sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Velhos do centro

O caos do centro da cidade:
Pessoas correndo, camelôs, furtos,
Ray-ban, relógio, galinha pintadinha,
Executivo, mala, arrogância, "é 3 por 10",
Aparecem eles, de chinelinhos
Com a paz de quem já dominou o tempo.

Sentados no banco da praça
Vendo o tênis lascivo
Bunda à esquerda, bunda à direita...
Vão os velhinhos olhando as bundas.

Em um dia aprende-se a ter calma.
Aqui o tempo, a bunda...
Aqui o tempo abunda.
Aqui, há tempo à bunda.

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Acho de uma beleza honesta o tempo que esses velhinhos têm, só para ficar na praça, olhando a beleza feminina, quebrando o caos do centro com sua calma. Não mexem com as mulheres, não falam entre si... cada um no seu cantinho, só observando...
Melhor do que os que alimentam pombos...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Poesia romântica

Porque hoje estou romanticuzinho.

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Eu podia dar-te rosas,
Vermelhas como o mar...
Mas eu prefiro comer teu cu
E deixar tua veia azul!
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Bom dia!

domingo, 14 de setembro de 2014

O Remorso

Gleice e Stefano estão sempre juntos. São um casal feliz, tipo de propaganda de margarina, de propaganda de motel. Sorrisos, safadezas, sentimentos. Seria perfeito, não fosse um porém: Gleice é encrenqueira. Encrenqueira, do pior tipo, aquela que encrenca sem motivo nenhum. Daquelas que até quem torce por ela percebe que, mesmo forçando, Gleice não tem motivos em suas encrencas. Pois bem, no entanto, os dois seguem felizes.
Aliás, tudo ia bem, até que um dia, Stefano resolveu acordar mais cedo e fazer o café da manhã de sua amada. Bateu uma vitamina de morango, botou quatro fatias de pão na torradeira, e depois de torrados, lambuzou-os com manteiga de amendoim. Sem miséria. A manteiga de amendoim fazia até aquela voltinha pra cima, quando a pessoa bota a cobertura com prazer, sabe? E assim foi Stefano, levar o café da manhã na cama para Gleice. Acordou-a com um beijinho e mostrou a bandeja com os pães para ela. Sorridente, Gleice piscou os olhos, espreguiçou-se e feliz, foi ver de perto o que tinha na bandeja. Ao olhar, o sorriso fechou-se e Gleice levantou-se da cama em direção ao banheiro.
Stefano, sem saber o que fazer, foi atrás dela, e perguntou o que havia acontecido, e foi respondido apenas com um "não foi nada...". Encucado, continuou indo atrás dela, para dar um abraço e perguntar se não tinha gostado do café. Ao se aproximar do banheiro, um rolo de papel higiênico acertou em cheio sua cara, seguido de palavras ríspidas, que o lembravam (ele jura que apenas informaram, nunca soube de nada disso antes) que ela não podia comer manteiga de amendoim devido a um trauma de infância, na qual ao comer, teve sua traquéia fechada por uma reação alérgica. Gleice perguntava se ele queria matá-la, e jogava gilete, sabonete, pasta de dente... tudo o que tinha no banheiro em cima de Stefano.
Sem saber o que fazer, Stefano foi para a cama, pegou a bandeja e dirigiu-se à cozinha. Lá chegando, comeu as torradas, que estavam deliciosas, e aguardou Gleice descer. Ao descer, a mesma pediu que ele fosse embora e que se ele a amasse, teria esperado-a para tomar café da manhã; tomar café sozinho significa que não estava nem se importando com ela. Ele tentou argumentar qualquer coisa, mas nada que mudasse a idéia dela: pediu que saísse da casa dela, que ela queria um tempo. Stefano tentou beijá-la, sem sucesso, tentou alegrá-la, ver um outro lado: necas! Enfim, saiu, já que não tinha outro jeito.
Gleice ficou um bom tempo bem, sozinha em casa. Resolveu botar umas músicas ruins que adorava, e dançou, para fingir que isso era a melhor coisa da vida. A noite, como Stefano não ligava, resolveu ligar, dependendo da voz dele, continuaria a briga ou fazia as pazes.
Tuuuuuu... Tuuuuuu... TuuuuAlô?
Uma voz de mulher atendeu. Não conheço essa voz. Esse filho da puta está com alguma vagabunda!
- Quem é que tá falando??? - indignou-se Gleice com a voz feminina do outro lado.
- Olha, senhora... você não me conhece... o dono desse celular é o que seu?
FILHO DA PUTA. Deve estar num puteiro. E a puta é uma sem vergonha que ainda atende o celular dele enquanto ele deve estar lavando o pau...
- Ele não é nada meu! Era um babaca que pagava umas coisas para mim e fazia o que eu queria... mas pelo visto outra aproveitadora tá aí já pra tirar proveito dele, né?
- ... Senhora... o dono desse celular...
- Não preciso saber as putarias que vocês tão fazendo não, tá?
- Senhora... passe para alguém mais sensato perto de você para eu falar, por favor...
- Eu estou sozinha, e muito bem, se quer saber!
- Olha... o dono desse celular... ele foi assaltado, reagiu e tomou dois tiros. Ele está respirando, mas creio que por pouco tempo... Caso a senhora conheça a família dele, por favor avise. Tchau.
Gleice não conseguiu mais dizer uma palavra... NUNCA MAIS! Ela hoje mora sozinha e pesa 238 quilos e 637 gramas. Seu peso aumentou muito porque desde esse acontecimento, há 7 meses atrás, ela se obriga a comer 5 potes de manteiga de amendoim por dia, com colher. É sua única refeição, desde aquele dia, até o último dia de sua vida.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Limonada

