quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

MALDITO CORO

Expulso do trem
A gritos de "amém!"

Nunca vou esquecer desse dia...
Senti-me isolado,
Em um trem lotado.
Que triste ironia...

Samambaiis 17/12/2013

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Paródia Musical - Corneia

Hoje, vamos a uma paródia musical a la funk carioca. O sucesso parodiado é Sereia, do Lulu Santos... Porque paródia boa é paródia de música ruim.

Lá vem a Merda.

CORNEIA

Ela é tua luz, teu sol
Mas quando te corneia
Tu fica sem chão.
Gosta de falar que é tua,
Mas nego da tua rua
Já comeu o cu!
Curte um bom bacanal,
Bem selvagem,
É putaria, é só vagabundagem...
É adultério!
(2x)

Chifre já levou aos montes,
E ela vai na fonte:
Só quer piroca de Itu!
Engole tudo e nem baba,
Ela senta e goza
E chama de amor!
O que ela ama, tu não tem:
Um pirocão de jumento!

Gosta muito de foder,
Grita e esperneia
Quando metem sem dó!
Ama sexo anal, baixaria...
Só quer dar...
E tu na esperança
Do casório
Amanhã!


Taí, pra quem gosta, pra quem não gosta, pra quem não visita, pra quem visita... tae.


Desculpas a parte...

Você trabalha. Você é um burocrata de merda. Seu país está tendo manifestações importantíssimas, daquelas que quando você tinha 15 anos, estudava, sobre a ditadura militar. E você jurava que queria viver aquilo, pegar em armas e lutar contra o governo. Você tem a oportunidade hoje em dia: sua cidade está com milhões de problemas na pauta das manifestações. E você está trabalhando. Essa é sua desculpa. Sua vida está sendo influenciada por essas lutas perdidas, e você pouco fez (ou melhor, não fez nada). Você não aguenta essa merda toda, essa opressão policial, esse estado ditatorial que está emergindo... mas você não quer sacrificar a sua vida em nome do social. Você quer ficar em segurança. O mínimo que você faz é escrever em uma rede social, assumindo sua fraqueza e agradecer e reconhecer a importância de todos esses jovens (ou nem tão jovens assim) que lutaram por você e por todos os comodistas da sociedade. E parar com a desculpa do trabalho. Na Teoria da evolução, você vai pro ralo antes... só na meritocracia é que você tem chance mesmo...
E é essa mesma meritocracia que faz os mais merdas estarem no poder...

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sexanal

Você gosta de sexo anal, o que o teu Deus condena.
Isso não é legal, isso merece uma pena!
Você vai pro inferno, se ver com Satanás.
Ele vai te ensinar, como é que se faz!

Sexo atrás, não é coisa divina
Só pode se reproduzir, só se fode vagina
Agora se você quiser um cu
Desista da idéia de ir pro céu azul
Dançar com anjinhos, cheio de gordura
Vai pras mãos de Satã, que irá te mostrar
O que é o verdadeiro sexo sem frescura
Ele vai te empalar, vai torturar, vai estuprar!

E quando tudo parece perdido...
Vai começar tudo de novo!
Amor cristão!
Benefícios a quem não fode cus!!!
Sodomitas! Morram!
E agora a velha que tá tocando órgão enquanto algum cantor histérico grita louvando a Deus  morre!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A impressionante morte de um gordo antigordice (ou poesia de criança com rimas infantis)


A padaria era sua alegria
Sorvia toda sua alma, noite e dia
Até criar-lhe uma louca hipocondria
De que um dia, o diabetes mataria.

E resolveu não mais viver só de folia
Cortou o bacon, maionese, aletria
E rasgou todas as receitas de família
E de desgosto, passou à melancolia.

Passou um mês, passou um ano: emagrecia
Envelheceu um mês por dia, apodrecia
Quando sem forças, percebeu que morreria
Salvou seu corpo, entregou-se à putaria!!!

Samambaiis 29/11/2013

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Barbibuceta

Eu gosto quando minha barba
Cheira a buceta
Eu gosto quando minha barba
Fede a buceta

E você me pergunta o que eu tenho contra fazer a barba...
E não tenho nada contra fazer a barba...
Contanto que as lâminas sejam lábios...
De buceta!

A buceta e a minha cara
Têm tantas afinidades
Porque podem ser lisinhas,
Ou peludas,
Ou desenhadas...
Mas sempre que tentam ser lisas...
Alguns pêlos teimosos, insistem, jocosos
Para fazer parte da orgia entre a buceta e a barba.

A relação mais bonita,
Que roça, arranha,
A barba, a aranha,
Uma troca de pêlos,
A língua, o Grelo...
E tudo acaba em BABA!

A BABA NA BARBA
É muito melhor que quando você assoa o nariz
E fica com o catarro pendurado na barba.

P.S.: Eu tinha uma idéia original, organizada, que foi-se diluindo porque fui deixando de postar... e quando lembrei, resolvi postar os resquícios do que ficou misturados com o que viesse na hora. E deu essa merda aí.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O homem, a cabra e a perseguição imoral de seu inconsciente que lhe dizia coisas que nem ele entendia.

Quando tudo dá errado,
Você vai pra casa e grita.
Sai um berro de
cabrita,
Parecendo um viado.

E quando tudo está errado,
E quando vai pra casa e grita,
Ô moleque deformado,
Mundo cão de parasita!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Programa

Não gosto de programas indecentes.

