ué, John Lennon se suicidou por causa de um fã louco!"
Eu e Gabriel: "... PUTA QUE PARIU! AHUUHAUHAUHAHUAUH"

Tava demais. Isso tudo, acreditem ou não, aconteceu em um intervalo de menos de 3 horas! AHUuHAUHHuaHa
Mas isso faz a pessoa ser mais especial, ou não, simplesmente me diverte mais ainda. Zoeira!
Beijão pra você!

*Pessoa amada (sim, ela faz questão dessa palavra =P), apenas as iniciais são colocadas para que não haja discriminação ;) Cchi! (esse é o barulho que se faz com a boca quando se pisca o olho e aponta para a pessoa)

OBS: Esse post está meio sem a cara do blog, tá mais com cara de flog, né? Mas é uma exceção!


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rãdassi

Pressão. Tudo dando errado. A vida, uma Melo... uma Merda.
Sorriso alheio, simpático. Falso.
Cara própria: virada para o computador. Antolhos imaginários para bloquear o sorriso falso.
Sorriso falso fala:
- Ain... nada pra você fazer hoje né?
Pensamento próprio: nem hoje, nem ontem, e nem há uma semana, porra! Estou vendendo meu tempo livre prá vocês!
Pensamento sonorizado e devidamente censurado:
- É...
Sorriso alheio, falso:
- Hã hã... é... vou ver se amanhã aparece alguma coisa para você fazer.
Pensamento próprio: sim, você está vendo que estou na Internet, e se não tenho nada pra fazer, não escondo isso.
Pensamento próprio sonorizado:
- Tá...
Sorriso, cada vez mais irritante:
- Eu tô sem tempo para editar aquela minha fita...
Pensamento próprio: ah... e vai querer que eu edite? Vá pro caralho! Vou mandar se foder...
- .
..a festa da minha neta...
Pensamento próprio e sonorizado em baixo volume, sem movimentar a arcada:
- Rãdassi...
Silêncio. Muito silêncio.
Pensamento próprio: será que ela ouviu, e decifrou até mesmo a pequena censura que transformou um sonoro FODA-SE em um rãdassi estilo ventríloquo?
Pensamento sonorizado:
- É, pode ser...
Pensamento próprio: filha da puta, trabalho de merda.
Troca de sorrisos falsos.
E assim vou ganhando meu dinheiro honesto.


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Bahia

Hoje estava digitando um texto que uma coroa escreveu, sobre o Dorival Caymmi. Me dei conta de que ela falava muito do mar, e só o que me vinha na cabeça era um comercial onde um bahiano gordo e de cabelo branco cantava toscamente: "U pescadôooooooooooo tem dôoooooooooooi zamôoooooooooooooooor: um beeeeeeem na terraaaaaa, um beeeeeeeem no maaaaaaaaaaaaar". E me lembrei da novela "Porto dos Milagres". Me veio então a pergunta: Dorival Caymmi seria para a música baiana a mesma merda que o Jorge Amado foi para a literatura?
Após uma confusão mental, na qual eu tentava separar Dorival Caymmi e Jorge Amado, cheguei à conclusão: sei que são duas pessoas diferentes, mas não consigo diferenciar. Para mim, a Zélia Gattai é mulher dos dois. E ponto.

Acho que é só isso. Postagem da madrugada.

Normalidad

Ponta de pé-de-vento

O ônibus passou
Eu não fiz sinal
Ele não parou
Passou tão estranho
Não senti o mínimo tesão
Meu pau nem ficou duro
Para eu mandar ele parar
E ainda ter que correr atrás.

Espero o próximo
Respiro a toalha mofada
(esses cheiros sempre estão presentes)
E meu corpo voa, sem eu ver nada.

Posso bater agora?
Não, não sou de violência!
Refiro-me a uma punheta...
Algumas pessoas não gostam de ver isso
E eis o porquê de eu perguntar.
Não sou imoral,
Só não concordo com a moral vigente.
Percebe? É diferente!
Como um urso que bóia em sua piscina, no zoológico,
E me traz lembranças eróticas.

Preciso desabafar, mas nem sei o que falar!
Talvez tenha uma overdose de Getúlio
E não faço idéia da conseqüência disso.
Achei as pilhas necessárias para ligar
E agora só me falta o brinquedo.

Quer brincar comigo?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

E você ainda acredita em Deus?

Avião da banda Calypso cai e mata 2 pessoas. Ninguém da banda estava no vôo.

Precisa de mais alguma prova de que não existe um ser que zele pelo mundo?

P.S.: Hoje a tarde soube que era o empresário da banda um dos mortos. Enfim, teve o que merecia. Menos mal agora, fico aliviado de que alguém que tenha culpa nisso tenha morrido.

Ende Pestistrai Quizaguen

A palavra-chave é referência. Colocaria um link para algum dicionário, mas estou sem o mínimo saco para isso. Além do mais, estou no trabalho, embora esteja pouco me fodendo para isso. Mas enfim, preciso escrever rápido porque como sempre, tem muita coisa na minha cabeçorra.
Perdi a referência da minha vida, exatamente por causa da maldita referência. Complicado? Nem tanto, vou explicar (não esperem um tutorial, vou fazê-lo da minha forma). Descobri ter perdido a dita cuja ontem, após me defrontar com a crendice de que sonhos podem ser verdade, querer discutir Jung com quem lê a revista do João Bidu, e ficar puto por uma outra referência alheia. Ah não, ainda não tinha perdido essa merda, não; só percebi que tinha perdido quando, mijando, olhei para o relógio e pensei: "são uma e meia da manhã. E daí? Poderia estar mijando só abrindo o zíper, mas abri o botão também. O que estou fazendo?"
O essencial para se notar a perda da referência foi o tempo. Por que estou contando o tempo se não tenho nada, nenhuma referência de futuro? O tempo perde o sentido. Repeti muito a palavra tempo? Foda-se, não tenho referências literárias...
E essa perda de referência no futuro deu-se por existir uma referência do passado. O ponto engraçado é que todos têm uma referência do passado, mas o MEU (o seu, de quem está lendo), é sempre muito mais limpo do que o do OUTRO, o que faz haver uma cobrança. O presente está legal? Grandes merda! Se a sua referência passada não é legal, iorauti!
Acho que aí acaba minha explicação. Não antes sem falar que o pretérito é imperfeito, o presente é imperfeito e o futuro é uma merda. Viva a gramática!

Penso agora que quando alguém evita as pessoas, sem ter referência alguma, ele é cobrado por não ter referências! Olha que loucura! E quando passa a tentar um convívio social maior, errando uma vez, tá fodido, porque ficou com a marca do rebanho, como se fosse marcado a ferro quente com uma cruz filha da puta desses malditos cristãos! Não deu pra segurar.. tinha que encaixar em algum momento meu ódio às religiões, muito focada na maior praga, ao menos para mim, no Brasil.
Eles querem a exclusividade da sua morte. Não vá para o limbo, deixe que a Inquisição te manda para o céu! Pro caralho! Perdi a referência, mas não a dignidade. Mas norieti.

Bom, quem escreve essa porra não sou eu, até porque estou trabalhando; é meu eu-líric-odioso. Ele me odeia também, não é algo exclusivo de vocês.

Uarabau tiquilin bedipi pou? Sacanearam pessoas que eu gosto muito, e agora me arrependo amargamente de ter adiado minha formatura na faculdade por 6 meses. Não conheço as pessoas, apenas ouvi falar por terceiros, mas me sinto altamente afim de experimentar essa sensação, e creio que tenho a quem recorrer caso realmente queira fazer isso. Virar um justiceiro não é má idéia.

Obs.: Agradeço ao Fabio pela menção no blog dele. Primo famoso e primo fracassado, praticamente. AHhaUhAUuhAHUaa E vou seguir o conselho do seu primo, exceto o de dar a bunda... Não fiz 4 anos de faculdade para ter cela separada sem motivo! AIUahauhuAhua

Obs. 2: O texto anterior era para ser engraçado, mas as circustâncias acabaram tirando TODO o humor do texto.

Obs. 3: As duas primeiras observações fiz antes de escrever o texto, antes de descarregar todo esse chorume aqui.

sábado, 22 de novembro de 2008

Medo e Morte

Não sei não. Estou ficando cada dia mais com medo, e acho que precisarei adiantar alguns planos que tinha para um futuro próximo, mas nem tanto.
Acontece que Marombeira´s mother andou comprando coisas para bebês, e dizendo a uma pessoa muito ligada a mim que era para ela, pois ela lhe daria uma neta. Isso me assusta. Muito. Porque ela não só falou que terá um filho, mas deu o gênero também, e falou confiante.
Na verdade, isso não me incomodou tanto assim, isoladamente: a moral da família é preservada através de medos impostos por nossos pais. Se você é filha mulher, os medos serão triplicados. Fato. Mas Mad´s mother , a quem o filho nunca deu liberdade para falar de sexo ou neto ou coisa parecida, vira para o animal e diz:
- Hoje sonhei que ia ter um neto. Não sei se de você ou do seu irmão, mas eu ia ser avó.
Caralho. Eu finjo que não ligo, faço cara de descaso, mas a minha vida está uma merda já. Por favor, não me arrume um motivo para me adiantar.