Chega na cozinha.
Abre a geladeira com a mão direita.
Segura a porta da geladeira com a perna direita.
Abre a gaveta de frutas com a mão direita.
Pega o limão com a mão esquerda.
Fecha a gaveta e a porta da geladeira com a mão direita.
Passa o limão para a mão direita e pega uma faca com a mão esquerda.
Volta o limão para a mão esquerda e passa a faca para a mão direita, pois é destro.
Segura o limão com a mão esquerda e corta com a mão direita.
Pega o espremedor com a mão esquerda e abre o espremedor com a mão direita.
Pega o limão com a mão direita e coloca dentro do espremedor.
Com as duas mãos espreme o limão dentro do copo, que já estava na pia, não precisou pegar com mão nenhuma.
Pé esquerdo no pedal da lixeira.
A tampa da lixeira abre.
As duas mãos abrem o espremedor em cima da lixeira aberta.
O limão cai dentro da lixeira.
Opa, não. O limão bateu na tampa da lixeira e caiu no chão.
Tira a mão direita do espremedor, que fica pendendo para baixo.
Mantém o pé esquerdo no pedal da lixeira.
Pega o limão do chão com a mão direita.
Tira o pé da lixeira e joga o espremedor na pia.
Não interessa como ele enche o copo com água gelada.
Pega o adoçante com a mão esquerda.
Passa o adoçante para a mão direita e com a esquerda tira a tampa.
Com a mão direita pinga dezenove gotas de adoçante no copo com limão espremido.
Ao mesmo tempo em que pinga o adoçante com a mão direita, com a mão esquerda ele pega uma colher, e segura a tampa do adoçante.
Com a mão direita segura o adoçante, e com a mão esquerda, a tampa do adoçante e a colher.
A mão esquerda vai na direção do copo.
Mão esquerda joga a tampa do adoçante no copo e bate com a colher na ponta do adoçante.
"Puta merda, que idiota!!!
Eu prefiro limonada com açúcar!"


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Esse tempo que você perdeu lendo isso, não volta nunca mais!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Olhares vazios

Às vezes apresento o olhar perdido...
... como a criança que deixou o sorvete cair no chão;
... como a mulher que foi assediada no trabalho e sente culpa por isso;
... como o adolescente que viu peitos de uma mulher ao vivo pela primeira vez;
... como o usuário que sente o efeito da maconha chegando;
... como quem acabou de terminar um relacionamento sem entender bem o motivo;
... como um peixe voador que foge de piranhas fascínoras de um calmo lago;
... como o primeiro passageiro em pé de um ônibus rápido.

Política

Política e poker
É pra quem tem dinheiro
E sabe blefar.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Caminhautista

Andando pelas ruas
Jogando sozinho
Esbarro nas pessoas
Tropeço, atropelo
Quem cruza meu caminho

E vou...
Pisando só no preto ou só no branco
Para ser o vencedor.

A única forma de perder
É que não piso nem fodendo em um bueiro
Não quero explodir meu corpo doente
Nessas minas terrestres do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Pareço Normal, Mas...

Pareço normal, mas já acordei fazendo ronco de porco no ônibus, e depois, de vergonha, fingi estar dormindo e esperar passar um tempo para fingir que acordei e nada aconteceu...