Não gosto de programa humorístico
Não gosto de programa jornalísitico
Não gosto de programa de calouros
Não gosto de programa de famosos

Só gosto de programa.
Quanto você cobra?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Marcas

Eu sou um cara tranqüilo. Tive filha cedo, aos 16 anos, porque... é foda, né? Se com essa caralhadinformação e de instrumentos, nego ainda consegue engravidar sem querer, imagina na minha época, que só quem falava de sexo com muleque eram os primos e amigos mais velhos, que só ficavam contando putarias... Enfim, só estou contando isso porque o assunto hoje é minha filha. Sei lá, nem imaginei que seria isso tudo, mas enfim, um conselho que eu dei pra minha filha tornou-me um mito na escola dela. Como eles falam, um "conselho épico!" Bom, eu diria mais, que além de épico, ético, mas não moral! Mas enfim, "mitei" sem querer.
Tudo começou semana passada, quando eu estava tranqüilamente na sala, lendo o jornal (a parte de entretenimento, cinema, literatura, quadrinhos, palavra cruzada; detesto ler jornal e ver os jornalistas vendendo a mão para escrever o que os donos dos jornais querem... é só o que os jornalistas que cobrem os "fatos" sabem fazer... tudo prostituto(a)s de punheta), sentado no meu sofá aconchegante, mas sem frescuras, e chegou minha filha.
Eu estava fazendo palavras cruzadas quando Duda, minha filha, chegou na sala e mal olhei-a. Ela veio, me deu um beijo na careca, sentou no sofá em frente ao que eu estava, e falou, meio rindo: "Papai, estou apaixonada!". Isso foi o suficiente para abandonar mentalmente minha cruzadinha (estava no V de Canaveral, "Cabo (?): base de lançamento de foguetes dos EUA). E do momento em que eu esqueci das palavras cruzadas passando pelo fechar dos olhos, o abaixar do jornal até eu abrir meus olhos novamente e a encarar, deve ter passado talvez pouco mais ou pouco menos do que 2 segundos. Mas sabe aqueles momentos em que um milésimo de segundo equivale a quase uma vida? Esse foi um deles.
Duda já tinha me apresentado a namoradinhos, e sempre fui o tipo de pai que brincava que era durão com o garoto, mas que sabia como funcionavam as coisas, aliás, eu já fui um desses garotos. Inclusive sempre expliquei bastante sobre gravidez na adolescência, porque já passei por isso. E mesmo assim, eu sempre percebi muita inocência, talvez algumas descobertas, mas nada muito sério nos namoros dela. E agora ela me dizia não que estava namorando, como das outras vezes, mas que estava APAIXONADA. Certamente ela, conscientemente ou não, queria me falar alguma coisa com isso, de que era diferente. Eu saquei isso durante aquele piscar de olhos. E acredite, ainda deu para vir um fluxo absurdo de lembranças sexuais minhas, várias esporradas que eu dei, várias taras minhas satisfeitas, vários fetiches de mulheres que eu resolvi satisfazer, algunz bizarros (ao menos para a época, onde não existia tanta divulgação de bizarrices sexuais...), enfim. Mas não senti prazer ao lembrar desses momentos, pois eu me sentia na obrigação de avisar à minha filha de todas as perversões que existem, e que ela não precisa se submeter a tudo o que ela não queira... e eu só sabia que queria dar UM conselho a ela.
Pois abaixado o jornal e olhando-a diretamente nos olhos, pude ver como ela estava bonitinha, sorriso de satisfação, e soube que ela não podia sentir-se cerceada de explorar toda sua vontade e libido juvenil. Ela viu que eu estava sério, pensativo mesmo (acho que permaneci uns 10 segundos olhando-a, tentando entender aquela enxurrada de pensamentos que vieram ao mesmo tempo), e tentou acabar com aquele clima pesado:
"Ai, que que foi, pai?!"
Eu então, deixei escapar um sorriso, enquanto ecoava em minha mente APAIXONADA, a diferenciação que isso dava ao cara sobre quem ela estava falando, entre todos os outros... Tomei coragem, decidi que tinha que falar algo. E eis agora, transcrito pelo que me lembro, mas pode ter certeza, que foi isso, talvez um pouco mais coloquial - porque tendemos a escrever sempre mais formal do que falamos, mesmo que a opção seja escrever coloquialmente -, mas aí vai:
"Filha... você está apaixonada agora. Você sempre me falou 'que estava namorando', mas dessa vez, você está 'apaixonada'. Sei bem o que isso quer dizer, e sei que, se você ainda for virgem, que vai dar... Ou se não for mais virgem, que vai fazer algumas loucuras, permitidas até, mas que você vai achar que é a mais louca de todas por fazer isso..."
Ela tentou interromper-me: "Papai... eu só..." - mas a interrupção dela foi cortada por mim.
"Filha, deixa eu terminar! Eu pensei e quero te dar um conselho! Deixa eu falar, por favor, não me interrompa." Ela fez uma carinha de constrangida, não queria falar disso, mas eu prossegui. "Enfim, o que eu quero dizer é que você vai fazer de tudo para manter o máximo possível esse garoto perto de você. E que provavelmente, ele vai querer que você faça muitas coisas. E você também vai acabar descobrindo que gosta de muitas coisas. Hoje em dia a pornografia é acessível pra qualquer um, e nem é preciso ter criatividade para fazer um monte de coisas que na minha época, só quem tinha muita idéia é que fazia..." Ela abriu uns olhos assustados, eu me perguntei se precisava ter falado isso, mas enfim, já tinha falado. "Calma, filha! Eu só quero que você saiba que você tem que saber fazer valer a sua vontade, e não se sentir pressionada a fazer nada que não quiser. Se tiver curiosidade, vá lá, faça... se não gostar, fale, enfim, faça valer sua opinião, não seja submissa. Aliás, vai ter muita coisa que você pode até achar nojenta, mas na hora, você vai até acabar pedindo. Não é só homem que gosta de coisas que dizem ser suja... Esquece as merdas que sua mãe te ensinou sobre pecado, essas porcarias. Você vai acabar descobrindo a vadia dentro de você. Vai com tudo!" Nesse momento ela ia começar a falar algo, meio emocionada, como se não esperasse que eu fosse aceitar essas coisas de forma tão simples, mas resolvi interrompê-la antes que começasse. "Na verdade, Duda, isso tudo que eu falei é só algo que você pode ou não levar em consideração para sua vida, porque também tem muita coisa que a empolgação vai fazer você nem perceber o que está fazendo. Mas o meu conselho mesmo, aquele que eu quero que você guarde para sempre... não, na verdade eu quero que você me prometa, é o seguinte: se você quiser, pede pra ele gozar na sua cara, cuspir na sua boca, deixa ele esporrar no seu rabo, trepe com ele no meio da rua... tudo isso é você quem vai decidir se vai ser bom ou não, se quer ou não, se vale a pena ou não. Mas nunca, digo NUNCA MESMO, nunca tatue no seu braço o nome desse cara. Aliás, nem no braço, nem no pescoço e nem em lugar nenhum! A porra sai com água; as pregas podem perder-se mas não ligue pra isso, o cu volta pro lugar; se te flagrarem transando, fique tranqüila, não será a primeira nem a última... Mas a tatuagem do nome, dessa, ninguém pode te salvar. Lembre-se disso, filha!"
Duda me olhou assustada, sem saber o que falar, e eu, sabiamente, após ter dado meu recado, decidi pegar o jornal, e enquanto ela ainda estava atônita no sofá, saí e entrei no banheiro para terminar as palavras cruzadas, dando aquele barro pra ficar mais leve.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Pesca Esportiva