Mas quem sabe... A vida é assim, né? Alguns planos precisam ser adiantados. E não me refiro de modo algum a ter um filho.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Legay

Uma curiosa mente nunca pára de trabalhar, nem mesmo nos momentos mais banais e excréticos, exista essa palava ou não. E o que mais me assusta é que são muitos (quase escrevo "um turbilhão", mas não, não quero ser pseudo-literato) pensamentos que vêm à tona (tudo bem, de vez em quando não resisto), em um tempo muito curto.
Dessa vez, foi algo bizarro. Fui ao banheiro, mijar. Mas estava de cinto, e a preguiça me guia ao longo de meus 22 anos, e sempre me surpreendo com as maneiras que invento de ganhar tempo. Pensei que, se apenas abrisse o zíper e mijasse, economizaria tempo e não precisaria ficar procurando qual o buraco certo (do cinto) para que eu não sinta meu acúmulo de bacon e manteiga tão presentes em meu corpo; mas na mesma hora, isso tudo, simultaneamente me parecia novo, mas também um deja-vu! E veio então o "epa... eu já pensei isso antes. Por que não continuei fazendo?" Me veio a lembrança de que eu temo o zíper, e em seguida, lembro-me vagamente de alguma cena em que meu protagonista foi rapidamente esfolado pelo zíper. Ah, entendi porque não continuei fazendo. Medo bobo. Também lembrei que caso estivesse de pau duro, seria foda tirar sem aquela parte da calça me pagar um boquete de iniciante, serrilhado... Além do mais, se eu estivesse de pau duro, nem mijaria; odeio ter que perder tempo para mirar , e sei que o vaso é para baixo, direção à qual o garoto se opõe quando está bombeando sangue. Mas agora ele está tranqüilo, e dá para mijar. Desafiarei a braguilha!
Apenas uma observação: todos os pensamentos que se seguem, eu estou em frente à privada, pensando no modo que vou mijar, e eu não parei para pensar. Fui pensando enquanto levantava a tampa da privada.
Enquanto mijo, fazendo o contorno da privada (e com o cinto prendendo devidamente a minha calça), imagino que algumas garotas desejariam ter algo para colocar para fora, não só para mijar, mas se quisesse facilitar uma abordagem sexual pública; botar para fora é o que torna mais fácil. Sim, pode até ser, mas se ela tivesse algo a botar para fora, seria estranho. Confesso que a idéia adiante não pensei na hora: poderia ser até uma buceta com um tubo, como se fosse uma camisinha saindo de sua pélvis (não sei se alguém tem o grau de abstração para imaginar isso), e continuaria sendo estranho. Mas na hora, só pensei que se ela tivesse algo possível de botar pra fora, não ia encaixar.
Encaixar... isso me lembrou LEGO, bóvio (não foi erro de digitação, escrevo assim mesmo)! Então pensei: que continuem sendo LEGO, assim mesmo (não, não é como Deus fez e como Deus quer, não deturpem meu texto!). Mas (aí eu já lavava as mãos, ou as estava secando) o LEGO não segue meu pensamento: todas as peças têm pinos de encaixe e local para encaixar.
O LEGO é gay!

E é desse modo que entro no banheiro pensando em como mijar, e saio pensando que o LEGO é gay, e que todas as crianças aprendem a fazer as orgias na forma de castelo, arma, etc. Pega um monte de encaixados! Será que ver formigas transando estimula?

Eu já não consigo pensar.

sábado, 15 de novembro de 2008

Confusão Mental

Muitos posts mentais.. muitos mesmo!
Desde semana passada não atualizo essa budega.
Então preciso falar que a semana foi como ser atropelado por um cavalo. Você já imaginou você estar em um carro, e ver um cavalo vindo de encontro ao carro? E melhor ainda, à parte que você está? Pois assim me sinto.
E agora que parei em frente ao blog, tudo sumiu da minha cabeça, de repente.

"Quando eu era pequeno,
Gostava muito de brincar.
Me apaixonei pela menina
Loira, rica e chata,
E só queria me engraçar.

Brincava de pega-pega
Com a garota rica.
Pega-pega a garota chata,
Pega-pega a sua buceta
Ela não é mais criança
Pega-pega sua buceta...

Peguei! AIDS
E gonorréia Precocemente
Tifo, HPV e sífilis também!

A garota rica é suja
Estuprada pelos pais
E eu só peguei o resto
E já não posso foder mais
(com quem sabe da história)

Me aproximo, me apresento
Sou boa-pinta, sou social
Não me conhecem
Vem cá chupar meu pau
Me dá o seu cu?

Repassando o pega-pega!
Tenho quase 20 anos
Espalhando o pega-pega
Me divirto como nunca.
Sou imortal."

Enfim, uma bosta. Eu gosto de desgraça. Não quando é comigo. Mas antes eu só falava pra não ligarem para as desgraças, porque outras acontecem de igual ou maior intensidade, e só porque a mídia não cobre, as pessoas não ligam. Minha raiva é antiga, desde a "Gabriela - sou da paz"; eu era mais novo e mais revoltado, e eu me lembro ter falado que foi muito bem-feito, que não tinha chegado nem a dar a bunda, porque prendiam a garota e blablabla. Pois voltei com a revolta, mas um pouco mais refinada. Eu sei que isso deixa as pessoas putas, falar mal da criança, adolescente que morreu. Mas rir é o melhor remédio. Eu percebo que as pessoas ficam mais incomodadas com a minha risada perante algum assassinato (aliás, falei que foi no caso Eloá, mas o último mesmo foi a garota de 9 anos que marcou um encontro na internet e foi morta e colocada no porta-malas.), do que se eu "blasfemasse" contra um dos novos santos.
Enfim, passei a rir mesmo das notícias de morte que mais chocam o país. Quando eu vejo que foi só uma morte que vão noticiar e logo após virá uma notícia do novo mico no zoológico de Gana, eu nem rio. Mas quando tem criança morta (fator 1), da classe média (fator 2), de modo brutal (fator 3), já começo a rir logo, penso em alguma coisa engraçada (ultimamente, apelo para poesias de outros blogs/ flogs e afins) e faço parecer real minha risada. Sei que daqui a pouco passarei a rir de verdade desses fatos, tamanho o ódio que estou criando pelos "Novos Mártires". Podiam até lançar um CD, em uma campanha nacional, com vários artistas que sofreram com a violência urbana cantando em homenagem aos pequerruxos. Lançassem simultaneamente na Hebe, Faustão, Gugu, Sônia Abrão, etc. Seria algo tipo o Teleton e o Criança Esperança; sentir raiva das pessoas que não têm e dão dinheiro para essa porra.
Fico por aqui que eu já estou começando a ficar puto.

OBS: Ninguém percebe que a meta (6, 10, 18, 20 milhões) só aumenta a cada ano, e que sempre, quando parece que não será atingida, um cheque fodástico é dado por algum caga-grana, e todos ficam felizes porque atingiram a meta (quem estabeleceu? O que será feito com essa grana?) do programa?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cazuza zaiu Jezbel!

Ando muito assustado.
Assustado mesmo, feito um pobre cachorro.
Um pobre cachorro louco.
Não, não... um pobre cachorro louco e solitário.
Melhor ainda... um pobre cachorro louco, solitário e aranhesco!
Sim! Pois meu cachorro tem 7 patas.
"Mas aranha não tem 8 patas?"
Até pode ser, mas a minha espécie só tem 7.
É uma dessas maravilhas que acontece no mundo
Assim como acontece na África:
As pessoas nascem sem músculos na barriga;
No lugar, espaço reservado aos vermes.
Se bem que a fome causa isso. E a fome é humana;
Muito humana (para não ser chamado de pseudo).

E agora estou aqui pensando em mim,
Um cachorro aranhesco aleijado geneticamente.
O mundo me reserva poucas opções, e muitas patas.
Me embolo até para andar!
Lentamente vou desejando algo...
Desejo que eu, mesmo sendo apenas
Um pobre cachorro aranhesco, louco,
Consiga me matar.
Mas como? Não consigo sequer
Andar para o meio da rua!
Permaneço sentado.
Mentalizo que eu vou conseguir
Alcançar meu objetivo,
De olhos fechados, apenas concentrado.
De repente, vejo uma luz forte
Mesmo de olhos fechados;
Abro lentamente as pestanas
E dou de cara com Deus. Ele me olha bravo e diz:
"Você não merece,
Pois é um animal, e não tem capacidade
Para acreditar em mim!
Mas vou lhe ajudar."
E sem entender como,
Uma de minhas patas se transforma em uma arma;
É uma arma com dois canos,
Para um tiro duplo, imagino.
Deus sorri para mim,
Feito o velho rico que dá dinheiro ao mendigo
Enquanto uma puta paga para ele
Um boquete de 200 reais em seu carro de luxo.
Ele acha que está sendo bonzinho.
Eu não.

Aponto minha pata-arma para Deus.
"Não acredito em você, velho safado!"
Dou-lhe dois tiros no meio da testa
E vejo seu rosto de dor;
Agora ele, que nunca existiu, se fodeu!
As crianças que me chutam
E me chamam de aberração
Brincam tranqüilas na praça.
Ninguém viu aquele filho da puta morrendo!

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Nota: O início desse texto comecei na volta do trabalho para a casa, caminhando. Foi tomando um rumo estranho, e ao que eu escrevo, percebo que fui altamente sugestionado a escrever sobre isso pelo livro que li semana passada, do Fausto Wolff. Mais exatamente a parte em que ele mata uma centopéia, que crê ser Deus. Eu não podia apagar o que eu estava escrevendo, estava surgindo na hora. Mas enfim, a quem interessar, o livro é "O Acrobata Pede Desculpas e Cai". Enfim, só para desencargo de consciência.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Instituto Manassés

Ai, mas que merda. A pessoa volta do trabalho, 6 da tarde, puta porque não fez nada. Eis que precisa encontrar com um velho inimigo (sem forma fixa... ele é como um vírus), no que deveria ser a tranqüila volta para casa. Afinal de contas, o ônibus estava vazio, apareceu em menos de 5 minutos... tudo parecia bom na volta. Ele entrou no ônibus, pela porta do meio (a de saída).
Eu não tinha percebido que se tratava "deles", pois é comum a entrada de pessoas que somente vendem balas pela porta de saída, né. Eis que começou a falar feito um flamenguista. Meus olhos, que vagueavam pelo vidro da janela e pelo chão do ônibus, ao perceberem a minha desconfiança, procuram ver quem é o emissor dessa mensagem fonética. Os olhos não me enganam; eles vêem a camisa azul. Puta que o pariu, é aquela merda mesmo! Observo sua boca, e vejo que tem um dente da frente quebrado, em forma de triângulo. Embora me faltem dentes e moral para falar disso, dentes triangulares (os que deveriam ser quadrados) me dão um certo nervoso.
"Eu represento uma clínica de recuperação para viciados em drogas e em alcoolismo..." Sim... não resta dúvida. São eles. Vai me oferecer uma porra de uma caneta com adesivos, e falar de Deus. Não dá outra: diz que a instituição não tem ajuda do governo, e só se sustenta com a ajuda das vendas que eles fazem. Cada explicação qeu ele dá, eu falo foda-se cada vez mais alto. A pessoa do meu lado me olha estranho, não sei o porquê.
Porra, é uma instituição de uma igreja evangélica, o nome é Manassés (aprendi hoje, resolvi que tinha que saber o nome da merda que eu estava pisando), cujo pastor, provavelmente cheio do dinheiro, pega os drogados, troca a maconha e o crack e o pó por bíblias e fazem os caras virarem chatos do Senhor. Aí, pega essas cobaias de lavagem cerebral, e bota eles para pegar dinheiro para o pastor encher o rabo de grana!
Pode ser que isso seja apenas mais uma paranóia minha contra a cristandade imunda que vive a me cercar, mas é opinião minha expressa, e reprovada por toda a família, mas eu prefiro um drogado do que um crente que vai ficar só falando de Deus. Apenas troca-se o vício, mas a pessoa não se cura, não fica normal.
Voltando ao busófilo, o discurso que me enoja, tenho vergonha de reproduzi-lo aqui, mas uma coisa que me deixou puto é que, além do cara me dar uma caneta e um adesivo da Hello Kitty, pra eu comprar por 1 real, e ajudar as pessoas blablabla (que o pastor, supostamente não cobra nada pela internação... vai saber... só o dízimo! Hehehe E não paga pelo trabalho escravo), o filho da puta ainda me pegou com a frase: "a quem puder ajudar, que Deus abençoe" (eu não vou ajudar, porra! Haha foda-se!) "a quem não puder ajudar..." (Há há, o meu caso é quem não QUER ajudar) "...que Deus abençoe também."
Ah.. vá pro caralho inchado na buceta perebenta da tua mãe! Eu não ajudo, e você não me livra dessa bosta de bênção de Deus? Desço puto do ônibus.

