terça-feira, 26 de março de 2013

Parabéns, cineastas!

Cansado de gente quadrada
De calça quadriculada
Passando por revoltada
Que não liga pra nada.

Sua revolta é plástica,
Está emoldurada
Na parede da tua sala:
É o pôster do Che Guevara.

Vontade de socar a tua cara
(É quase uma tara -
Tipo comer a boceta
Da Scarlet O'Hara)

Foda-se.
Bata tua cabeça contra a parede

terça-feira, 19 de março de 2013

Orgasmorama

Está no ar! Esse é um post totalmente comprado, propaganda mesmo! Enfim, está no ar o site da Sex Shop que tenho, juntamente com a Luciana. Começamos comprando em quantidade para podermos ter desconto no que comprávamos para nós, e vender os outros produtos, para gerar um $$ para passear, e foi crescendo, crescendo... e agora está ereto! www.orgasmorama.loja2.com.br Pausa para você visitar a loja. Visitessa porra!!! Pronto. Agora você, rapaz que quer meter no cu da suamada, mas ela não libera... tem brincadeirinhas que ajudam a ir quebrando o gelo (e óbvio, um lubrificante, porque começar com cuspe pode traumatizar), como a raspadinha do sexo anal. É direta? É! Mas você dá para ela... quando ela quiser raspar, se mostrar curiosidade em saber como é a raspadinha, já deixa o tubo de K-Lab no bolso da mochila! Para quem é rapidinho, ou quer durar mais, tem alguns tipos de retardante, que diminuem a sensibilidade do pau, o que o faz parar de chorar na primeira trombadinha que der com la buçanha. Meninas que querem surpreender os companheiros, dadinhos, calcinhas, raspadinhas, óleos comestíveis, calcinhas comestíveis, caartõezinhos provocantes, bolinhas para você prender en la buçanha e ele estourar com pirocadas... tem de tudo! E pra você que já passou da fase de amorzinho e quer trepar como um jumento, temos capas penianas, anéis penianos com vibro, uma porrada de coisa mais objetiva, sem melozices. Mas que podem ser usadas com melozices também... depende de cada um, né? Lésbicas, viados, meninas solteiras (ou não), têm uma porrada de vibradores, pequenos, grossos, finos, grandes, monstro, enfim... piroca pra tudo quanto é gosto E BUCETAS TAMBÉM (de silicone!). Lógico... falei das lésbicas, e botar só pirus é foda... Além, é claro, do dadinho gay, dadinho lésbico, essas paradas. Para você rapaz que quer inovar com a namorada, tem bullets, para você deixar vibrando no grelo dela enquanto mete fundo; anel peniano para DP (vem uma prótese com um anel em cima, para você botar o pau, aí você escolhe se encaixa o seu en la buçanha e deixa a prótese no cu, ou o contrário...), dedeiras com vibro, para ela se dedar, ou você dedá-la, etc. Tudo para não abrir concorrência, né? Porque melhor você e uma prótese na mulher do que ela querendo outra pirocali! E tudo a um preço de BANANA!! Principalmente o vibrador no formato de. Enfim, brincadeiras a parte, dêem uma olhada. Discrição (até porque quem toma conta do envio dos produtos é a Luciana) garantida! Voltamos agora com a nossa programação!!!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Banho de água fria (ou Sobre a Finitude)

Você nasce chorando, de olhos contraídos, quando abre, você é uma criança, pulando e brincando; você pisca os olhos, e então é um adolescente, cheio de amor para dar e ódio para distribuir; outra piscada e vira um adulto, matando-se pelo trabalho e/ou dedicando-se aos filhos; tira um cochilo e já está velho, talvez com netos para paparicar, ou rabugento por todas as limitações que a velhice dá... e depois desse cochilo, se conseguir acordar depois do "só mais 5 minutinhos", já está naquela fase mais debilitada, quando tudo cansa, você já tenha bisnetos, ou esteja abandonado, um peixe fora d'água perto de todas as tecnologias que lhe cercam. E chega a hora de deitar pra dormir. Incrível como a morte de uma pessoa querida provoca esse choque de pensamentos, e você lembra (sim, porque você já SABE) que tudo acaba, o tempo passa rápido, todo mundo morre. Há pouco tempo atrás, eu era criança e minha mãe era a minha mãe, uma pessoa meio velha (em relação à minha percepção da época), mas não tão velha quanto minha avó. Agora minha avó já estava velhinha, cansada, quase não andava mais... e ela já não era só minha avó, ela também era bisavó de uma nova geração da família. E nisso você se dá conta, que bisavós não duram muito, essa é a sua experiência de vida, mas avós... avós duram muito! Mas... epa... eu já estou com 26 anos, e isso é muito!!! Então você se dá conta de que meio que foi no "tempo certo". E... seguindo a lógica, minha mãe já é avó! E eu, que só ouvia música e ia pra shows, e saia com os amigos, agora está difícil de marcar uma saída, pois todos têm horários diferentes, trabalhos... E a vida vai-se consumindo e você não percebe o tempo passar. A finitude sempre aparece na minha cabeça viajante como uma pedra, nesses momentos tristes. Mas para mim, o importante é lembrar dos bons momentos em vida, a morte sendo apenas um ponto final de uma história foda. Bom, esse texto vai em homenagem a meus dois avós maternos, Armando e Dalva; ela, que morreu agora, 6/3/2013, mesmo dia que meu irmão completou 28 anos. Abaixo, os textos que escrevi para distribuir pela morte dos dois. E por eu achar que a morte deve ser apenas o ponto final, prefiro falar com um certo humor das vidas deles, pois acho que isso é o que vale. Dalva Lourenço - 27/05/1931 a 06/03/2013 "Você nasce, pisca o olho e é adolescente, outra piscada e é mãe, tira um cochilo, vira avó, e se der sorte, consegue ter mais cinco minutinhos de sono, e quando acorda, vira "bisa". Pois é, Dalva chegou a esse estágio, em seus quase 82 anos. Não pode-se dizer 100% lúcida, mas com um senso de humor estranho, que a permitia brincar inclusive com sua pequena confusão mental. Fã de Silvio Santos e Coca-Cola (seu sangue, como costumava dizer), não abandonou nenhum dos dois até o final, mas estranhamente, foi perdendo a vontade diária de beber Coca-Cola nos últimos meses. "Tudo bem, dona Dalva?", "Tudo bom, nada presta!". E com essa mistura de reclamação e bom-humor ela levava a vida. Bom, os médicos podem até dizer que faltou ar, mas eu sei bem o que faltou... foi Coca-Cola!" Armando Lourenço - 30/10/1930 a 07/07/2007 "Sempre brincalhão, o 'Vovô Miau' mexia com quem passava na rua, mesmo sem conhecer. Algumas brincadeiras, mesmo inconvenientes, acabavam virando gargalhadas, pois todos conheciam seu jeito infantil. A rua perde seu pedágio de balas e as brincadeiras; a família perde um pouco da alegria. Mas histórias suas serão para sempre lembradas, e trarão felicidade. A tristeza não tem vez com o 'Miau'!"