- A melhor sensação na vida é você puxar algo que vai contra a correnteza! Não… na verdade, a melhor sensação na vida é você conseguir puxar algo que estava contra a correnteza, e fazer vir pra sua mão. 
Richard apenas olhava, com um sorriso no rosto, Pedro, o relativamente jovem rapaz, com seus 30 e poucos anos, tentando explicar-lhe o prazer da pesca esportiva.
- O Poder consiste nisso! Mostrar que perante sua força não existe resistência eficaz!
Essa idade era propícia para que jovens ricos achassem que, por terem uma riqueza qualquer, eram Deus, e que todas as criaturas foram feitas para servir apenas a eles. Richard, do alto de seus 60 anos, não sabia se era hora para acabar com sua felicidade e fazê-lo voltar ao mundo dos mortais (e ao dos insignificantes, para ser mais sincero), o que sua experiência já o tinha ensinado mesmo nunca antes tendo tentado ser Deus. Resolveu falar.
- Mas é só um peixe… e você está com um belo equipamento, usa até luvas! Isso é poder ou é covardia?
Deu uma risada amena para não parecer ofensivo.
- Não… eu… a vara poderia até…
- Calma, estou apenas brincando - Richard deu uns tapinhas nas costas do jovem. Eu entendo a emoção que a pesca esportiva traz.
O jovem olha para ele, ainda desconfiado, esperando outra piada maldosa do coroa, mas ficou só na expectativa. Richard realmente parecia estar falando com um prazer de quem já experimentou muito daquela sensação a qual falava, segundos atrás.
- Eu já pesquei muito quando era jovem, quando tinha sua idade. Mas pescava e levava para casa, comia. Cada peixe era um troféu, uma cicatriz curada de uma noite passada ao relento, em barcos, com bebidas e uns bons amigos - continuou Richard.
O jovem alternava o olhar entre a bóia de sua linha e o rosto de Richard.
- Bom, eu sou contra matar peixes, afinal, já existe uma indústria pesqueira para isso. Eu estou aqui pescando pela luta, uma boa briga que me leve a disputar com o peixe, despertando meu instinto animal.
- E no final, mostrar a ele quem é Deus, certo? - disse Richard, totalmente sério, mas com um tom irônico que poucos entendem.
- É… pode-se dizer que sim. Eu gosto de pegar o peixe nas mãos, olhar para os olhos dele e… eu gosto que ele sinta que eu posso matá-lo… Que eu posso deixá-lo agonizar até morrer… Que eu posso parti-lo ao meio e comer suas entranhas, porque eu fui o vencedor!!! E depois de ele saber a merdinha que é, gosto de soltá-lo, como prova de minha superioridade… Hehe, é… pode-se dizer que eu gosto de mostrar a ele que eu sou Deus!
Richard sorriu e abaixou a cabeça.
- Como eu lhe disse, sei bem o que é isso. Eu gosto de dar voltas na beira da praia, e quando vi um pescador aqui, decidi sentar ao lado e puxar assunto, porque queria relembrar um pouco dos meus tempos de pescas, quando eu saía para aventuras em alto-mar… mas minha idade fragilizou meu corpo, e não agüento mais passar horas no mar, nem mesmo assim, em terra; por outro lado, minha idade permitiu-me acumular muito dinheiro, e para matar a vontade de pescar, tenho um tanque gigante disponível para eu pescar a hora que eu quiser.
Foi a vez de o jovem rir.
- Hahaha. Você pesca em um tanque? Mas isso não é pesca! Criar alguns peixes para ficar pescando em um espaço tão limitado não tem a menor graça! Você sabe onde encontrar o peixe. Depois de um tempo, e de já ter pescado todos os peixes, não enfrenta nenhuma briga surpreendente com outro peixe. Bom, se pra você, isso substitui um dia de pesca, eu realmente tenho pena do que a idade te fez.
- Você não sabe a extensão do tanque, meu jovem… E nem as espécies que tenho no tanque. Pode falar que é cômodo! Mas sem emoção, jamais!!
- Bom, acho que a mim, não demora mais que dez minutos para entediar totalmente, periga até eu dormir!
- Bom, faço-lhe um convite: se quiser pescar no meu tanque, basta ligar para mim e marcar um dia bom para os dois. E com a vantagem de que nem precisa estar sol: o tanque é em um ambiente fechado!
- Hahaha olha, acho que aceito o convite só por ser algo inusitado. Uma pesca, em um tanque, em um ambiente fechado, para me matar de emoções? Só se for de pena!
A bóia da linha do rapaz afunda ligeiramente.
- Aqui, ó! Hmmmf… isso… que é… pesca!
O rapaz fazia força para travar o molinete e puxar a vara. Deixava o peixe levar linha e repetia o mesmo movimento. O velho apenas observava, com um sorriso no canto da boca e um brilho nos olhos. 
- Força, ou o peixe ateu ganhará de Deus! - pilhava Richard, enquanto o jovem fazia força sem perder a pose, ou mesmo desmanchar o penteado.
Após uns 3 minutos, Pedro içava a barco um pequeno peixe, pesando pouco mais de 3 quilos. Visivelmente desapontado, o jovem tentava passar-se por satisfeito, mas parecia um amante ao broxar, triste com o pequeno tamanho do peixe. 
O velho Richard observava o jovem segurando o peixe, fitando-o no olho, demonstrando sua teoria de que passa ao peixe a idéia de ser Deus. E pouco depois, soltou o peixe de volta ao mar. O jovem voltou-se para Richard, que o olhava com um sorriso cínico.
- Pelo menos ele não pagou pelo piercing, como você. E garanto que será mais emocionante no meu tanque!
Ao dizer isso, Richard entregou um papel a Pedro, que guardou no bolso e voltou a preparar o anzol para jogar.
- Apareça! - disse Richard, preparando-se para sair.
Richard lentamente vai saindo, para voltar ao conforto de seu lar.
-------------------------------
Priscila e Pedro se agarram em meio a colchas e cobertores, totalmente nus. O barulho de carro chegando alerta Pedro da chegada de sua irmã.
- Puta que pariu. Aquela mala chegou… Vai, vai… se veste!! Se ela descobrir que eu tô usando o quarto dela… vamo, vamo!