E tem gente que diz que as drogas são o problema da sociedade... vou dizer uma coisa original, e que pode virar um slogan na posteridade: a religião é a maconha do povo! Dando uma atualizada heheh mas é isso.. faz você rir mesmo estando na merda.

Isso me irrita.

domingo, 2 de novembro de 2008

Eu quero que todos morram e ninguém seja feliz!

Começo o dia mal: acordo com o ovo esquerdo. De um lado do salão, ouço pessoas reclamando de mim já. Mas tão cedo? O que faz eles se sentirem tão agredidos pela minha simplória pessoa? Preciso tomar uma atitude... Penso, mas não muito, não posso tornar-me intelectual, até porque não tenho tal capacidade, tornaria-me no máximo, um pseudo-intelectual. Tomo um ar e brado:
"Se é para a felicidade de todos, e alegria geral da Nação, então que se foda!"
Não me mato mais... pronto! Até porque, duvido mesmo que conseguiria. E porque na minha morte não quero tristeza, mas também não quero alegria. Quero indiferença, e que toquem Brujeria no meu funeral. Se fizerem... e que chupem meu pau, pela última vez, pois prazer igual não mais sentirei. A vida morre, não há nada após, e só vou sentir falta do sexo. Ou finjo.
Se eu fosse um Godard, ou um Rembrandt... na verdade, não sei nada sobre Rembrandt ou Godard, apenas decorei como se escreve o nome para parecer inteligente e saber a quem mandar tomar no cu para deixar os mais intelectualóides revoltados. Causar ódio. Talvez esse seja o caminho para minha felicidade. E quem dera eu tivesse decorado, infelizmente algumas coisas não deleto da minha cabeça, e é exatamente o que não tenho em mente que as pessoas teimam em dizer que eu sei. Eu não sei, porra! Se você quer insistir, insista! Na verdade, tudo aquilo que mentimos, passa como verdade. Mas a verdade, ela é sempre tão absurda, que mentira parece. As coincidências da vida real, quando passadas para o cinema, parecem forçadas... e as desculpas esfarrapadas de uns, são as que mais acontecem (de verdade) a outros.
E quando não se vê nada, quando não se dá um papel higiênico sujo, surge sempre um animal para relembrar a todos: "quem desdenha quer comprar!", e diz isso com um sorriso de babaca estampado na face. Que a vaca da sua vó vá ordenhar maldita, seu parafuso entortado! Ou o contrário.
E todos os cavalos de Tróia parecem sair da cidade, mas deixam alguns soldados não na cidade, mas nas casas dos novos moradores. E o que as porras dos novos moradores têm a ver com isso? Eles não estavam lá quando a luta foi travada, eles tinham suas próprias batalhas em suas cidades antigas. Mas a humanidade anda sempre a pé de guerra, e afasta a felicidade sempre que ela parece estar se aproximando.
Pois viva Tróia e a imundície lavada a sangue e ódio, deixando se esvair o perdão e tudo de mal que há no mundo.
E depois de tanta lucidez, acham que sou louco!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Felicidade é uma caneta com duas pontas

Não faço a menor idéia do que tentei falar na frase-título, e não faço questão de tentar entender. Simplesmente me senti na obrigação de atualizar o blog. Assuntos na cabeça: mil; vontade de escrever: total; coisas a fazer: mil; coisas feitas: apenas o trabalho, porque me pagam e me obrigam a fazer isso. Pronto, agora entendi por completo o conceito de alienação capitalista. Marx que se revire no túmulo, mas o que ele fala, todos os que trabalham sabem, mas não têm o ócio necessário para escrever sobre. Eu mesmo achava que entendia alguma coisa, mas só agora, com meu primeiro trabalho fixo, sendo obrigado a passar tempo em um local, é que tudo fica realmente claro. E isso porque eu gosto do que faço! Mas que se foda.
Ninguém entende o desespero de alguém que não sabe viver certas situações, e acham que é palhaçada. Mas isso até a pessoa se sentir desconfortável em alguma situação, e o "palhaço" virar, cheio de ódio e falar: "Tá vendo, seu(ua) escroto(a)! É isso que eu sinto, filho(a) da puta! E agora, quem é o egocêntrico, porra?" Nem que ele fale apenas com um olhar fuzilante, mentalmente; basta. É exatamente a vontade de ser ignorado que faz com que os outros pensem que você se acha o centro do universo.
E tudo o que se ouve é: "não se importe tanto com a opinião dos outros", "foda-se o que os outros estão pensando", etc. E esses conselhos vêm de mim, por acaso? Ou é um "outro"?

Enfim, estou trabalhando, naquilo que eu gosto. Minha vida de repente mudou fodescamente, e agora faço tudo o que eu quero, estou aprendendo e me especializando naquilo que eu gosto, joguei a faculdade pro caralho (embora eu vá me formar ainda, só pelo diploma, cela separada, esses troços...), amizades novas vêm, antigas permanecem, embora eu não veja alguns há muito tempo, mas quem é realmente meu amigo sabe que eu sou meio foda-se... Enfim, estou virando homenzinho de verdade! E eu estou muito embolado, porque escrevo isso com medo de ser pego na internet aqui no trabalho hehe.
Enfim, minha vida tá uma maravilha, mas ainda assim ouço as palavras... e quanto mais eu tento contar, mais reprovação ouço. E acho até que me divirto com a reprovação. Causar repulsa me deixa animado, é como trepar com alguém que está falando ao telefone: te excita mais para ver até quando a pessoa agüenta ficar sem demonstrar sonoramente que está trepando, nem que seja um breve "hm" com a boca mordida.
Então, para finalizar, desejo a todos que procurem a caneta de duas pontas: uma esferográfica e uma unicórnica!
E vão a merda!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Amapisso Fichiti

Essa história contada agora aconteceu bem perto de você, seja lá onde você mora. Sempre acontecem histórias assim. Os personagens mudam, os desfechos dão uma variada na forma, mas a estrutura é sempre a mesma. E hoje ficaremos com a história de Amapisso Fichiti, um rapaz azarado, que sofria as piores coisas na vida, sem saber o porquê. Mas todos têm seu dia de glória...