Pareço normal, mas ao andar em calçada desenhada, tentando pisar só no branco ou só no preto, já fui andar no meio da rua por ter muita gente na calçada e perceber que iria "perder" o jogo...

Pareço normal, mas já perdi diversas aulas porque, enquanto o professor falava, ele deixou o DVD player ligado sem DVD dentro, e meu cérebro informou-me que mais interessante era ver quando aquela forma colorida ia bater exatamente na quina da tela...

Pareço normal, mas já desci depois do ponto porque tava viajando, não percebi que o ponto chegou e, mesmo com o ônibus parado no meu ponto, preferi fingir que desceria realmente no próximo ponto do que levantar igual um maluco e pedir para o motorista abrir a porta...

Pareço normal, mas fico rindo sozinho quando olho para algo aleatório que me faz dar uma volta ao mundo e chegar em algo engraçado na minha cabeça. Ex: Olho para o sol, lembro de Soledad Miranda, que nem sei o que é, mas me lembra México, que me lembra Chaves, e rio do episódio que o Professor Girafales chutou o cachorrinho Satanás da Bruxa do 71...

Pareço normal, mas finjo falar ao telefone para não ter que conversar com semiconhecidos na rua...

Pareço normal, mas... é tanta coisa que estou convencendo-me de que não sou normal...

domingo, 27 de julho de 2014

Machismo feminino

Sou contra uma garota chamar a outra de piranha.
É muito moralismo, é muita condenação do sexo alheio! E o pior de tudo, é que se fulana chama sicrana (eu detesto esse nome, porque sempre falei siclana quando era pequeno... vou escrever siclana e que se foda... parece gente que fala "brusa"... sicrana...)... Então, se Fulana chama Siclana de piranha porque Siclana está dando por aí, sem compromisso, e Fulana ou não tá dando ou tá bem casadinha, dando pra um homem só, Fulana está pensando só no presente. Se um dia ela quiser deixar a solteirice de lado, ou terminar o namoro, e quiser sair dando por aí, ela será a piranha, não importa se ela não tem compromisso com ninguém...
E o cara, continuará sendo o Pica das Galáxias, o pegador...
Portanto, maneirem e unam-se... um dia vocês ainda não serão mais crucificadas por simplesmente fazer sexo.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Senso, Censo, Censura

Gostaria de ter senso estético,
Ou senso crítico,
Ou mesmo bom senso.
Mas a vida me privou disso tudo.

Privou-me também do censo
E ao menos fez-me o favor
De privar-me da censura

Por isso, foda-se!
Bando de babaca!
Buceta arregaçada!
Caralho perebento!

FODA-SE!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Minha mãe, mágica

Eu tenho certeza que minha mãe esconde umas paradas aqui em casa, só pra eu ficar gritando "Mãaaaaae!"; acho que é carência. Sabe? Estou a um tempo sem chamá-la, ela acha que eu não a procuro mais, pensa que os vizinhos podem notar esse distanciamento (de 20 minutos sem gritar o codinome dela - no caso, "mãe"), e resolve esconder algo meu, para que eu comece a procurar, e, quando estiver quase louco, procurá-la (porque sim, ela sempre acha TUDO).
Como teve um dia, "mãaaaaae, cadê meu desodorante?". Eu estava no banheiro, ela falou, audaciosamente: "No banheiro, em cima da pia..." Eu olhei a pia. Nada. "Não tá aqui!!!". "Você não sabe procurar nada, Fabiano. Está em cima da pia!". Forcei a vista em cima da pia, atento a cada detalhe. Sabonete, caneta, palavras cruzadas, fio dental, etc. "Eu já olhei!!! Essa merda não tá aqui!!!". "Procura direito, Fabiano. Eu vi isso hoje. Tá aí em cima da pia."
Vasculhei, além da pia, o banheiro inteiro; "ela deve estar enganada quanto a estar na pia, mas deve estar em algum canto do banheiro". Encontro jornal de 2012 (isso aconteceu em 2013), cotonete usado largado no chão, junto com teias de aranhas, Playboy da Xuxa escondida (mentira... quem dera eu tivesse essa merda pra vender por uns bons $$), mas não encontro a merda do desodorante.
Desisto. Me visto. Abro a porta. "Achou?"; "Lógico que não! Não tá aqui, essa merda! Você fica arrumando e some com as minhas coisas nas suas arrumações!"; "Deixa eu olhar". Desafio aceito, fico no banheiro para ela ver como essa merda não está lá: "Hmm... me aponta o desodorante, então..." 
De uma forma que eu não sei explicar, e isso já aconteceu milhares de vezes, o desodorante (ou o celular na mesa de jantar, a camisa do Brujeria na minha gaveta, a revista dos Simpsons na minha estante... ou tantas outras coisas que ela diz estar em um lugar e eu, analisando pericialmente o lugara, não encontro) APARECE! O desodorante apareceu NA PIA, inclusive, fato verídico. Certamente ela estava carregando na manga, não sei. Mas acho que eu vou morrer sem ela me contar qual é o truque dessa parada...
Mas sério. Quando sumir alguma coisa sua, e você morar com sua mãe, pode ver se não rola isso, de ela falar que está em tal lugar, você olhar o tal lugar, não achar, e quando ela vai lá, PLIM! A parada aparece from hellnescamente do nada!!! Fica ligado!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pensando na boceta