Priscila começa a correr atrás das roupas espalhadas no quarto. Priscila bota a blusa sem colocar o sutiã, para ganhar tempo, e enfia o sutiã dentro da bolsa. Enquanto ela corria para achar a calcinha, e já tentava se enfiar na calça apertada, Pedro calmamente pegava a calça do chão para colocar. Ao pegar a calça, cai um cartão no chão. Priscila parou imediatamente a busca pela calcinha e atentou para o cartão na mão de Pedro.
- Ei! Que cartão é esse? É alguma vagabunda, é?
Pedro sorri, calmamente.
- Você já está vestida, por acaso? Estava correndo o quarto igual uma maluca, e parou por causa de um cartão? Isso é que é ter o dom de fofocar!
Priscila arranca o cartão da mão de Pedro com uma mão e com a outra segura o pau dele, como que protegendo sua propriedade enquanto lia o cartão e decidia se liberava o prisioneiro ou não.
- Richard Altoffen? Que porra é essa??
- É um coroa, pescador, que me convidou pra ir pescar num tanque que ele tem em casa. Aliás, bom programa pra hoje… acho que vou ligar pra ele.
- Hm… ok, tá liberado.
Priscila abaixou e botou o prisioneiro inteiro na boca após tirar a mão.
- Mas tô demarcando território… nunca se sabe quais as intenções do tal coroa…
Agora deixa eu achar minha calcinha!!!
Pedro veste a calça, sem cueca, mas fica com o pau pra fora, sem fechar o zíper. Deixa Priscila procurar um pouco a calcinha, e quando ela vira de costas para ele, coloca a calcinha pendurada no pau.
- Por acaso alguma piranha perdeu isso aqui - diz, cínico, apontado para o pau.
- Ai, idiota!
Priscila corre para pegar a calcinha, mas Pedro vira de lado e segura as mãos ávidas da garota.
- Não… com a boca!!
- Pedro, sua irmã!!!
- Vai, se meter a boca e não ficar de papinho dá tempo, vai…
Priscila dá uma engolida e força a cabeça umas 3 vezes, bem rápido, e depois pega a calcinha e enfia no bolso. Pedro ri, bota pra dentro e fecha o zíper. Os dois saem do quarto, pegam as bolsas e saem.
- Pedro, vai botar uma cueca… se encontrar com um coroa, de calça, de pau duro e sem cueca é bem estranho, hein.
Pedro ri e concorda.
- E nem quero que usem minha minhoca em anzol nenhum… Agora vambora antes que ela note que houve bagunça no quarto...
-----------------------------------
Pedro deixa Priscila em casa e liga para o telefone do cartão. A voz que o atende parece um pouco cansada, mas anima-se assim que Pedro diz quem é, e fala da pesca. Confirma que está indo para a casa de Richard e começa o caminho, achando que a pesca seria sem graça mas daria uma diversão para o coroa. Em parte estava certo.
Ao chegar no endereço, Pedro depara-se com uma mansão, com um enorme portão de grades na entrada. Liga novamente para Richard, para avisar que chegou. Antes de a ligação completar, o portão abre-se e Pedro desliga o telefone e entra com o carro. Avista, de longe, uma silhueta parada na porta da mansão, e estaciona o carro próximo, já conseguindo identificar que a silhueta é de Richard.
- Não resistiu à curiosidade da "pesca indoor", jovem? - divertiu-se Richard, enquanto Pedro caminhava em sua direção.
- É… pode-se dizer que quero ao menos ter experimentado essa novidade.
- Vamos, entre!
Pedro entra e espanta-se. A casa era bonita por fora, mas por dentro, era mais ainda! O velho parecia ser meio louco, então, preparou-se para aquele show de aberrações que as casas dos velhos que se acham têm: estátuas escrotas, quadros ridículos que servem apenas para mostrar que se aprecia alguma arte (mesmo que seja uma tela com merda e papel higiênico, mas que tenha lhe custado milhares ou milhões…), essas merdas. Mas não. O filho da puta tinha um mau gosto do caralho, no bom sentido!!! Espalhados pelo salão de entrada, personagens de cinema fantástico enfeitavam o local. Uma estátua da Lua atingida por um foguete, uma maquete do hotel de Norman Bates, uma estátua de uns dois metros de altura do Homem de Palha… e tinha até uma brincadeira interfilmes, no canto esquerdo da sala, um Jason segurava uma navalha que estava no meio do corte de um olho de um busto (em preto e branco) de uma mulher. Enfim, nada de artistas de merda, nem pop art de merda. Só uma arte pop.
Richard percebeu o encantamento de Pedro.
- Vamos, porque essas estátuas não mordem iscas! Haha
Pedro percebeu que tinha ficado abobado, e ficou meio sem-graça.
- É. Acho até que aqui deve ser mais emocionante que a tal pesca…
Pedro sorri, meio debochado.
- Se você não achar emocionante, pode pegar qualquer uma dessas estátuas! Garanto que vai ter muita adrenalina descarregada na hora da pesca!
Ao falar isso, Richard riu muito alto, bem diferente do jeito contido que aparentava. Pedro estranhou, mas não deu muita idéia. Afinal, a velhice é foda. Faz você rir de coisas que não fazem sentido…
Ao chegar em frente a uma porta gigante, Richard indicou:
- É aqui, meu tanque. Está preparado?
- Bom, se tudo mantiver as proporções, como essa porta, o tanque deve ser realmente grande…
Richard abriu a porta e o que Pedro viu não parecia possível. Era algo fora das dimensões imagináveis para um tanque dentro de casa… parecia ser do tamanho de um campo de futebol. Não… talvez maior. Enfim, completamente surpreendido, não sei dizer muito bem o que ele pensou, pois não teve tanto tempo para pensar. No que ele olhou para o tanque, tentou chegar mais perto para tocar na água, para cair a ficha de que aquilo era real. Ao chegar mais próximo da água, Pedro estranhou… os peixes pareciam ser muito grandes… seriam tubarões, e por isso a adrenalina que Richard falou? Chegou um pouco mais próximo para identificar os bichos que nadavam ali e surpreendeu-se… pareciam…