O dia estava radiante, com pássaros cantando e crianças jogando bola no meio da rua. Alheio a tudo isso estava um rapaz de casaco, cheio de espinhas no rosto, e com um boné escondendo o cabelo desgrenhado, de quem sequer havia penteado após acordar. Esse rapaz era Amapisso Fichiti. Tinha 16 anos, terminava o ensino médio e não tinha muitos amigos, embora tivesse colegas, com quem não conversava, a não ser na escola.
Desceu do ônibus e caminhava em direção a um banco da praça, coberto pela sombra de uma amendoeira. Devia ser o único garoto na praça a usar camisa, e de frio ainda por cima. Não se sentia incomodado com isso, mas se sentia incomodado dos outros olhando para ele. Podiam falar, zoar sua vestimenta, seus modos... mas não parar e ficar olhando, ou comentando. Mas Amapisso deixou a mochila de lado, abriu seu livro e começou a ler. Não queria ir para casa, pois lá arranjariam algo chato para ele fazer, ou ele se entregaria a um vício qualquer: TV, computador, video game, etc. Logo, ficar na praça, lendo, era o que tinha de melhor a fazer.
Estava entretido em sua leitura, quando ouviu ao longe um som bem familiar: uns pivetes vinham gritando, falando dele, com um jeitinho irritante. O jovem já estava acostumado com eles; bastava ignorá-los que eles logo iam embora. Infelizmente, aquele dia não foi assim. Os gritos iam chegando mais perto, cada vez mais ambientando Amapisso em uma selva urbana; ele focava o máximo de sua visão nas palavras, entrando em um semi-transe, enquanto os três moleques falavam ao seu redor coisas que não chegavam sequer ao inconsciente de Amapisso, que continuava firme na leitura. De repente um dos garotos dá um tapa no livro, que cai no chão. Amapisso Fichiti sente algo passando em sua mente, como se fosse um trem, mas era um pouco mais vermelho e mais escuro... e de alguma forma, mais líquido. Não sabe como essa imagem formara-se em sua cabeça, mas despertou da leitura, e enquanto os três pentelhos já tinham corrido para longe, rindo, o jovem autista pegava calmamente o livro do chão, e continuou a ler.
Vendo a abstração de Amapisso, os garotos voltaram, mas não chegaram tão perto. Pegaram amêndoas do chão e miraram o leitor solitário; erraram várias tentativas. Amapisso nem se deu conta que estava sendo alvejado, até que o mais novo dos moleques, que não devia ter nem 10 anos, acertou-lhe no meio da testa a amêndoa!
A imagem em movimento voltou à mente de Amapisso, e como num salto de compreensão da mensagem de seu inconsciente, ele sorriu, levantou, guardou o livro, e vestiu um disfarce verbal:
- Aí, louco! Ceissão foda, hein! Coé, parceiro, chegae preu bater um papo com geral... na moral! Na moral! Ceissão chatu pacaralhu, hein! Mas chegae que eu me amarrei na de vocês! Chegae, na moral!
Amapisso Fichiti odiava aquele linguajar, por ser simplório demais e irritante também. Mas falou assim porque já tinha planejado algo, e porque sabia que apenas falando daquele jeito poderia ganhar respeito e confiança dos moleques (algo que não dava a mínima).
Os garotos se aproximaram, ainda rindo, meio receosos, mas o sorriso, aparentemente autêntico, no rosto de Amapisso, não deixava dúvidas: o rapaz realmente gostava dos três! Ele estendeu a mão para dar um cumprimento mais babaca que conhecia, para parecer legal. Os três o cumprimentaram.
- Aí, tô com um video game na moral lá em casa. Geral tá de bobeira, não tá? Bora lá jogar! Aí vocês deixam de me pentelhar, né, porra! Há há.. todo dia, porra!
E com um papo de pedófilo, arrastou os três garotos para sua casa. Chegando em casa, pediu para eles esperarem no portão um pouco, pois ia avisar os pais que ia entrar com amigos. Voltou com uma caixa de Play Station 2, e viu os olhos dos garotos brilhando. Mas logo quebrou o encanto:
- Pô, aqui, pra tu ver que eu não tô mentindo... Tá aqui o jogo, na moral... mas meu pai falou que eu tenho que fazer uma parada rapidinho lá em cima, no terraço, parada de obra. Só fazer tipo um banco de concreto. Se vocês quiserem esperar aqui... mas se quiser entrar pra ajudar, aí a gente joga mais rápido...
Os garotos se olharam, e toparam ajudar, afinal , não tinha nada mais para fazer, e já tinham zoado tanto o garoto, que era o mínimo que podiam fazer para retribuir.
Amapisso Fichiti tinha falado aos pais que estava entrando com um pessoal que ia ajudá-lo a fazer um quartinho para ele no terraço. Tinha um saco de cimento fechado ainda, da obra que já tinha terminado, e a família tinha dado a ele um espaço para fazer um quartinho, para ficar isolado quando quisesse. Simples e compreensivo assim. Ele pegou a enxada e passou para o terraço com os três garotos.
Ao subir a escada, mencionou ter esquecido o saco de cimento. Pediu aos dois menores para pegar, lá embaixo, e disse onde estava. Enquanto eles desciam, com a enxada na mão, Amapisso pediu para o maiorzinho dos três, que devia ter cerca de 15 anos, pegar um balde d'água, e apontou para trás do garoto. O garoto se virou e ficou olhando, procurando o balde. Sentiu então um cutucão, seguido de uma sensação de calor escorrendo-lhe a face. O cutucão foi dado com a ponta da enxada, fazendo o ferro penetrar no crânio do menino.
Amapisso Fichiti sentia-se parcialmente realizado, mas precisava dar um jeito naquilo antes que os outros vissem, e não podiam sequer ver o sangue. Enquanto o garoto ainda tentava agonizar, mas totalmente sem coordenação motora para tal, Amapisso tacou o garoto dentro da caixa d'água e fechou bem a tampa, para os outros não desconfiarem. As poucas gotas de sangue que ficaram no chão, ele esfregou com o tênis, fazendo ficar apenas um borrão. Ouvia agora os dois garotos subindo com o saco de cimento. Pensava em um modo diferente de matá-los. O ideal seria que eles morresem afogados em uma piscina de água fervente. Ahhh... o pensamento deliciava-o: a pior forma de morte, uma pergunta que o perseguia há tempos, até que chegou à conclusão de que morrer queimando e morrer afogado seriam as duas piores mortes. E a única forma de juntar isso tudo seria tacar um corpo com um peso para fundar, em uma banheira, piscina ou tanque com água fervente; a dor seria insuportável até os últimos momentos.
Mas não era hora para divagação, e sim para a praticidade. Correu para a escada, e falou para que deixasse com ele um dos lados do saco, que ele carregaria com um dos garotos, enquanto isso, o outro desceria para pegar um balde de água. Assim foi feito, e quando Amapisso e um dos garotos colocaram o saco no terraço, o menino logo perguntou pelo outro, que ficara ajudando-o; Amapisso falou no ouvido dele que ele estava se escondendo, e para ele fingir que nem ligava. O garoto seguiu seu conselho, sorrindo, e caminhou em direção a uma das paredes do terraço. Eis que Amapisso, que se encontrava um pouco longe do menino, tomou um impulso e correu em direção a ele; o garoto se encontrava a poucos centímetros da parede, quando o assassino incubado libertou-se de novo e jogou-se, com o ombro para cima do garoto, a toda velocidade capaz de alcançar naquele curto espaço. Ao ouvir o barulho de correria, o menino virou-se, e quando olhou, o ombro de Amapisso estava já batendo em sua cara, esmagando-a contra a parede.
Agora não tinha como esconder, mas também, só faltava um. Seu lado direito do corpo, estava todo ensangüentado; e a parede parecia salpicada de tinta vermelha. Sem contar, óbvio, de um corpo pequeno, com uma cabeça deformada, deitado no chão, com um pouco do cérebro vazando.
Precisava pensar rápido. As vibrações da escada de ferro aumentavam, a terceira vítima estava chegando. Como seria? Precisava de criatividade. Não mataria duas pessoas diferentes da mesma maneira, não! Não podia! Isso era render-se à falta de criatividade, à objetividade exigida pela sociedade. Olhou para a caixa d’água, dentro da qual estava o corpo de um dos garotos, e decidiu: já que não podia ser afogado em água fervente, seria ao menos afogado.
Amapisso Fichiti abaixou-se na parede, ao lado da entrada do terraço, e assim que viu os pés do garoto pisarem o chão, agarrou-o pela cintura e correu, segurando-o em seus braços, para bater contra a caixa d’água. Com a batida, o garoto, sem entender nada, deu um berro, e Amapisso lembrou-se que tinha esquecido de pensar nesse detalhe. Com uma mão deu um soco certeiro no rosto do moleque, e em seguida tapou-lhe a boca, enquanto com a outra mão destampava a versão industrial e ocidental do Rio Ganges, e nem ligou para os arranhões nervosos dados pela vítima. Amapisso, com as duas mãos livres, virou a cabeça do garoto para a caixa d’água, e foi submergindo-a lentamente, para ter certeza que o pobre rapaz veria o corpo de seu amigo boiando na água (agora já muito misturada com sangue). Afundou completamente a cabeça dele na água, e sorriu, realmente ficou feliz ao ver as bolhas vermelhas estourarem na superfície. Outro detalhe que o deixou animado foi observar os braços da vítima batendo e tentando se agarrar em qualquer lugar, uma luta pela vida; mas estava disposto a fazê-la ser em vão. Lentamente, os movimentos pararam, mas Amapisso continuou lá por mais uns dois minutos, segurando o pescoço submerso, firmemente.
Agora a parte dura estava feita, mas Amapisso Fichiti não largava trabalhos incompletos: pôs-se a picotar, com a enxada, os corpos dos rapazes. E em menos de duas horas, sem utilização de tijolos, foram feitos 5 bancos de concreto no terraço. Alguns mais longos e baixos, outros um pouco mais alto. Tudo dependia da estrutura utilizada para firmar o concreto: pernas, braços, tronco, cabeça... Usou e abusou de sua criatividade, e nunca gostou tanto de trabalhar de pedreiro. Estava orgulhoso e sorridente, feliz de verdade.
Ao descer, no fim da tarde, os pais perguntaram pelos pedreiros que ele chamou para fazer os serviços no terraço, e Amapisso disse que todos já haviam ido embora. Ligou seu vídeo game na TV e perdeu horas de seu tempo com o jogo. E o tédio já havia voltado horas depois de se sentir totalmente satisfeito. E sabia, que desse dia em diante, nunca mais poderia deixar de sentir aquele gosto que o fascinava. E assim, na verdade, começa a história de Amapisso Fichiti, que sempre arruma novas obras em seu dia-a-dia; é a construção de um mundo melhor.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Gudei Tudai

Apenas afim de escrever. Dia chuvoso. Um tédio enorme invadindo a vida. Tarefas a fazer. Vontade nenhuma.
Pronto. Juntando tudo isso temos um Gudei Tudai, ou uma Guduiqui Tudai. Mas enfim, nada é tão fácil quanto parece, e há muito o que se fazer.
Pingüins de vidro invadem minha mesa, vindo bicar meu dedo, parados. São meus dedos que tentam ser bicados ou tudo toma vida diante mim? Sou vivo, não uso drogas, mas ontem achei um CD do Planet Hemp; tinha também um do Trio Xamego, ao menos estava escrito com X no CD. Tudo combina. Assisto Um Lobisomem Americano em Londres, que parece dialogar comigo.
Bethlehem... preciso ouvir Bethlehem. Não. Preciso ler meus contos. Preciso ver minha mente. O que eu penso?
Preciso fazer meus vídeos. Rápido.
Odeio palhaços. Eles olham para mim sorrindo. Odeio quem olha pra mim sorrindo. Vontade de esmagar a cabeça da criatura contra a parede.
Fantasias eróticas minhas. Acho que eu ficaria excitado de matar alguém. Ou não.
Raspa a tatuagem com uma faca de pão. Faz um picadinho de cebola e salsa. Férias, agora, só no verão. Explodirei o barco dançando valsa.

Feliz a bailar... feliz a bailar!

Infernum Samambaiis - 08/10/2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Amor Maior

Era noite de luar
Encontrei-o em seus olhos
Apaixonei-me, a te olhar
Perguntei-te bobeirinhas
Tu sorristes, cheguei mais perto.

Quanto mais eu te ouvia
Mais amor tinha por ti
Nunca me apaixonara assim,
De primeiro dia.

Então já abobado
Te chamei ali pro lado,
Não agüentava mais:
Inspirava e expirava amor.
Aceitaste, pegaste minha mão
Fomos para o canto escuro
Escondidos e exibidos
Beijávamos e nos tocávamos
E já não me contendo mais
Pus a mão em teu pescoço.
"Eu te amo mais que tudo.
Simplesmente TE AMO!"
E esperei tu sufocares.
Um alívio me tomou
Amor maior, não mais senti.
E já sem te amar tanto
Deitei teu corpo e te comi.

26/11/2007 Infernum Samambaiis

Poesia antiga, muito tosca. Mesclando os "portugueses", tentando dar um ar culto a um português vulgar. Mas enfim... cria um clima bacana pra mim.

Enjoy dementia.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Roça, racha... só não arrocha a xana!

Esse é um post em homenagem ao pessoal circuncisado. Os judeus comemoram ano novo com o nome mais foda que tem. Não sei como se escreve na língua dele, mas eu chamo de Racha a Xana. É engraçado... imaginar um monte de velhos barbudos comemorando o ano novo judaico, olhando para as suas companheiras, velhas barbudas, de pernas abertas, e todo mundo batendo palma e cantando "Ava Naguila".
É... mas alegria de judeu dura pouco, e logo depois de roçar a xana de suas parceiras, ou de umas prostitutas (embora, dizem as más línguas, eles prefiram sexo gratuito), eles precisam ficar 1 dia inteiro em jejum. Inclusive jejum de xana!
Não podem comer, roçar, cheirar, dedar, lamber a baba... nada! Jejum de buceta total! Durante o período, as judias passam a ser chamadas de judavam, e é um dia extremamente estressante. Até virgens ficam irritados pela proibição de não trepar. Depois que passa o dia, eles continuam anos e anos sem trepar, mas pelo menos eles podem tentar... Liberdade é tudo!
Pô, esse foi um post porque meu blog estava só falando de cristão, de cristão... temos que falar de quem mandou matar o próprio Cristo (que lembrem-se, era circuncisado!).