Por que o tabu sobre a "buceta"?
Por que é aceito falar "caralho", mas boceta/ buceta gera aquele mal-estar?
Por que aceitamos até mesmo ouvir no rádio, na TV, em um filme, a palavra CACETE, mesmo que não significando literalmente "caralho" (como em "desceram o cacete nele!"), como se fosse sinônimo de porrada, mas não aceitamos sinônimos sobre a eterna "perseguida"? Aliás, por que criar sinônimos ligados a violência para o órgão masculino? Ah, esquece isso... vai ver que o estupro começa, ironicamente, na língua.
E não venham me dizer que a aceitação de "cacete" é porque ele significa porrete; porque "boceta" significa também uma pequena caixa, e nunca vi ninguém usando (a palavra, não a buceta...)...
Sugiro, portanto, um significado alternativo para boceta: visto que ela tem todo aquele carinho com o caralho, envolve o caralho de modo tão gostoso... que tal usar "boceta" como sinônimo de abraço?
Imagina: "no aniversário, encheram-lhe de beijos e bocetas!"; "manda uma buceta bem apertada pra ela, tá?"; e o que mais a imaginação permitir.
Ou então, se quiserem igualar a violência do masculino, que usem como algo violento, vá lá! Talvez associá-la à testa. Cada vez que alguém der uma testada em alguém, falar "bocetada". Seria lindo saber que "fulano abriu o supercílio de beltrano com uma bucetada!".
Enfim, mas contra esses anos todos de repressão, vamos tirar esses panos todos que cobrem a buceta, e botá-la na boca do povo!!!

OBS: Sei que o correto é boceta, mas buceta tá na minha vida, na minha língua... 

sábado, 12 de abril de 2014

Aqui nessa sala...

Tem que ser aqui nessa sala...
Você alegre, zangada, diabólica, deformada.
Vai ser aqui nessa sala...
De todos os jeitos que puder, até o choque neon chegar.
Foi aqui nessa sala...
Tudo o que já aconteceu, o turbilhão vem junto com o agora.
Tinha que ser aqui nessa sala...
Mas se não foi, foda-se, tá sendo agora, mas tem que ser aqui nessa sala.

Você é o demônio que tá comandando...
Minha Luci...fer? Luci... ana?
Foda-se. Você tá comandando (embora fisicamente, eu comande).

Minha demônia, coiote,
Salivas, odores, suor,
A lua nos ilumina enquanto nos entrelaçamos
Uivando? Fodendo? Beijando? Acariciando?
Certamente algo animalesco, um entrelaçamento no cio
A luz da lua do deserto e...

A LUZ DA JANELA DA PORTA
Ela fecha um portal.
Somem diabas, coiotes, lua.
Avó.
Sua avó.
Sua avó.
Shhhh...
Shh...

A luz se apaga.
Volta um altar de sacrifício.
Aquela sala. Tudo tem que ser aqui na sala.
Sem luz. A luz só do fogo do inferno que é a sua sala.
Seu rosto distorcido, belo, deformado, demoníaco.
Belo.

Te beijo. Te amo.
Te como. Te fodo.
O mais doloroso e o mais prazeroso.
Misturados.