Antes que Pedro pudesse concluir o que seus olhos viram, mas sua mente recusava-se a acreditar, dois homens (igualmente enormes, como a porta, como o tanque…) surgiram do nada - na verdade, estavam escondidos próximo à porta quando ele entrou, mas deslumbrado com o que via, passaram despercebidos - e o rodearam, e Pedro sentiu-se comprimido, sufocado. Os dois deram uma volta muito rápida em torno dele, e enquanto Pedro gritava, um o segurava, e o outro continuava a girar em torno dele, com um plástico muito resistente, visto que Pedro debatia-se mas não conseguia mais mover os braços nem as pernas. Ele havia sido embalado, como uma mala de viagem com aquela merda anti-furto que, se você quiser pagar uma fortuna no aeroporto, coloca. Pedro virou para Richard. Depois de gritar o usual quando se está desesperado e sendo agredido, embora ele não estivesse machucado, só preso, ele virou para Richard, tentando entender a situação.
- O que é isso? Ei, coroa, que porra é essa? Olha o que me fizeram.
Richard apenas deu um sorriso, mais com o nariz do que com a boca, como se estivesse fungando.
- Vamos ver quem é Deus agora.
E deu um chute nas costas de Pedro, que fez com que ele caísse na água. Ele afundou inicialmente, mas depois de alguns segundos se afogando, que para Pedro, pareceram uma eternidade, ele conseguiu achar um jeito de mexer seu corpo o suficiente para que ficasse constantemente na superfície, respirando, e mergulhando. Estava aturdido, e continuava olhando, e percebeu que realmente, eram homens que estavam naquela piscina. Enquanto olhava acima, abaixo, conseguia ouvir um som muito variante, pois seu ouvido ora estava mergulhado e ora fora d'água, a voz de Richard.
- Pois saiba como é ter a boca e o corpo estraçalhados apenas pela diversão de uma pessoa… é bom fazer com peixes, né? Pois bem… eu posso dizer que tenho certa afinidade com peixes. Nasci dia 6 de março! Hahahahahaha.
Pedro estava desesperado. Quanto tempo aguentaria debatendo-se, sem se afogar? Ele via corpos no fundo do tanque. Provavelmente pessoas que afundaram… após quanto tempo? Ele só pensava na finitude de sua vida agora. De repente, seus pensamentos foram interrompidos por um reflexo que lhe veio na visão. O reflexo vinha de baixo, do meio do tanque. E algo parecia vir com toda a velocidade em sua direção. Um anzol enorme entrou lancinante em seu nariz. Não, ele não identificou o anzol, apenas o lancinante. Então, começou a sentir uma pressão, como se o seu nariz fosse ser arrancado. Era Richard que puxava, em sua vara, o grande peixe Pedro. Ao chegar perto da beirada do tanque, quando Richard foi levantá-lo, quando seu corpo saiu mais de um terço para fora da água, o nariz arrebentou-se e o anzol veio com tudo para fora, deixando Pedro cair de volta à água, urrando de dor, fazendo bolhas de dor, na verdade, com sangue e pedacinhos de carne sujando o tanque.
- Eita, eita… caramba, Jorge, joga a rede e pega esse peixão aqui!! Tá sujando meu tanque!
O criado de Richard, um dos que embalaram Pedro, prontamente foi para a frente de uma máquina e mirou a rede na direção de Pedro, que afundava um pouco e depois subia, debatendo-se muito embaixo d'água.
Pedro foi içado e enquanto chorava - era choro misturado com água e sangue que escorria de seu rosto - Richard olhava para ele, rindo.
- Por que isso? Eu te fiz alguma coisa?
- Ué… pela emoção! Não é por isso que você pesca? Não é para comer, porque você pesca, solta… ah sim, melhor… tenho uma resposta melhor! É pela luta. Por uma boa briga. Lembra?
Pedro chora mais ainda.
- Tá, já me ensinou. Agora me deixa ir! Eu nunca mais vou pescar, prometo!
- Haha parece uma criança, ou um velho bêbado… "eu nunca mais vou fazer isso, mamãe…", "eu nunca mais vou beber"; não foi por isso que te trouxe aqui, meu caro. Eu quero que você saiba que eu sou Deus! Eu posso matar, eu posso deixar viver… mas eu sou um deus muito escroto. Um filho da puta! Eu não deixo viver. Você volta pro tanque e se debate até morrer. Vai ficar com fome, vai ficar fraquinho se não comer nada… e vai acabar afundando… Ou então vai ficar com fome, vai ver um pedaço de qualquer comida aqui, boiando, e vai ter um anzol preso embaixo… e vamos partir pra uma boa briga, né? Hahaha
Pedro baba sangue e lágrimas.
- Como você viu… não se preocupe. Não preciso de comida em anzol para pescar aqui. Eu jogo o anzol lá embaixo, e quando você passa por cima (você é força de expressão… tanto você quanto qualquer um desses babacas ainda vivos), eu puxo! E pronto! É diversão! Agora, pode me dizer: tem adrenalina ou não tem??
Pedro é jogado do lado de fora da piscina.
- Só preciso estancar teu sangue, antes que você me faça limpar todo esse tanque por causa dessa merda.
Richard começa a pegar uma maletinha ao lado dele, e pega o algodão, gaze, uns produtos para cicatrização. Pedro recupera o fôlego, prende o choro e fala.
- Cara… minha namorada viu o cartão… não tem problema. Você pode me matar… mas a polícia vai vir aqui, e você vai morrer, cara… alguém vai te matar.
Richard contempla o olhar vingativo de Pedro e sorri.
- Meu jovem, olhe esse tanque. Você viu minha casa. Não viu nem um quinto do meu terreno, imagino. Você acha que a polícia faz alguma coisa comigo? Com uma piscina  de três metros em cada casa, eu compro todas as delegacias do país…
Pedro fecha os olhos, imagina os policiais, felizes com suas famílias nas piscinas e chora novamente… e meio que ri, do quão feliz é o mundo.
E Richard continua tranqüilamente pegando o material para estancar o sangue de Pedro.