AUHhua Um abraço e feliz ano 5769! Ano sacana.. é lambição pra todo lado!

5, 7, 10 69 pra todo mundo! Por dia!!!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Tudo é mais fácil com um carro e dinheiro

Crianças pintam o muro da escola de branco. Dia ensolarado. As crianças estão amuadas, tristes. Algumas choram. E olha que a palmatória foi abolida faz tempo... Será frescura?
Era apenas uma garota de saco cheio de tudo. Vivia como podia, com certa mordomia até, considerando as péssimas condições de vida da maioria da população: tinha casa, família, roupas, computador... enfim, não tinha do que reclamar. Mas reclamava. A vida era uma merda, as pessoas não a compreendiam. A maldita imperfeição humana era inadmissível para ela; por que nasceu humana? Por que nasceu, afinal?
Cristina se isolava a todo momento, mesmo em locais movimentados. Na escola, na rua, em shows; em qualquer lugar ela era vista sozinha. Usava fones de ouvido para que não puxassem assunto, e fingia-se drogada quando vinham falar com ela. Sabia de toda a falsidade das pessoas, não queria falar com gente chata, gente que só a elogia, querendo sempre alguma coisa em troca. Humanidade. Esse era o motivo de sua revolta.
Sabia dirigir desde os 12 anos, quando pegava o carro do pai emprestado para dar voltas no sítio em que a família passava as férias. Tinha agora 18. Resolveu que era hora de comprar um carro. Não tinha dinheiro (não tinha trabalho fixo, e muito menos ganhava mesada), mas resolveu fazer um esforço. Fez um concurso para a área da saúde, como técnica administrativa. Passou, e esperou ser chamada.
Cristina tinha então 19 anos quando foi chamada para o trabalho. O salário era de quase mil reais, e ficou apenas 6 meses. Era dinheiro suficiente para comprar o carro, e foda-se que era concursada; não pensava em estabilidade, pois sabia que a qualquer momento sua vida poderia ser interrompida com uma bala perdida, algum acidente, um assalto, o que fosse. Vivia seus impulsos, e largou o emprego, causando revolta em seus pais. Foi chamada de irresponsável, vagabunda, aproveitadora e muito mais. Não se aborreceu.
Comprou o carro. Um Verona, usado, que custou R$ 4.500,00. Pela primeira vez pensou num futuro, nem que fosse um breve futuro, mas pensou: tinha R$ 1.500,00 ainda, e poderia ver-se livre dos seus pais. Moraria no carro, e quando acabasse o dinheiro, usaria o veículo como local para fazer programa, onde conseguiria dinheiro para o dia seguinte, e assim viveria. Maravilha!
Enquanto pensava nesse brilhante futuro, sem a presença de diploma ou de pessoas constantes em sua vida, ou seja, a maior parte do tempo sozinha, distraiu-se, e não viu a pobre senhora que saía, com sua longa saia, do culto de sua igreja, agarrada firmemente à Bíblia. A senhora olhou para o Verona de Cristina, e sorriu, como se pedisse que parasse apenas por um momento para que ela pudesse atravessar. Desculpe, senhora, Deus não atendeu a sua prece! O carro de Cristina acertou a senhora em cheio, quebrando-lhe as pernas no impacto, e fazendo-a bater com a cabeça no vidro, deixando um vermelho vivo como pintura, e rolando carro acima, caindo na pista logo atrás.
Cristina por um momento parou. Um pequeno grupo de pessoas olhava para a cena, incluindo pessoas da igreja, chocadas com o que acabara de acontecer. Não se moviam, ninguém teve força. Cristina, um pouco assustada, pois o choque a fez parar de pensar em suas possibilidades com o carro, olhava pelo retrovisor, e via o corpo da velha. E, após uns 30 segundos, contando do momento do impacto, Cristina engata a ré, ajusta o volante um pouco para o lado e acelera. PLOOSH! A cabeça da velha foi esmagada. Cristina agora sorria levemente, e viu um grupo das pessoas da igreja partindo em direção a seu carro. Agora o sorriso ganhou vida, nem parecia aquela menina triste de antes. Ela engatou a primeira, acelerou fundo, e pouco depois engatou a segunda. Não, Cristina não fugia da cena do crime. Ela partia em direção a uma segunda: ia de encontro ao pessoal da igreja, que agora começavam a se separar, cada um para um lado. Umas três pessoas não pensaram tão rápido e tiveram seus corpos arrastados pelo carro, desfigurando-os completamente.
Cristina agora gargalhava, e entrou em uma das ruas. A velocidade era alta, e pessoas que andavam na beira da rua ou na ponta da calçada, todas eram atropeladas por ela. Algumas somente se feriam, eram arremessadas longe. Outras não tinham a mesma sorte e paravam onde caiam. Crianças saindo de aula, uma mulher com um carrinho de bebê, uma senhora de andador (não, infelizmente não passou nenhuma senhora de andador), pseudo-atletas que corriam com roupinhas de corredor, ou que andavam de bicicleta. Todos foram vítima da ensandecida Cristina.
Mas após 10 minutos de brincadeira, um carro de polícia apareceu ao longe, com as sirenes ligadas. Era a hora de parar. Se entregaria? Não, preferia morrer do que aguentar uma vida na prisão. Não aguentava sua vida, cheia de conforto, por que aguentaria uma vida na qual seria a escória? Acelerou, tinha que escolher rápido o último alvo. Já tinha massacrado algumas pessoas de igreja, o que mais faltava? Olhou ao redor. Não tinha mais igreja. Merda! O carro da polícia se aproximava. Viu um ponto de ônibus cheio de crianças, em frente a um grande muro de escola. Seria ali. Que não fosse para acabar com um bando de bosta, que ao menos fosse algo bem comentado. Matar crianças dá IBOPE! Acelerou. Passava já dos 110 quilômetros por hora quando o carro subitamente virou para a esquerda, em direção ao ponto, onde as crianças, até meio segundo atrás, vibravam de alegria com um carro acelerando.
Vinte e duas crianças foram atingidas pelo carro. Algumas foram esmagadas contra o muro, outras com o impacto, realizaram o infantil sonho de voar. Vinte e cinco mortes. O número de feridos só foi maior porque alguém, antes de subir no ônibus, havia jogado um cigarro aceso, que foi o que ocasionou a explosão, quando a gasolina do tanque se espalhou. Uma explosão. O fogo dava seu show, luzes naturais sempre são boas para os fotógrafos. Dois policiais que tentavam resgatar algumas crianças, as que estavam em melhores condições, tiveram sua experiência de cremação vivos. E Cristina, que odiava a idéia de funeral e ritos mórbido-religiosos, ficaria feliz ao saber que ninguém lamentava sua morte, o que certamente aconteceria em seu funeral. Só lamentaria não ter usado o carro como motel.
Mas tudo em nome de uma boa morte!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Tábua de impressão enfiada na cabeça!

Uma coisa que me deixou muito inquieto esses dias foi o fato de eu ter sonhado duas vezes com meus tios (Flávio e Elô, de Bauru), e como todo sonho, acontecer coisas muito bizarras. Ao mesmo tempo, peguei um livro do Jung no qual ele fala do simbolismo nos sonhos, o que me parece um desafio tentador de tentar explicar os meus sonhos. Mas não vou. Vou apenas narrá-los aqui, pois são de uma beleza poética indescritível. Vou fazer o possível para que vocês tentem imaginar as cenas.

Sonho 1:
Estou de frente para um imenso muro cinza, velho. Alguém me taca para o alto, e eu quase vôo, conseguindo passar da altura do muro. Permaneço mais tempo acima do muro do que a lei da gravidade no mundo real me permitiria, o que me faz ver uma outra construção, como se fosse uma torre de um castelo, também cinza escura, e velha, na qual, em sua janela, aparecem esses meus dois tios. Eles falam comigo, apontando para baixo, onde existe algo parecido com uma fralda de bebê, toda branca, e eles dizem algo como: Pega a maconha! Vai! Fuma!
Me sentindo impulsionado a isso, quando eu desci, estava em minha casa, mas não era nada parecida com a minha casa, embora no sonho eu sentisse que era minha casa. E pedi para que me tacassem de novo para cima. O lugar onde se encontrava a maconha era depois do muro que eu estava ficando acima, e tinha muito mato. Muito mesmo. Eis que alguém me tacou para cima de novo (não lembro de nada sobre a pessoa que me tacava para cima), e eu segurei no muro, e dessa vez, ao invés de ficar olhando apenas o lado de lá, e cair, eu fiquei em cima do muro, segurando, e pulei para o mato, onde se encontrava a fralda de maconha.
Caí no mato, e fui correndo, pegar aquele embrulho branco. Assim que peguei, dei a volta ao muro por baixo mesmo (sim, eu não precisava pular... eu só precisava desviar do muro... mas sonhos são sonhos...) e voltei para a minha casa. Em frente a uma porta, fiz um cigarro com a maconha usando papel higiênico, mas ficou muito torto, como se fosse um daqueles papéis onde velhinhos vendem amendoins: quase um cone. Quando eu ia arrumar, minha mãe chegou com meu primo, Júnior, e então eu disfarcei, com o papel higiênico na boca (?!?!?!) e botei a fralda de maconha (um troço enorme) no bolso de trás da bermuda, e entrei pra casa. Lá dentro enrolei o cigarro direito e não lembro de ter fumado. Não lembro de mais nada. Dizem que afeta a memória.. até em sonho???

Sonho 2
Eis que, no dia seguinte, ou dois dias depois, eu sonhei que estava em Bauru, em uma casa bonita, e muita gente estava lá. Esses meus dois tios estavam largadões no sofá, morgados, e eu cheguei e falei: "Caralho! Sonhei com vocês! Vocês me mandavam fumar maconha e eu tentava pular um muro... Muito louco!" E simplesmente só me lembro disso. Eu contando um sonho dentro de um sonho, em uma sala alaranjada, um sofá meio louco...
Enfim... sonho é muito foda.

No more tears... digo, words.

Pode ser que um dia isso venha a convencer a cabeça de uma borboleta, mas duvido que mangas conseguem nadar... Não acredito mesmo...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Perversão infantil

Peço desculpas às pessoas mais fracas, sensíveis, e essa porrada de eufemismo que tem para pessoas babacas. Mas hoje, o título corresponde exatamente ao que leremos aqui. Tinha escrito isso antes de mudar o título. Agora esqueça isso. Sim, eu poderia ter apagado, o que está escrito acima, mas preferi deixar. E mudei o título pois a graça é a revelação da mensagem que, para mim, está no nível supra-liminar, gritante; mas para outros, é subliminar. Eis a música, infantil, que ficou famosa na voz de alguma apresentadora loira, se não me engano:



"- Minhoca, minhoca, me dá uma beijoca!
- Não dou! não dou!
- Então eu vou roubar!
Smack, smack!!!
- Minhoco, minhoco você é mesmo louco
Você beijou errado, a boca é do outro lado!"



