segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Instituto Manassés

Ai, mas que merda. A pessoa volta do trabalho, 6 da tarde, puta porque não fez nada. Eis que precisa encontrar com um velho inimigo (sem forma fixa... ele é como um vírus), no que deveria ser a tranqüila volta para casa. Afinal de contas, o ônibus estava vazio, apareceu em menos de 5 minutos... tudo parecia bom na volta. Ele entrou no ônibus, pela porta do meio (a de saída).
Eu não tinha percebido que se tratava "deles", pois é comum a entrada de pessoas que somente vendem balas pela porta de saída, né. Eis que começou a falar feito um flamenguista. Meus olhos, que vagueavam pelo vidro da janela e pelo chão do ônibus, ao perceberem a minha desconfiança, procuram ver quem é o emissor dessa mensagem fonética. Os olhos não me enganam; eles vêem a camisa azul. Puta que o pariu, é aquela merda mesmo! Observo sua boca, e vejo que tem um dente da frente quebrado, em forma de triângulo. Embora me faltem dentes e moral para falar disso, dentes triangulares (os que deveriam ser quadrados) me dão um certo nervoso.
"Eu represento uma clínica de recuperação para viciados em drogas e em alcoolismo..." Sim... não resta dúvida. São eles. Vai me oferecer uma porra de uma caneta com adesivos, e falar de Deus. Não dá outra: diz que a instituição não tem ajuda do governo, e só se sustenta com a ajuda das vendas que eles fazem. Cada explicação qeu ele dá, eu falo foda-se cada vez mais alto. A pessoa do meu lado me olha estranho, não sei o porquê.
Porra, é uma instituição de uma igreja evangélica, o nome é Manassés (aprendi hoje, resolvi que tinha que saber o nome da merda que eu estava pisando), cujo pastor, provavelmente cheio do dinheiro, pega os drogados, troca a maconha e o crack e o pó por bíblias e fazem os caras virarem chatos do Senhor. Aí, pega essas cobaias de lavagem cerebral, e bota eles para pegar dinheiro para o pastor encher o rabo de grana!
Pode ser que isso seja apenas mais uma paranóia minha contra a cristandade imunda que vive a me cercar, mas é opinião minha expressa, e reprovada por toda a família, mas eu prefiro um drogado do que um crente que vai ficar só falando de Deus. Apenas troca-se o vício, mas a pessoa não se cura, não fica normal.
Voltando ao busófilo, o discurso que me enoja, tenho vergonha de reproduzi-lo aqui, mas uma coisa que me deixou puto é que, além do cara me dar uma caneta e um adesivo da Hello Kitty, pra eu comprar por 1 real, e ajudar as pessoas blablabla (que o pastor, supostamente não cobra nada pela internação... vai saber... só o dízimo! Hehehe E não paga pelo trabalho escravo), o filho da puta ainda me pegou com a frase: "a quem puder ajudar, que Deus abençoe" (eu não vou ajudar, porra! Haha foda-se!) "a quem não puder ajudar..." (Há há, o meu caso é quem não QUER ajudar) "...que Deus abençoe também."
Ah.. vá pro caralho inchado na buceta perebenta da tua mãe! Eu não ajudo, e você não me livra dessa bosta de bênção de Deus? Desço puto do ônibus.

E tem gente que diz que as drogas são o problema da sociedade... vou dizer uma coisa original, e que pode virar um slogan na posteridade: a religião é a maconha do povo! Dando uma atualizada heheh mas é isso.. faz você rir mesmo estando na merda.

Isso me irrita.

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