FIM.


terça-feira, 26 de março de 2013

Parabéns, cineastas!

Cansado de gente quadrada
De calça quadriculada
Passando por revoltada
Que não liga pra nada.

Sua revolta é plástica,
Está emoldurada
Na parede da tua sala:
É o pôster do Che Guevara.

Vontade de socar a tua cara
(É quase uma tara -
Tipo comer a boceta
Da Scarlet O'Hara)

Foda-se.
Bata tua cabeça contra a parede

terça-feira, 19 de março de 2013

Orgasmorama

Está no ar! Esse é um post totalmente comprado, propaganda mesmo! Enfim, está no ar o site da Sex Shop que tenho, juntamente com a Luciana. Começamos comprando em quantidade para podermos ter desconto no que comprávamos para nós, e vender os outros produtos, para gerar um $$ para passear, e foi crescendo, crescendo... e agora está ereto! www.orgasmorama.loja2.com.br Pausa para você visitar a loja. Visitessa porra!!! Pronto. Agora você, rapaz que quer meter no cu da suamada, mas ela não libera... tem brincadeirinhas que ajudam a ir quebrando o gelo (e óbvio, um lubrificante, porque começar com cuspe pode traumatizar), como a raspadinha do sexo anal. É direta? É! Mas você dá para ela... quando ela quiser raspar, se mostrar curiosidade em saber como é a raspadinha, já deixa o tubo de K-Lab no bolso da mochila! Para quem é rapidinho, ou quer durar mais, tem alguns tipos de retardante, que diminuem a sensibilidade do pau, o que o faz parar de chorar na primeira trombadinha que der com la buçanha. Meninas que querem surpreender os companheiros, dadinhos, calcinhas, raspadinhas, óleos comestíveis, calcinhas comestíveis, caartõezinhos provocantes, bolinhas para você prender en la buçanha e ele estourar com pirocadas... tem de tudo! E pra você que já passou da fase de amorzinho e quer trepar como um jumento, temos capas penianas, anéis penianos com vibro, uma porrada de coisa mais objetiva, sem melozices. Mas que podem ser usadas com melozices também... depende de cada um, né? Lésbicas, viados, meninas solteiras (ou não), têm uma porrada de vibradores, pequenos, grossos, finos, grandes, monstro, enfim... piroca pra tudo quanto é gosto E BUCETAS TAMBÉM (de silicone!). Lógico... falei das lésbicas, e botar só pirus é foda... Além, é claro, do dadinho gay, dadinho lésbico, essas paradas. Para você rapaz que quer inovar com a namorada, tem bullets, para você deixar vibrando no grelo dela enquanto mete fundo; anel peniano para DP (vem uma prótese com um anel em cima, para você botar o pau, aí você escolhe se encaixa o seu en la buçanha e deixa a prótese no cu, ou o contrário...), dedeiras com vibro, para ela se dedar, ou você dedá-la, etc. Tudo para não abrir concorrência, né? Porque melhor você e uma prótese na mulher do que ela querendo outra pirocali! E tudo a um preço de BANANA!! Principalmente o vibrador no formato de. Enfim, brincadeiras a parte, dêem uma olhada. Discrição (até porque quem toma conta do envio dos produtos é a Luciana) garantida! Voltamos agora com a nossa programação!!!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Banho de água fria (ou Sobre a Finitude)