Nada de errado? Ok. Fora a idéia de que o homem pode roubar beijos mesmo, e, forçando a barra um pouquinho, mas nem tanto, dando a entender que um estupro seria uma brincadeira de criança, o que vem agora reforça essa minha segunda hipótese: o minhoco mandou uma lambida no cu da minhoca!

Meus caros, não estamos falando de um estupro ortodoxo, e sim de uma técnica pouco divulgada de lambida! Não, não é cunnilingus... Cunnilingus, embora tenha esse nome, refere-se ao sexo oral na mulher, sendo mais claro, a lambidelas na buceta.

E o minhoco mandou ver! "Foda-se que você não quer me dar um beijo... vou lamber seu cu!" Uma análise mais atenta mostra que essa música "inocente"´é, na verdade, um hino da subversão à moral e bons costumes: as minhocas são hermafroditas; ou seja, trata-se de um hermafrodita que se considera mais masculino lambendo o cu de um hermafrodita que se considera mais feminino.

É pessoal... temos que tomar conta do que nossas crianças ouvirão. Já pensou se eles se transformam em "pervertidos" sexuais, saudáveis e sem as repressões que nossos pais e avós?

O mundo viraria uma grande macarronada se fôssemos minhocas. E com muito molho branco...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ápice de Minhápica

Porra... tô num ócio criativo do caralho... Não que eu crie caralhos no meu tempo ocioso, e sim que eu acho que tenho tido muitas idéias ultimamente, que estou até com dificuldade de me focar em alguma.
Idéias para vídeos, para textos, personagens, fotos... Tudo vem ao mesmo tempo!
Tenho que aproveitar ao máximo isso, porque sei que o tempo tá acabando. Não, não creio que o acelerador de partículas vá detonar o mundo. Mas a gente envelhece, é obrigado a entrar no sistema ou ficar dando cabeçada na parede pelos nossos sonhos. Ou então quit.
Mas aí está nisso. Tô gostando dessa fase da minha vida, e espero que eu dê vazão a tudo.
Ah e não que eu acredite que tudo o que eu faço seja bom. Eu acho legal pra mim. Mas devido à confusão, tenho noção que muita coisa sai repetida. São meus Horla* da vida, mas que um dia eu junto tudo e resumo em um só.
Farei uma compilação dos modos mais legais de suicídio; uma compilação da SolidariedAIDS (que tá há anos pra sair do papel, mas não sai); compilação de letras de música sacaneadas, e por aí vai...

Só pra fechar, um pequeno e singelo poema.

Minha mania

Ando olhando a calçada
Não piso em rachadura
Não piso em divisórias.
Quando é piso branco e preto
Escolho uma das cores pra pisar
Pareço um doente quando o desenho é torto
Ando pra lá e pra cá, desvio da cor escolhida
Esbarro nas pessoas se for preciso
Mas sigo meu caminho

E tudo isso eu sei
É minha mania de perseguição
Eles me olham, me finjo de doido
Para não ser capturado.
Eles não podem saber o que se passa em mim
Tenho o poder
O controle remoto da Estamira
Sou bem mais forte que vocês.

Fiquem com cara de tacho
Porque Deus é onipresente
E ele está, nesse momento
Dentro do teu cu!
Palavras da Mestra.

Infernum Samambaiis - 20/09/2008

Boquete Case

Bom, do nada, bateu na minha cabeça uma das músicas que todo mundo conhece e sai assobiando por aí... e que eu gosto. Basket Case, do Green Day. E só então vi que tinha muito a ver comigo agora... tô meio desesperado, angustiado, totalmente fucking la buceta meu estado. Tá foda... tô bitolado com a monografia, aí qualquer merdinha eu fico mal prá caralho. "I am one of those melodramatic fools... neurotic to the bone (no doubt about it!)". Ocá... mas para não ser tão down usando palavras alheias, vim pensando na música no ônibus, e minha mente, percebendo que eu iria me expôr ao ridículo nesse blog, postando uma música, começou a trabalhar, sacaneando a letra... ae deu no que deu.
Temos aqui mais uma letra zoada para o lado do instindo animal do homem, o instinto mais maneirinho, o sexo! Então chega de lenga-lenga e vamos ao que interessa!
Vai a letra que eu inventei hoje e a letra original embaixo.
OBS: Da letra original, eu não iria procurar um garoto de programa como o Billy... mas foda-se... cada um com sua opção sexual.
OBS 2: Vocês poderão ver que meu inglês é tão pobre na matéria de sacanagem... comparem essa com a "I Wish I Had a Devil" lá embaixo...


Boquete Case

Do you have a time
To drink a glass of wine
I´ll spend my money but you got to get drunk
I am one of those
Who loves to get a fool
New chick that´s all alone
And just abuse it

Sometimes you like to suck my dick
Sometimes I like you to ride on me
It all keeps adding up
I think I'm already cumming
Would you like it in your boobs
Or in your tongue?

I want so much to lick
Your pussy and your clit
And show you that sex is something special
I will call you whore
And spank you with my cock
You´ll beg my semen and I´ll give it your throat down

Sometimes you like to suck my dick
Sometimes I like you to ride on me
It all keeps adding up
I think I'm already cumming
Would you like it in your boobs
Or in your tongue?

Take it in your throat
Then you get a cumshot!

Infernum Samambaiis - 18/09/2008

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Basket Case - Green Day

Do you have the time
To listen to me whine
About nothing and everything all at once
I am one of those
Melodramatic fools
Neurotic to the bone
No doubt about it

Sometimes I give myself the creeps
Sometimes my mind plays tricks on me
It all keeps adding up
I think I'm cracking up
Am I just paranoid
Or am I just stoned?

I went to a shrink
To analyze my dreams
She said it's lack of sex that's bringing me down
I went to a whore
He said my life's a bore
So quit my whining cause it's bringing him down

Sometimes I give myself the creeps
Sometimes my mind plays tricks on me
It all keeps adding up
I think I'm cracking up
Am I just paranoid
Or am I just stoned?

Grasping to control
So I better hold on

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ouça o Ozzy...

Um dia o mundo se privou de um ser interessante. Isso aconteceu cerca de nove meses antes de nascer o personagem dessa história. É... e pensar que poderia ser qualquer um de milhões... E foi ele.
O tempo passa, e sua única façanha ainda é a de ter fecundado o óvulo. Mas por quê? Ele não gosta de ser especial... tem um medo terrível de se destacar por ser bom. E realmente, medo infundado; infelizmente não é comum psicólogos tratarem as pessoas dizendo a realidade, ou então ele já saberia que não passa de um merda. Lamentável...
Mas de uns tempos para cá, surpreendeu a muitos, e a si mesmo: alcançou pequenas conquistas, e combateu a vergonha de ser o autor. Sentiu-se feliz até, o que não gostou muito, pois sabia que logo, logo estaria novamente sendo apenas um ser anônimo, fugindo da multidão. Mas aproveitou seus segundos.
Cheio de projetos, via-se pela primeira vez na vida sem tempo para ficar se destruindo mentalmente; apenas construía.
Tudo ia bem, até perceber que perdia sua independência. Ahh... sua independência: a única coisa que realmente o deixava tranqüilo. Embora não fizesse planos, pois não sabia sequer se teria futuro, uma coisa tinha certeza: esses espiritualistas de merda, ao menos, reservam aos independentes como ele uma ilha isolada, além do céu e inferno, e que todos desprezam mais do que o inferno. A possibilidade de causar ódio aos que ficavam, em um sentido contrário ao endeusamento usual, fazia-lhe brotar um sorriso confiante, meio de lado, escondido.
Embora não acreditasse em planos espirituais, ficava feliz porque os outros acreditavam, e certamente seria unânime a opinião de que ele fora um grande burro e, conseqüentemente, dariam razão ao seu pensamento, de que seria bem melhor se outro viesse à vida, que não ele.
Entrava precocemente em uma crise de meia-idade; não agüentava mais estar com coisas boas, e nem arcar com responsabilidades. Foi ao supermercado e comprou uma garrafa de cachaça. Chegou em casa, abriu a geladeira: nada que o agradasse para uma boa refeição. Foi ao CD Player, colocou um CD do Radiohead e programou para repetir aquela que considerava a sua música: Creepy. Foi para o banheiro. Não... muito clichê. Voltou para a cozinha, deu com a garrafa na pia, quebrando-a em dois pedaços principais: um ficou em sua mão, a parte de cima da garrafa, e o segundo caiu no chão, partindo-se em diversos outros pedaços. Sorriu de lado, triunfante. Bateu delicadamente a parte de cima da garrafa, que estava em sua mão direita, para que se formassem cacos parecidos com seus caninos. Perfeito!
Não desistiu, porém, de deixar uma mensagem artística: após cravar a metade da garrafa em seu pescoço, perfurando-lhe a garganta, apertou os ferimentos com a mão esquerda e tentou desenhar, na parede, um boneco. Quando fazia a cabeça, os olhos turvaram-se e caiu no chão, formando uma bela poça de sangue, misturada às batatas, óleo de cozinha e cacos de vidro que estavam no chão.
Magnífico!

Infernum Samambaiis - 17/09/2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Hermético ou não...

Morte, dor... câncer!
Morte, dor... AIDS!
- Eu tenho câncer!
- Mas eu tenho AIDS!
- Você não tá me imitando,
mas tá seguindo a tendência...
- Do que 'cê tá falando?
- Você não tá me imitando,
mas tá seguindo a tendência...
- Você acha que ter AIDS é onda?
- Mas que burrice...

Hoje em dia ninguém morre de tuberculose,
Peste negra ou vontade de dar.
Tá todo mundo dando! Todo mundo dando!
E quando eu vejo, peguei câncer pelo microondas
Ou então pelo meu celular!
Eu tô ficando louco, e tá todo mundo dando.
Eu tô pegando câncer de irradiação astral...
É como uma punheta, um distúrbio da minha mente
Doentia, que sempre liga poesia com meu pau!

Tem gente comendo pizza... e nem me convidou
Vá se foder, sabe por quê?

Porque tá todo mundo dando!

Infernum Samambaiis 16/09/2008

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Essa de cima acabei de fazer no banheiro... obviamente que era uma coisa, virou outra do tempo que botei minha roupa, li um pouco do livro sobre religiões primitivas e passei pra cá... mas a essência está aí.
Essa que vou postar embaixo, fiz esse ano, no ônibus, e ficou escrita em um papel jogado na minha mochila. Passo agora para esse blog e sequer sei a data. Foi ago entre maio e agosto. A memória vai bem, obrigado. Lá vai...

