quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Barbibuceta

Eu gosto quando minha barba
Cheira a buceta
Eu gosto quando minha barba
Fede a buceta

E você me pergunta o que eu tenho contra fazer a barba...
E não tenho nada contra fazer a barba...
Contanto que as lâminas sejam lábios...
De buceta!

A buceta e a minha cara
Têm tantas afinidades
Porque podem ser lisinhas,
Ou peludas,
Ou desenhadas...
Mas sempre que tentam ser lisas...
Alguns pêlos teimosos, insistem, jocosos
Para fazer parte da orgia entre a buceta e a barba.

A relação mais bonita,
Que roça, arranha,
A barba, a aranha,
Uma troca de pêlos,
A língua, o Grelo...
E tudo acaba em BABA!

A BABA NA BARBA
É muito melhor que quando você assoa o nariz
E fica com o catarro pendurado na barba.

P.S.: Eu tinha uma idéia original, organizada, que foi-se diluindo porque fui deixando de postar... e quando lembrei, resolvi postar os resquícios do que ficou misturados com o que viesse na hora. E deu essa merda aí.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O homem, a cabra e a perseguição imoral de seu inconsciente que lhe dizia coisas que nem ele entendia.

Quando tudo dá errado,
Você vai pra casa e grita.
Sai um berro de
cabrita,
Parecendo um viado.

E quando tudo está errado,
E quando vai pra casa e grita,
Ô moleque deformado,
Mundo cão de parasita!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Programa

Não gosto de programas indecentes.

Não gosto de programa humorístico
Não gosto de programa jornalísitico
Não gosto de programa de calouros
Não gosto de programa de famosos

Só gosto de programa.
Quanto você cobra?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Marcas