Você nasce chorando, de olhos contraídos, quando abre, você é uma criança, pulando e brincando; você pisca os olhos, e então é um adolescente, cheio de amor para dar e ódio para distribuir; outra piscada e vira um adulto, matando-se pelo trabalho e/ou dedicando-se aos filhos; tira um cochilo e já está velho, talvez com netos para paparicar, ou rabugento por todas as limitações que a velhice dá... e depois desse cochilo, se conseguir acordar depois do "só mais 5 minutinhos", já está naquela fase mais debilitada, quando tudo cansa, você já tenha bisnetos, ou esteja abandonado, um peixe fora d'água perto de todas as tecnologias que lhe cercam. E chega a hora de deitar pra dormir. Incrível como a morte de uma pessoa querida provoca esse choque de pensamentos, e você lembra (sim, porque você já SABE) que tudo acaba, o tempo passa rápido, todo mundo morre. Há pouco tempo atrás, eu era criança e minha mãe era a minha mãe, uma pessoa meio velha (em relação à minha percepção da época), mas não tão velha quanto minha avó. Agora minha avó já estava velhinha, cansada, quase não andava mais... e ela já não era só minha avó, ela também era bisavó de uma nova geração da família. E nisso você se dá conta, que bisavós não duram muito, essa é a sua experiência de vida, mas avós... avós duram muito! Mas... epa... eu já estou com 26 anos, e isso é muito!!! Então você se dá conta de que meio que foi no "tempo certo". E... seguindo a lógica, minha mãe já é avó! E eu, que só ouvia música e ia pra shows, e saia com os amigos, agora está difícil de marcar uma saída, pois todos têm horários diferentes, trabalhos... E a vida vai-se consumindo e você não percebe o tempo passar. A finitude sempre aparece na minha cabeça viajante como uma pedra, nesses momentos tristes. Mas para mim, o importante é lembrar dos bons momentos em vida, a morte sendo apenas um ponto final de uma história foda. Bom, esse texto vai em homenagem a meus dois avós maternos, Armando e Dalva; ela, que morreu agora, 6/3/2013, mesmo dia que meu irmão completou 28 anos. Abaixo, os textos que escrevi para distribuir pela morte dos dois. E por eu achar que a morte deve ser apenas o ponto final, prefiro falar com um certo humor das vidas deles, pois acho que isso é o que vale. Dalva Lourenço - 27/05/1931 a 06/03/2013 "Você nasce, pisca o olho e é adolescente, outra piscada e é mãe, tira um cochilo, vira avó, e se der sorte, consegue ter mais cinco minutinhos de sono, e quando acorda, vira "bisa". Pois é, Dalva chegou a esse estágio, em seus quase 82 anos. Não pode-se dizer 100% lúcida, mas com um senso de humor estranho, que a permitia brincar inclusive com sua pequena confusão mental. Fã de Silvio Santos e Coca-Cola (seu sangue, como costumava dizer), não abandonou nenhum dos dois até o final, mas estranhamente, foi perdendo a vontade diária de beber Coca-Cola nos últimos meses. "Tudo bem, dona Dalva?", "Tudo bom, nada presta!". E com essa mistura de reclamação e bom-humor ela levava a vida. Bom, os médicos podem até dizer que faltou ar, mas eu sei bem o que faltou... foi Coca-Cola!" Armando Lourenço - 30/10/1930 a 07/07/2007 "Sempre brincalhão, o 'Vovô Miau' mexia com quem passava na rua, mesmo sem conhecer. Algumas brincadeiras, mesmo inconvenientes, acabavam virando gargalhadas, pois todos conheciam seu jeito infantil. A rua perde seu pedágio de balas e as brincadeiras; a família perde um pouco da alegria. Mas histórias suas serão para sempre lembradas, e trarão felicidade. A tristeza não tem vez com o 'Miau'!"