Ateísmo, canibalismo, constituição de família
Orgias, consumos de drogas ilícitas, ordem na delegacia
Troca de casais, homicídio, pão de cada dia
Homossexualismo, suicídio em massa, festa e alegria.

Infernum Samambaiis - outono/inverno de 2008
E o pulso, ainda pulsa... hehe zoeira. A intenção é oposta.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Freud me dá maconha como remédio

Já não tenho mais nada
Prá dizer a você
Relaxa e goza, quem sabe...
Depois um cachorro-quente
Desses de rua, com tempero de sujeira
Infelizmente meu organismo é resistente
Eu só como em lugar tosco
E nunca tive botulismo
Palavra que lembra bucólico
É estranho, triste, bonito
Se fosse feio, me descreveria.

Quem sabe se eu tiver objetivos
Não penso mais nisso.
Quanto mais feliz eu fico,
Mais forte é a tristeza na seqüência.

Nascido para a vida mediana.

Rambo to the Lions!

Post atrasado pra cacete. Mas enfim.
Sexta-feira passada vi Rambo IV. Problema: Não gosto de Rambo; esse negócio de norte-americano que vai e vinga o país pela perda no Vietnã, é foda... um homem sozinho elimina um exército inteiro; para acabar com meio exército, ele usa só uma faquinha... para o resto ele usa uma metralhadora. E não morre!
Mas tinha muita gente (um primo de algum grau e meu cunhado) no meu ouvido falando que estava muito sanguinolento, cenas fodonas... então bah... vamos ver.
Ca-ra-lhou! Que sexta-feira perdida. Sentei o rabo pra ver cenas de sangue (mesmo sabendo que por causa da ideologia, provavelmente iam me desagradar muito), mas o que vi foi um banho de vinho (o sangue de Cristo, sacou?)! Cara, o cristômetro (ferramenta utilizada para medir o nível de cristandade das coisas) não parava de apitar. Além do mais, o filme, dirigido pelo próprio Stallone, era uma massagem fálica para ele. Sério! Vamos lá.
O filme começa com o Rambo morando na PQP oriental, pegando cobra (hmmm deixou escapar o ladinho que ele tanto quer esconder) para sobreviver. Mas aí uma caravana de missionários (sabe aqueles filhos da puta de crentes que vão domingo na sua casa passar a palavra do senhor com "S" maiúsculo? Eles...) o procura para levá-los, de barco, até uma aldeia onde eles vão fazer essa merda. O negócio é que a aldeia está em guerra, e Rambo diz que não vai, para o missionário que tenta convencê-lo. Após a negativa, a mulherzinha do missionário vai e tenta convencê-lo, utilizando táticas femininas. Depois de ir até ele mais tarde, consegue, e daí pra frente, fica numa lenga-lenga de Rambo se finge de durão, e a mulherzinha dá mole para ele na frente do marido. E Rambo não abre a boca pra falar nada.
A mulherzinha dá para ele um crucifixo, e aí começou meu problema com o filme: até então, Rambo ia deixar os missionários numa guerra, ótimo! Tomara que todos morram e o mundo fica mais feliz sem pessoas para bater no meu portão e me dar um papelzinho.
Maaaaaaaaaaas (e tudo tem um mas), um mês depois um pastor procura Rambo. Ele tem que levar mercenários para resgatar os crentes. PQP. Segundo erro do Rambo (o primeiro foi aceitar o crucifixo): não deixar que os missionários morram! Mas tudo isso, ele faz, óbvio, pensando em comer una panocha very wet! E ele, com a cara de quem não liga, tá louco pela crente. Aí vai.
Olha, é uma bosta daí pra frente. Rambo se mete com os mercenários, entra na aldeia, um dos cristãos representa o mártir, sendo jogado (crucificado, bom lembrar) para os porcos (uma analogia aos orientais, provavelmente). Christians to the lions passou a ser Christian to the Pigs. Tá.. pelo lado simbólico detestei a cena. Mas ver o missionário sem as pernas, sendo comido por porcos, me satisfez: era tudo o que eu queria fazer com os filhos da puta que me acordam pra me entregar um papel!!! Uau! Hehe
E me perdi, mas sei que toda hora, ele, dando uma de oblivious, deixava a mulherzinha louca pelos seus músculos. Ele fez o filme só pra saciar o ego, cara... certeza! E ele se sacrifica pela mulher, salva o marido dela, e no fim, ela nem tá mais aí pra ele. Ou seja, ele mostra que mesmo as mulheres se insinuando pra ele... opa... quer dizer.. será que aquela mensagem de pegar cobra não era tão subliminar assim? Ué.. a mulher se insinua pra ele, mas ele não pega a mulher... fica indiferente... é.. pode ser.

É fica aí a mensagem: Fags of all the world: Join the Army, and the Army joins you!

Ah cara... Rambo IV, um filme cristão e pro Stallone achar que pega mulher. E pra falar mal dos orientais, mais uma vez.

domingo, 31 de agosto de 2008

Deus é incrível!!

Estou postando algo que nem sei o que vai dar, mas com a cabeça mais tranqüila. O desespero de escrever a monografia em pouco menos de dois meses vai crescendo, mas eu preciso ligar o foda-se. Se eu não me formar agora, foda-se. Estou ao menos encaminhado, e se não tenho muito tempo para dedicar ao estudo, é porque tenho otras cositas más (e mais interessantes para mim) a fazer. Enfim...
Quanto ao título, acreditem, não há sarcasmo algum, quiçá ironia, a mínima que fosse. Digo com toda a convicção que me é possível: Deus é incrível!
Já coloquei essa frase como nick, no MSN, acho que ano passado, e muitas pessoas estranharam, ou seja, surtiu o efeito esperado. Duvido muito que alguém tenha achado que eu tivesse virado crente; as pessoas, na maioria das vezes (e não me pergunte o porquê!), acharam que era alguma sacanagem minha. Pois não é! Não há nada nessa mão, e nem nessa! A frase está escrita, e é entendida por todos. Ah sim... entendida ela é, pero no es analisada.
Não darei a resposta, pois não subestimo-os. Afinal, se está lendo, alguma coisa sabe. Pois darei apenas uma dica, para que não tenham dúvidas de que me encontro no limbo religioso, e para que eu não tenha dúvidas que todos ficarão com aquele risinho no canto da boca, dizendo para si mesmo: "Putz... é mesmo!" Aí vai: tem a ver com o prefixo, saca?
Então, para quem se lembra das análises semânticas, morfológicas, sei lá, da tia Aurora, ficou fácil.

Agora fecho com um poeminha.

La mierda

Eu não me conheço
Tu não me conheces
Ela não me conhece
Nós não nos conhecemos
Vós não me conheceis
Eles não me conhecem.

Ninguém se conhece.

E assim vivemos, na maior alegria e ignorância.

Infernum Samambaiis 31/08/2008

Finjoda-se!

Que te importa se eu finjo que não ligo,
Finjo que não gosto, que nada me abate?
Se você finge que se importa,
Finge que me ama, que só tem olhos pra mim.
Então eu finjo que finjo, quando o fingimento é a pura verdade.
Minha falange me entrega o fingimento:
Estalo os dedos, demonstro nervosismo.

Mas a minha cara é a mais serena,
Eu sou mais moleque, finjo até pra mim.
E vou embora, fingindo que não ligo
E quando durmo, o câncer me pega e e alastra
No inconsciente, meu cérebro demente
Não acreditou.

Eu ainda vou morrer de agonias ocultas
Mas até meus 30, não sufocarei.
Respiro fundo, pego um iogurte
O resto é resto, vou dormir feliz.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Igreja Batista pra quê?

Há muito tempo tenho uma estranha mania de, enquanto ando de ônibus, por lugares que não conheço, querer saber onde estou. "Que porra de bairro é esse?" é uma pergunta muito freqüente, feita por mim e para mim, simultaneamente, mentalmente.
E o que tem a buceta dos batistas a ver com isso? Bom, chego lá. Não, nem curto buceta de crente... enfim. Estava voltando da cidade com o irmão da minha namorada, que só conhece os mundos medievais de Tíbia, ou as cidades de Warcraft, etc, e a praça seca! Então, eu e ele em um ônibus, passando por algum bairro suburbano, perguntei (em voz alta, e para ele): "Que porra de bairro é esse?". E obviamente, ele respondeu: "Pô, sei lá, hehe."
Aí passo a olhar feito um paranóico pelas janelas do ônibus, olhando os nomes de bar, restaurante, para ver se há a menção do bairro. Nada. Eis que vejo a luz! Uma Igreja Batista com uma enorme fachada: Igreja Batista da Abolição.
"Abolição, Gabriel!" - gritei, para que ele tentasse parar de lembrar o nome, já que se esforçava, depois de ter visto um restaurante onde foi com a irmã, comemorar o aniversário dela. "Porra.. hehe é mesmo.. hehe Abolição!"
Enfim, essa história toda para perguntar: na era do GPS, a Igreja Batista terá alguma função? Não, não terá. A única função das igrejas batistas é situar os perdidos (geograficamente... que fique claro!) e encher o saco com as músicas de crente. Então, daqui a pouco, a minha mania de ver em que bairro estou pela fachada das igrejinhas batistas vai sumir. Estarei como um drogado, procurando uma merda de uma igreja batista (ou então lojas de carro, que também têm a estranha tradição de botar o nome do bairro algumas vezes).
Caralho. Esse foi o pior post que eu já fiz aqui. Tô em tempo de não publicá-lo, mas foda-se. Isso mostra minha confusão mental, preocupado com a porra da monografia que não sai nada.