Inferno quer dizer Bem.
Ser do Bem.
Entendi Aleister Crowley, Led Zeppellin,
Page e Plant. Entendi isso olhando a sua sala.
SLAYER
HELL AWAITS.
Pingando suor. Sem ventilador. Sem luz.
Colocar Hell Awaits na TV; ligo a TV:
ZOOOOIAAAIIIMMMMMMMOAAZUUUUUUU
Desligo a TV, não pode ser a TV, a TV não tá na parede infernal.
Apenas computador. Mão suja de porra no computador.
Computador na parede infernal. Youtube. Slayer Hell Awaits.
Rola uma vez.
Suor, pingando da testa. Eu em frente à parede infernal, prestando homenagem.
Você, minha demônia, sai do banho, pede para abaixar a música.
Me deu um banho de água fria sem jogar água em mim.
Tento voltar pro início, baixinho, rola a música inteira, mas não estou feliz.
Você me pediu para abaixar o volume no meio... não deu.
Na tela, Google Images gigante do Hell Awaits, um zoom na capa.
Só mostra HELL AWAITS e Cristo decapitado por um demônio.
As cores pulam, passam de laranja, amarelo a um vermelho vivo, sangue pulsando no canto.
Me assusto com aquilo naquela capa.
O corte no zoom foi instintivo. Algo me mandava olhar pra aquilo.
O sangue pulsava vivo.
O amarelo, laranja e vermelho se alternavam. Eu sabia.
O fogo do inferno está aí nessa parada.
Tinha que ser nessa sala!
Vai ser nessa sala!
As cores vão se alternando, e eu boto a música do início novamente, alta.
Peço que escute até o fim e vou regendo o pedal da bateria.
Pedal duplo!
Agora pratadas!
TX TX TX TX!
Tà vendo? O Terno do Zé!
HELL AWAITS = O TERNO DO ZÉ!
TX TX TX, eu sabia! Tá tudo interligado!
Teu irmão tava certo em escolher essa música pro Thrash Star.
Eu mandei TX TX TX no bloco de notas que eu tinha da música!
Era isso! Hell Awaits, Thrash Star, O Terno do Zé.
As pratadas de Hell Awaits, O Terno do Zé, a sua sala!
Tinha que ser a sua sala!

O MEU INFERNO É A SUA SALA!
E EU ME SINTO TÃO VIVO E TÃO BEM AQUI AO SEU LADO!!!

FOI NESSA SALA!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Tentativa de Música 2 - Cosmidamião

Mesma coisa da anterior...

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Quando era muleque
Curtia Cosme e Damião
Pegava balinha
e moeda do chão!

(ACRESCENTAR umas paradas aqui...)

Mas quando cresci, mudei de opinião
Virei adorador do Santo Cramunhão!

Dar doce hoje já virou modinha
E ainda te acusam de pedofilia!
Sou do underground, sou da rataria
Vou pro cemitério, pra necrofilia!

Minha oferenda agora
É bode preto morto
Pedindo a desgraça
De um bando de escroto!
Eo Exu repassa
Tudo a Satanás!
Se o teu deus te ama,
O meu te odeia mais!

Agora senta aí
Pra gente ver quem ganha:

(2 possibilidades)
teu deus me dá um beijo,
Satã te come as entranhas!
OU
Tu me dá a outra face,
Que eu 'ranco' suas entranhas!

Para de bobeira!
Satã tá vendo essa zoeira!

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Tosqueira pura"!

Tentativa de Música 1 - Cuscuz da Baiana

Enfim, invencionices fabianescas inspirado fortemente na Gangrena Gasosa... Mas muito fail... Hehehe

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De dia trabalha vendendo cuscuz
Caminha na beira da praia
Depois é curimba, evoca os exus
Passa a noite rodando saia!

Criar aqui mesclando coco em pó e ebó...

E de madruga quando ela sai do terreiro,
Nem lava as mãos, prepara o tabuleiro
E o cuscuz que bola gringo e brasileiro
Tem dedo de despacho, esse é o tempero!

Cuscuz da baiana, cuscuz candomblé,
Se tu fala mal dá gangrena no pé!
... falta ainda

Ode à Lua Cheia

Sexta-feira agora, 14/02/2014, a Lua Cheia iluminava a bela Lapa. E bateu em mim uma vontade de homenageá-la. Uma poesia, cantável, a la MPB putanesca de Marisa Monte ou Skylabiana. Aí vai:

Vejo a lua cheia e amarela,
Lembro minha viril adolescência:
Umas punhetas violentas,
Causando espinhas purulentas.
Bolos de pus amarelados,
Era um banheiro animado;
Tinha Playboy pra todo lado
E um adolescente entediado.

Hoje em dia,
Bato punheta com mais carinho,
É verdade, me deixou com peitinho,
Mas minha mão não ficou peluda!
Pensando bem,
Nem há assim tanta necessidade,
Pois sou um comedor (creia é verdade!)
Amo buceta, lisa ou cabeluda!

E já não sei mais dizer
Porra nenhuma sobre a bela... Lua!


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Clap your fucking hands!

Sabe o queijo preferido dos manos? Queijo Minas! Hehehehe