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Barco Azul no Mar Branco

Encontro-me em um mar branco, gélido feito a água do chuveiro no inverno quando você é criança e te obrigam a entrar no banho. E meu barco é azul, da cor do pelicano que estava de bobeira e foi pintado de azul. Essa cor. Meu mar é pequeno, talvez menor que uma lagoa ou um lago, mas ainda assim é mar. Apenas eu vivo nesse ambiente inóspito e hostil, mas que também sabe ser generoso e hospitaleiro, tenho minhas dúvidas, mas acho que quando esbanja essa simpatia toda, tem mais a ver comigo do que com o local. Meu mar é quadrado, e não tem nada de orgânico, tudo é preparado, artificial: madeira, cimento, papelão. Na maior parte do tempo, humanos, somente frios e planos, na tela de fluidos estranhos. Não dá para tocar, agarrar... Música... a música é sempre uma conversão de algo em algo... impulso elétrico em ondas sonoras, ondas sonoras em impulsos elétricos e em ondas sonoras novamente, e assim vai. Boto o som alto, tomo algo sintético e assim vou afundando no meu mar branco. Vez ou outra aparece algo natural aqui, e fico feliz como criança! Gostaria de ter a criatividade das crianças, e fingir-me de pirata sempre, mas a idade chega e bloqueia algumas partes do cérebro, dentre elas a memória, e em mim, atacou em cheio a criação! Talvez uma punheta resolva essa merda.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sonho Louco do Dia

Aqui será cuspido tudo o que consigo lembrar de hoje. Sonho louco do dia: Fui para um restaurante em Braz de Pina (que atualmente é uma igreja evangélica), e sentei na mesa, com alguém que não me lembro, e saí para jogar bola com Jhonatan e Giulia Helen, na rua. Quando voltei ao restaurante, alguém que era amigo do meu irmão estava na mesa, com 2 caras que eu nunca vi na vida (embora eu nunca tivesse visto o amigo do meu irmão). Eu comecei a reclamar, e vi que os caras só queriam sair sem pagar os chopes que beberam. Parei na porta do restaurante e gritei "Não tem ninguém para ver essa merda?". A gerente chegou e os caras sumiram, e como eu estava na porta os caras estavam no restaurante, e a gerente começou a procurá-los. Obviamente, o restaurante ficou vazio segundos depois (nem clientes, nem gerente, nem garçom), e quando eu saí, estava em uma casa que estava tendo festa, e meu tio Fabio estava colocando Street Fighter para rolar, mas eu estava com a Luciana, minha namorada, de safadeza, e todo mundo queria jogar videogame no meu computador, e eu estava renderizando um filme, não queria que mexessem, senão ia demorar mais! Mas mesmo proibindo, as pessoas tentavam. Aí me emputeci e peguei o laptop e fiquei do lado. Coloquei em cima de um varal de roupas para ninguém pegar. Continuamos na festa, e quando saí da festa, tinha acabado na verdade, de sair de um show de rock na baixada! Assim que saí, um carro preto com dois coroas estava parado na minha frente, e eu e Luciana íamos seguir caminho quando um dos coroas, o baixinho, interpelou-nos, falou que era da Polícia Federal, e que ia levar a gente para dar uma volta numa delegacia. Eu falei que ia ligar para um Delegado que eu conheço, e peguei o celular, disquei um número aleatório, e falei pra Luciana sumir. Ela fugiu, e eu fiquei, e comecei a reclamar com os caras, e fui saindo, para fugir também. Eles deixaram eu fugir, mas quando eu já estava meio longe, pelo susto que eles me deram (a parte de ameaçar de levar para uma delegacia tinha um tom sombrio, de que ëra só um passeiozinho", mas querendo dizer que iam me largar no meio da estrada, morto), eu resolvi virar e mostrar o dedo do meio para eles e falar "cambada de filho da puta! A gente paga seu salário, babacas, filhos da puta!" Ou algo assim, mas xingava os caras e zoava eles. Aí obviamente, eles foram me buscar na marra, e me colocaram no carro, que agora tinha um monte de adolescente, mas todas amigas dos policiais. No carro, uma das adolescentes abriu minha carteira e pegou uns 100 contos. Eu comecei a reclamar com o policial, que já estava se dizendo meu amigo, e que me sequestrou porque eu fui o único sincero, porque os outros que saíam do show, iam logo chamano ele de amigo, e que eu fui o único que xinguei e demonstrei que nào gostava dele. Aí ele me deu 20 contos para compensar o roubo da garota, e chegou no destino dele. Estranhamente, no carro, surgiu o Gabriel, irmão da Luciana, que conhecia a prima da amiga que o policial ia visitar, e eu fiquei muito confuso de como ele foi parar dentro do carro. Chegando no local, um outro restaurante, ouvi vozes da minha tia Fabiola, e saí do carro gritando o nome dela. Quando vi, tava umas amigas da minha tia, ela, o namorado dela, Bruno, meu avô e meu primo, Ivan. Aí eu contei que tinha sido sequestrado por uns policiais federais, e aí nego tudo falou "filha da puta, né?" Aí o Bruno me falou que se eu quisesse, o Ivan tinha uma arma, mas eu falei que eram 2 policiais federais... Aí meu avô atravessou a rua, e chegou em um lugar que era aberto, mas cercado de árvores altas. De lá saiu um monte de indiozinho, tipo empregados do meu avô, trazendo uma bazuca feita com um monte de bombas no lugar de uma só. Aí eu falei para o meu avô que não podia explodir o carro, que o Gabriel ainda estava lá. Meu avô mirou a bazuca e tocou o foda-se para o que eu falei. Explodiu o carro (ah, que aliás, quando eu desci, estava em uma rua, mas agora estava em um andaime de bambu!!! Lá no alto mesmo!). Eu fiquei olhando, tudo pegando fogo, pensando no saldo positivo e negativo, e em como explicar que o Gabriel tinha morrido... Aí acordei. OBS: lembrei agora que antes de topar com os policiais, algo nebuloso vem na minha mente de uma mesa com umas mulheres muito estranhas, mas muito estranhas mesmo. Tipo ritual, alguma coisa assim.