Ai, por favor, queimemos igrejas batistas, antes que o GPS o faço (ou o trocadilo). Fica esse sendo o propósito do post então. Não será em vão! Hehehe

Essa é a Bay Blade. Cheetos, é feito de queijo, cheetos é feito na queijolândia. É uma delícia.
Fucking la buceta... tá demais...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Largo do Machado

A vida o cansa, e não é de hoje.
Já não agüenta mais ver erros alheios lhe causando feridas. Algumas apenas criam casquinha e somem; outras deixam suas cicatrizes; e há ainda as que ficam abertas, em permanente putrefação.
Seu corpo já está um pouco castigado, e passa da idade de fazer alguma coisa. Avança para os seus 30, em velocidade cada vez mais rápida. E quanto maior a velocidade, menos reflexo apresenta para evitar erros.
Seus 30 anos. Nunca quis chegar aos 30. Gostaria de pegar AIDS, um câncer, tuberculose... E mesmo assim, essas merdas são lentas como as vertigens de quando sentimos a língua dormente, e o mundo girando. Não o saciariam.
Suicídio nunca lhe pareceu errado. Não crê em kardecismo, cristianismo, ou bosticismo qualquer. Se está cansado de si mesmo e daqueles que o cercam, ou mata alguém, ou se mata. Simples assim, e belo também.
Algo dentro dele pede que ponha para fora seus sentimentos de ódio acumulado por todos os anos. O garoto quietinho, que é tão amável, atencioso e inocente; o garoto diferente; o garoto com o futuro promissor! Ah, mas isso não fica assim. Difamação a vida inteira, pois veja, o garoto mudou! Ele odeia muitos! Muitos!
Com certeza, o que ele quer é ser um crenticida. Entrar em cada igreja e matar aqueles que realmente acreditam no que dizem. Que não apresentam dúvidas ao dizer “O Homem foi feito de barro, à semelhança de Deus!”. Porra! Eles não sabem sequer o que é metáfora! Eles precisam ser banidos da Terra, para baixo da terra. Eles, que matariam defendendo sua causa. Os que tentam espalhá-la. Não pode existir outro futuro para eles.
Mas não, ele não se contentaria em atirar contra essas pessoas, a esmo. Ele poderia descarregar um pente de revólver neles, e isso não o faria sentir-se vingado. O ódio deve ser descarregado de forma cruel, e não de maneira automática, como uma pessoa que transa sem sentir tesão pela outra pessoa, apenas por gozar, ou pelo próprio ato. Perde a graça. Quinze balas no rosto de um infeliz, e ainda apertaria o gatilho mais 4 ou 5 vezes, até perceber que a munição acabou, e que ainda estava com ódio.
Os homicídios devem ser mais brutais. Pode usar uma máquina construída pelo ser humano, desde que você a use, realmente, não bastando apenas utilizar um dedo, como em uma arma de fogo.
Um machado, para ele, é o ideal. Acertar a vítima em um ponto não-vital, apenas para começar a sentir o gosto do sangue jorrar, trazer alegria aos olhos. Depois divertir-se com a presa, como um gato faz com a barata, jogando-a de um lado ao outro com as patas. Corte um braço, ameace, bote força no machado para fazer a pessoa urrar de dor.
Quem sabe isso amenize o ódio sentido. Você acaba de descarregar o seu ódio em alguém, que acaba de pagar por tudo aquilo que você sofreu. Essa é a tática mais usada por todos. Bode expiatório. Quem sofre nunca entende o porquê de ser ele. Mas foda-se. A vida é assim.
O mesmo serve para o suicídio, em sua opinião. Mas no caso, evitar o sofrimento é essencial, ou você acabará desistindo, e será apenas um seqüelado, e desonrado, pois nem mesmo concluiu o serviço direito. Mas não tente tirar sua mísera e porca vida com uma arma de fogo. É tão covarde. E será agora.
Ele pega o machado, olha para sua lâmina, que reluz a sua imagem, triste. Assim, ele consegue a certeza desejada para saber que é a hora certa. Levanta-o, com as duas mãos, olhando para as pernas. Pára. Pensa. Se acertar as pernas, pode sentir tanta dor, não conseguir mais levantar, e ele poderá não ter força, impulso, posição correta para finalizar. O machado continua erguido, atrás do lado direito de sua cabeça. Sorri, com o canto esquerdo da boca, deixando aparecer uma covinha no lado oposto. Seus olhos estão úmidos, e ele percebe que, se continuar a pensar, não fará direito o serviço. Fecha os olhos e lágrimas escorrem em seu rosto, pensativo. Sua face mostra-se por um segundo, nervosa, e o machado, agora segurado apenas com a mão direita, vai para trás, para pegar impulso, a mão se dobra para que a lâmina fique paralela ao chão, e a mão faz um movimento reto, como se ele desse um soco para frente.
Seu pensamento é o de que o movimento da mão, neste último gesto, lembra-lhe Cavaleiros do Zodíaco. Os olhos reviram-se. A tampa de sua cabeça, com cabelo e um pouco do cérebro, caem no chão do quarto. A expressão nervosa vira um rosto abobalhado, e seu corpo cai no chão.
É nesse momento, já sem sentido algum, que a mão se abre, e largo do machado.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Idéias são somente idéias

Sentado vejo o mundo girar
Parado.
A mente escurece,
Não é sono, e sim, sonho,
Eu sonho acordado.
Modifico meu passado,
Imagino um futuro.
Vida virtual.
Vivo mil vezes um mesmo fato,
Um desperdício de tempo,
Um exercício mental.
E para que tudo isso
Se o que me importa
É masturbar o meu pau?

Será que eu sou assim
Ou eu finjo ser?
Ou eu quero ser?

Mente perigosa,
Mente criminosa,
Mente homicida.
Mente mentirosa
Mente abominável
Mente suicida.

Idéias bizarras invadem meu dia-a-dia
"Tudo o que eu queria era ser uma cotia";
"Repete, filho da puta!"
(seguida de uma porrada na cara dele,
sangue voando e um martelo esmagando sua cabeça).
Meus delírios doentios,
Tudo cuspido nessa bosta,
Escarrado. Vomitado.

Vocifero aos crentes:
"Vão tomar no cu! Deus é o seu vibrador!
Onisciente, onipotente e onipresente!"
E tudo isso me faz relaxar...
Jogo a Folha Universal no lixo, e cuspo no chão.
Demarco território assim.

Infernum Samambaiis 07/08/2008

terça-feira, 24 de junho de 2008

Antigas...

Bom, a partir de agora vou passar um bom tempo publicando textos meus de 2005 a 2007. Estive relendo minha pasta de "poesias", ou melhor, paródia de poesias, e vi muita coisa legal. Vou só postar os títulos para quando eu estiver com saco para postar, eu posto.

Marisa Monte
Viva a Academia
Frágil Coração
Lobo Louco
Amor Maior

Rolou uma censura prévia minha... hehehe

Ninguém lê esta merda mesmo.. foda-se...

Eu leio e me conheço cada dia mais! Isso é como uma punheta pra mim, é auto-conhecimento.

Inté.

Fluidos Corporais

Fluidos corporais

Eu não ligo pra batom
não gosto de perfume
nem de hidratante
odeio lubrificante
e espero que não use
neutralizador de odores.

Porque eu gosto do natural.
Eu quero a saliva,
sentir o suor,
a baba da buceta,
o sangue estragado,
o gosto da lágrima
que parece com meleca
(todo mundo sabe,
todo mundo já provou).

Eu gosto disso,
dos fluidos corporais.
De provar o proibido,
o comum que rareou.
Eu não gosto das pessoas produzidas.
Eu curto fluidos corporais.
Fluidos
cor...po...rais...

Infernum Samambaiis 20/06/2008

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Nightwish - I Wish I Had An Angel (Zoada)

É... não sei bem o porquê, mas já percebi isso antes: muitas motivações minhas para fazer algo é zoando algo já feito. Então, dessa vez, fui ao banheiro (mijar, não fazer o número 3...) e comecei a cantarolar distorcidamente a música do Nightwish. Aí minha mente, nada sexualmetne hiperativa, criou todo o refrão, colcando "deep throat", "cum" e outras imbecilidades que a gente aprende baixando filme pornô na Internet... E eis que surge a minha criação: NightFetish - I Wish I Had a Devil. Que fique claro, o meu eu-lírico quer uma diabinha (assim como eu, quer dizer, assim queria comer eu.. ah esse trocadilho não teve graça...), e não um diabinho, antes que comecem a sacanagem! Inglês é mó surubão mesmo, nego não diferencia homem de mulher.. é igual o Ronaldinho!! Hehehe

Postarei a letra zoada primeiro, e quem quiser comparar, tem a letra original embaixo. E só vou postar em inglês. Não estou com saco para traduzir o texto. Beleza?
Entonce, aí vai:

NightFetish - I Wish I Had a Devil

I wish I had a devil
For my moments of Lust
I wish I had a devil tonight

Deep Into your pussy I may
Fuck you like an innocent virgin
Follow my words when I say
Tonight you will ride like never before

Your pussy tight me hard
But my dick is harder

I wish I had a devil
For my moments of Lust
I wish I had a devil
A virgin riding like a horse
I will put on your throat
Make you gag with my cum
I wish I had my hot devil now

You scream so loud "Oh you do it so well!"
When you´re drunk, so there are no rules

Your pussy tight me hard
But my dick is harder

I wish I had a devil
For my moments of Lust
I wish I had a devil
A Virgin riding like a horse
I will put on your throat
Make you gag with my cum
I wish I had my hot devil now

Make you feel
So much ill
Putting my dick inside your mouth
Dirty of ass
And it ends
You sleeping beside me wearing nothing!

First a dance, then a kiss
Then I touch your clit
Beauty with your leather and dark clothes

I wish I had a devil
For my moments of Lust
I wish I had a devil
A Virgin riding like a horse
I will put on your throat
Make you gag with my cum
I wish I had my hot devil now

(Paródia Infernum Samambaiis)

-------------------------------- Agora o Original---------------------------
Nightwish - I Wish I Had An Angel

I wish I had an angel
For one moment of love
I wish I had your angel tonight

Deep into a dying day
I took a step outside an innocent heart
Prepare to hate me fall when I may
This night will hurt you like never before

Old loves they die hard
Old lies they die harder

I wish I had an angel
For one moment of love
I wish I had your angel
Your Virgin Mary undone
I`m in love with my lust
Burning angelwings to dust
I wish I had your angel tonight

I`m going down so fail and cruel
Drunken disguise changes all the rules

Old loves they die hard
Old lies they die harder

I wish I had an angel
For one moment of love
I wish I had your angel
Your Virgin Mary undone
I`m in love with my lust
Burning angelwings to dust
I wish I had your angel tonight

Greatest thrill
Not to kill
But to have the prize of the night
Hypocrite
Wannabe friend
13th disciple who betrayed me for nothing!

Last dance, first kiss
Your touch my bliss
Beauty always comes with dark thoughts

I wish I had an angel
For one moment of love
I wish I had your angel
Your Virgin Mary undone
I`m in love with my lust
Burning angel wings to dust
I wish I had your angel tonight
--------------------------------------FIM----------------------------------


Bom, eis meu post de hoje... e os textos incompletos vão ficando prá depois. Não sei se isso é bom ou ruim para quem lê, mas para mim é positivo, que ultimamente meu grau de criação (mesmo que seja algo qeu a maior parte não gostaria de ler nem de graça) aumentou, aliás... passei a escrever as minhas idéias, que antes se perdiam nos ônibus e banheiros, e aulas também.

E é isso aí.

OBS: Não, não creio em Deus ou Diabo. Creio em fantasias sexuais, pulsão de morte, Freud e em Gnomos.

Infernum Samambaiis