domingo, 31 de agosto de 2008

Deus é incrível!!

Estou postando algo que nem sei o que vai dar, mas com a cabeça mais tranqüila. O desespero de escrever a monografia em pouco menos de dois meses vai crescendo, mas eu preciso ligar o foda-se. Se eu não me formar agora, foda-se. Estou ao menos encaminhado, e se não tenho muito tempo para dedicar ao estudo, é porque tenho otras cositas más (e mais interessantes para mim) a fazer. Enfim...
Quanto ao título, acreditem, não há sarcasmo algum, quiçá ironia, a mínima que fosse. Digo com toda a convicção que me é possível: Deus é incrível!
Já coloquei essa frase como nick, no MSN, acho que ano passado, e muitas pessoas estranharam, ou seja, surtiu o efeito esperado. Duvido muito que alguém tenha achado que eu tivesse virado crente; as pessoas, na maioria das vezes (e não me pergunte o porquê!), acharam que era alguma sacanagem minha. Pois não é! Não há nada nessa mão, e nem nessa! A frase está escrita, e é entendida por todos. Ah sim... entendida ela é, pero no es analisada.
Não darei a resposta, pois não subestimo-os. Afinal, se está lendo, alguma coisa sabe. Pois darei apenas uma dica, para que não tenham dúvidas de que me encontro no limbo religioso, e para que eu não tenha dúvidas que todos ficarão com aquele risinho no canto da boca, dizendo para si mesmo: "Putz... é mesmo!" Aí vai: tem a ver com o prefixo, saca?
Então, para quem se lembra das análises semânticas, morfológicas, sei lá, da tia Aurora, ficou fácil.

Agora fecho com um poeminha.

La mierda

Eu não me conheço
Tu não me conheces
Ela não me conhece
Nós não nos conhecemos
Vós não me conheceis
Eles não me conhecem.

Ninguém se conhece.

E assim vivemos, na maior alegria e ignorância.

Infernum Samambaiis 31/08/2008

Finjoda-se!

Que te importa se eu finjo que não ligo,
Finjo que não gosto, que nada me abate?
Se você finge que se importa,
Finge que me ama, que só tem olhos pra mim.
Então eu finjo que finjo, quando o fingimento é a pura verdade.
Minha falange me entrega o fingimento:
Estalo os dedos, demonstro nervosismo.

Mas a minha cara é a mais serena,
Eu sou mais moleque, finjo até pra mim.
E vou embora, fingindo que não ligo
E quando durmo, o câncer me pega e e alastra
No inconsciente, meu cérebro demente
Não acreditou.

Eu ainda vou morrer de agonias ocultas
Mas até meus 30, não sufocarei.
Respiro fundo, pego um iogurte
O resto é resto, vou dormir feliz.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Igreja Batista pra quê?

Há muito tempo tenho uma estranha mania de, enquanto ando de ônibus, por lugares que não conheço, querer saber onde estou. "Que porra de bairro é esse?" é uma pergunta muito freqüente, feita por mim e para mim, simultaneamente, mentalmente.
E o que tem a buceta dos batistas a ver com isso? Bom, chego lá. Não, nem curto buceta de crente... enfim. Estava voltando da cidade com o irmão da minha namorada, que só conhece os mundos medievais de Tíbia, ou as cidades de Warcraft, etc, e a praça seca! Então, eu e ele em um ônibus, passando por algum bairro suburbano, perguntei (em voz alta, e para ele): "Que porra de bairro é esse?". E obviamente, ele respondeu: "Pô, sei lá, hehe."
Aí passo a olhar feito um paranóico pelas janelas do ônibus, olhando os nomes de bar, restaurante, para ver se há a menção do bairro. Nada. Eis que vejo a luz! Uma Igreja Batista com uma enorme fachada: Igreja Batista da Abolição.
"Abolição, Gabriel!" - gritei, para que ele tentasse parar de lembrar o nome, já que se esforçava, depois de ter visto um restaurante onde foi com a irmã, comemorar o aniversário dela. "Porra.. hehe é mesmo.. hehe Abolição!"
Enfim, essa história toda para perguntar: na era do GPS, a Igreja Batista terá alguma função? Não, não terá. A única função das igrejas batistas é situar os perdidos (geograficamente... que fique claro!) e encher o saco com as músicas de crente. Então, daqui a pouco, a minha mania de ver em que bairro estou pela fachada das igrejinhas batistas vai sumir. Estarei como um drogado, procurando uma merda de uma igreja batista (ou então lojas de carro, que também têm a estranha tradição de botar o nome do bairro algumas vezes).
Caralho. Esse foi o pior post que eu já fiz aqui. Tô em tempo de não publicá-lo, mas foda-se. Isso mostra minha confusão mental, preocupado com a porra da monografia que não sai nada.

Ai, por favor, queimemos igrejas batistas, antes que o GPS o faço (ou o trocadilo). Fica esse sendo o propósito do post então. Não será em vão! Hehehe

Essa é a Bay Blade. Cheetos, é feito de queijo, cheetos é feito na queijolândia. É uma delícia.
Fucking la buceta... tá demais...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Largo do Machado