Eu sou um cara tranqüilo. Tive filha cedo, aos 16 anos, porque... é foda, né? Se com essa caralhadinformação e de instrumentos, nego ainda consegue engravidar sem querer, imagina na minha época, que só quem falava de sexo com muleque eram os primos e amigos mais velhos, que só ficavam contando putarias... Enfim, só estou contando isso porque o assunto hoje é minha filha. Sei lá, nem imaginei que seria isso tudo, mas enfim, um conselho que eu dei pra minha filha tornou-me um mito na escola dela. Como eles falam, um "conselho épico!" Bom, eu diria mais, que além de épico, ético, mas não moral! Mas enfim, "mitei" sem querer.
Tudo começou semana passada, quando eu estava tranqüilamente na sala, lendo o jornal (a parte de entretenimento, cinema, literatura, quadrinhos, palavra cruzada; detesto ler jornal e ver os jornalistas vendendo a mão para escrever o que os donos dos jornais querem... é só o que os jornalistas que cobrem os "fatos" sabem fazer... tudo prostituto(a)s de punheta), sentado no meu sofá aconchegante, mas sem frescuras, e chegou minha filha.
Eu estava fazendo palavras cruzadas quando Duda, minha filha, chegou na sala e mal olhei-a. Ela veio, me deu um beijo na careca, sentou no sofá em frente ao que eu estava, e falou, meio rindo: "Papai, estou apaixonada!". Isso foi o suficiente para abandonar mentalmente minha cruzadinha (estava no V de Canaveral, "Cabo (?): base de lançamento de foguetes dos EUA). E do momento em que eu esqueci das palavras cruzadas passando pelo fechar dos olhos, o abaixar do jornal até eu abrir meus olhos novamente e a encarar, deve ter passado talvez pouco mais ou pouco menos do que 2 segundos. Mas sabe aqueles momentos em que um milésimo de segundo equivale a quase uma vida? Esse foi um deles.
Duda já tinha me apresentado a namoradinhos, e sempre fui o tipo de pai que brincava que era durão com o garoto, mas que sabia como funcionavam as coisas, aliás, eu já fui um desses garotos. Inclusive sempre expliquei bastante sobre gravidez na adolescência, porque já passei por isso. E mesmo assim, eu sempre percebi muita inocência, talvez algumas descobertas, mas nada muito sério nos namoros dela. E agora ela me dizia não que estava namorando, como das outras vezes, mas que estava APAIXONADA. Certamente ela, conscientemente ou não, queria me falar alguma coisa com isso, de que era diferente. Eu saquei isso durante aquele piscar de olhos. E acredite, ainda deu para vir um fluxo absurdo de lembranças sexuais minhas, várias esporradas que eu dei, várias taras minhas satisfeitas, vários fetiches de mulheres que eu resolvi satisfazer, algunz bizarros (ao menos para a época, onde não existia tanta divulgação de bizarrices sexuais...), enfim. Mas não senti prazer ao lembrar desses momentos, pois eu me sentia na obrigação de avisar à minha filha de todas as perversões que existem, e que ela não precisa se submeter a tudo o que ela não queira... e eu só sabia que queria dar UM conselho a ela.
Pois abaixado o jornal e olhando-a diretamente nos olhos, pude ver como ela estava bonitinha, sorriso de satisfação, e soube que ela não podia sentir-se cerceada de explorar toda sua vontade e libido juvenil. Ela viu que eu estava sério, pensativo mesmo (acho que permaneci uns 10 segundos olhando-a, tentando entender aquela enxurrada de pensamentos que vieram ao mesmo tempo), e tentou acabar com aquele clima pesado:
"Ai, que que foi, pai?!"
Eu então, deixei escapar um sorriso, enquanto ecoava em minha mente APAIXONADA, a diferenciação que isso dava ao cara sobre quem ela estava falando, entre todos os outros... Tomei coragem, decidi que tinha que falar algo. E eis agora, transcrito pelo que me lembro, mas pode ter certeza, que foi isso, talvez um pouco mais coloquial - porque tendemos a escrever sempre mais formal do que falamos, mesmo que a opção seja escrever coloquialmente -, mas aí vai:
"Filha... você está apaixonada agora. Você sempre me falou 'que estava namorando', mas dessa vez, você está 'apaixonada'. Sei bem o que isso quer dizer, e sei que, se você ainda for virgem, que vai dar... Ou se não for mais virgem, que vai fazer algumas loucuras, permitidas até, mas que você vai achar que é a mais louca de todas por fazer isso..."
Ela tentou interromper-me: "Papai... eu só..." - mas a interrupção dela foi cortada por mim.
"Filha, deixa eu terminar! Eu pensei e quero te dar um conselho! Deixa eu falar, por favor, não me interrompa." Ela fez uma carinha de constrangida, não queria falar disso, mas eu prossegui. "Enfim, o que eu quero dizer é que você vai fazer de tudo para manter o máximo possível esse garoto perto de você. E que provavelmente, ele vai querer que você faça muitas coisas. E você também vai acabar descobrindo que gosta de muitas coisas. Hoje em dia a pornografia é acessível pra qualquer um, e nem é preciso ter criatividade para fazer um monte de coisas que na minha época, só quem tinha muita idéia é que fazia..." Ela abriu uns olhos assustados, eu me perguntei se precisava ter falado isso, mas enfim, já tinha falado. "Calma, filha! Eu só quero que você saiba que você tem que saber fazer valer a sua vontade, e não se sentir pressionada a fazer nada que não quiser. Se tiver curiosidade, vá lá, faça... se não gostar, fale, enfim, faça valer sua opinião, não seja submissa. Aliás, vai ter muita coisa que você pode até achar nojenta, mas na hora, você vai até acabar pedindo. Não é só homem que gosta de coisas que dizem ser suja... Esquece as merdas que sua mãe te ensinou sobre pecado, essas porcarias. Você vai acabar descobrindo a vadia dentro de você. Vai com tudo!" Nesse momento ela ia começar a falar algo, meio emocionada, como se não esperasse que eu fosse aceitar essas coisas de forma tão simples, mas resolvi interrompê-la antes que começasse. "Na verdade, Duda, isso tudo que eu falei é só algo que você pode ou não levar em consideração para sua vida, porque também tem muita coisa que a empolgação vai fazer você nem perceber o que está fazendo. Mas o meu conselho mesmo, aquele que eu quero que você guarde para sempre... não, na verdade eu quero que você me prometa, é o seguinte: se você quiser, pede pra ele gozar na sua cara, cuspir na sua boca, deixa ele esporrar no seu rabo, trepe com ele no meio da rua... tudo isso é você quem vai decidir se vai ser bom ou não, se quer ou não, se vale a pena ou não. Mas nunca, digo NUNCA MESMO, nunca tatue no seu braço o nome desse cara. Aliás, nem no braço, nem no pescoço e nem em lugar nenhum! A porra sai com água; as pregas podem perder-se mas não ligue pra isso, o cu volta pro lugar; se te flagrarem transando, fique tranqüila, não será a primeira nem a última... Mas a tatuagem do nome, dessa, ninguém pode te salvar. Lembre-se disso, filha!"
Duda me olhou assustada, sem saber o que falar, e eu, sabiamente, após ter dado meu recado, decidi pegar o jornal, e enquanto ela ainda estava atônita no sofá, saí e entrei no banheiro para terminar as palavras cruzadas, dando aquele barro pra ficar mais leve.