A vida o cansa, e não é de hoje.
Já não agüenta mais ver erros alheios lhe causando feridas. Algumas apenas criam casquinha e somem; outras deixam suas cicatrizes; e há ainda as que ficam abertas, em permanente putrefação.
Seu corpo já está um pouco castigado, e passa da idade de fazer alguma coisa. Avança para os seus 30, em velocidade cada vez mais rápida. E quanto maior a velocidade, menos reflexo apresenta para evitar erros.
Seus 30 anos. Nunca quis chegar aos 30. Gostaria de pegar AIDS, um câncer, tuberculose... E mesmo assim, essas merdas são lentas como as vertigens de quando sentimos a língua dormente, e o mundo girando. Não o saciariam.
Suicídio nunca lhe pareceu errado. Não crê em kardecismo, cristianismo, ou bosticismo qualquer. Se está cansado de si mesmo e daqueles que o cercam, ou mata alguém, ou se mata. Simples assim, e belo também.
Algo dentro dele pede que ponha para fora seus sentimentos de ódio acumulado por todos os anos. O garoto quietinho, que é tão amável, atencioso e inocente; o garoto diferente; o garoto com o futuro promissor! Ah, mas isso não fica assim. Difamação a vida inteira, pois veja, o garoto mudou! Ele odeia muitos! Muitos!
Com certeza, o que ele quer é ser um crenticida. Entrar em cada igreja e matar aqueles que realmente acreditam no que dizem. Que não apresentam dúvidas ao dizer “O Homem foi feito de barro, à semelhança de Deus!”. Porra! Eles não sabem sequer o que é metáfora! Eles precisam ser banidos da Terra, para baixo da terra. Eles, que matariam defendendo sua causa. Os que tentam espalhá-la. Não pode existir outro futuro para eles.
Mas não, ele não se contentaria em atirar contra essas pessoas, a esmo. Ele poderia descarregar um pente de revólver neles, e isso não o faria sentir-se vingado. O ódio deve ser descarregado de forma cruel, e não de maneira automática, como uma pessoa que transa sem sentir tesão pela outra pessoa, apenas por gozar, ou pelo próprio ato. Perde a graça. Quinze balas no rosto de um infeliz, e ainda apertaria o gatilho mais 4 ou 5 vezes, até perceber que a munição acabou, e que ainda estava com ódio.
Os homicídios devem ser mais brutais. Pode usar uma máquina construída pelo ser humano, desde que você a use, realmente, não bastando apenas utilizar um dedo, como em uma arma de fogo.
Um machado, para ele, é o ideal. Acertar a vítima em um ponto não-vital, apenas para começar a sentir o gosto do sangue jorrar, trazer alegria aos olhos. Depois divertir-se com a presa, como um gato faz com a barata, jogando-a de um lado ao outro com as patas. Corte um braço, ameace, bote força no machado para fazer a pessoa urrar de dor.
Quem sabe isso amenize o ódio sentido. Você acaba de descarregar o seu ódio em alguém, que acaba de pagar por tudo aquilo que você sofreu. Essa é a tática mais usada por todos. Bode expiatório. Quem sofre nunca entende o porquê de ser ele. Mas foda-se. A vida é assim.
O mesmo serve para o suicídio, em sua opinião. Mas no caso, evitar o sofrimento é essencial, ou você acabará desistindo, e será apenas um seqüelado, e desonrado, pois nem mesmo concluiu o serviço direito. Mas não tente tirar sua mísera e porca vida com uma arma de fogo. É tão covarde. E será agora.
Ele pega o machado, olha para sua lâmina, que reluz a sua imagem, triste. Assim, ele consegue a certeza desejada para saber que é a hora certa. Levanta-o, com as duas mãos, olhando para as pernas. Pára. Pensa. Se acertar as pernas, pode sentir tanta dor, não conseguir mais levantar, e ele poderá não ter força, impulso, posição correta para finalizar. O machado continua erguido, atrás do lado direito de sua cabeça. Sorri, com o canto esquerdo da boca, deixando aparecer uma covinha no lado oposto. Seus olhos estão úmidos, e ele percebe que, se continuar a pensar, não fará direito o serviço. Fecha os olhos e lágrimas escorrem em seu rosto, pensativo. Sua face mostra-se por um segundo, nervosa, e o machado, agora segurado apenas com a mão direita, vai para trás, para pegar impulso, a mão se dobra para que a lâmina fique paralela ao chão, e a mão faz um movimento reto, como se ele desse um soco para frente.
Seu pensamento é o de que o movimento da mão, neste último gesto, lembra-lhe Cavaleiros do Zodíaco. Os olhos reviram-se. A tampa de sua cabeça, com cabelo e um pouco do cérebro, caem no chão do quarto. A expressão nervosa vira um rosto abobalhado, e seu corpo cai no chão.
É nesse momento, já sem sentido algum, que a mão se abre, e largo do machado.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Idéias são somente idéias

Sentado vejo o mundo girar
Parado.
A mente escurece,
Não é sono, e sim, sonho,
Eu sonho acordado.
Modifico meu passado,
Imagino um futuro.
Vida virtual.
Vivo mil vezes um mesmo fato,
Um desperdício de tempo,
Um exercício mental.
E para que tudo isso
Se o que me importa
É masturbar o meu pau?

Será que eu sou assim
Ou eu finjo ser?
Ou eu quero ser?

Mente perigosa,
Mente criminosa,
Mente homicida.
Mente mentirosa
Mente abominável
Mente suicida.

Idéias bizarras invadem meu dia-a-dia
"Tudo o que eu queria era ser uma cotia";
"Repete, filho da puta!"
(seguida de uma porrada na cara dele,
sangue voando e um martelo esmagando sua cabeça).
Meus delírios doentios,
Tudo cuspido nessa bosta,
Escarrado. Vomitado.

Vocifero aos crentes:
"Vão tomar no cu! Deus é o seu vibrador!
Onisciente, onipotente e onipresente!"
E tudo isso me faz relaxar...
Jogo a Folha Universal no lixo, e cuspo no chão.
Demarco território assim.

Infernum Samambaiis 07/08/2008