segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A volta triunfante de Cavernoso (agora tio e semicalvo)

Blog! Que bom estar de volta, mas paremos com esse papo e partamos para o que interessa (ou não). Muita coisa na cabeça, pouco espaço para escrever, muito tempo disponível (porra nenhuma).

Estavam os dois sentados, em um desses locais os quais dizem ser lindos, cartões-postais do mundo, mas ao qual ele não dava a mínima atenção. Não que desgostasse por completo, seu desgosto por esses locais devia-se apenas à chatice das pessoas em insistir na beleza daquele lago, daquele morro... tudo muito normal para ele, não merecendo assim os numerosos elogios que fazem questão de fazer. Mas isso não diz nada sobre a história. Passemos a ela. Ela, ainda não completamente transformada como ele, ainda via uma beleza naquela cena toda (mesmo que não a visse, tentava ver, pois diziam que havia). Ele ainda tentaria muito tirá-la desse meio.
Os dois conversavam sobre coisas desinteressantes, como apenas os que se amam e os amigos podem fazer sem que haja uma saturação, e assim ele suportava aquele arzinho medíocre de ambiente saudável ao seu redor, com pessoas usando fantasias de ginástica. Na verdade, ele não sabia o que era mais engraçado, se as fantasias de ginástica coladas nas pessoas que estavam sentadas, tão sedentárias quanto eles, ou se os assuntos totalmente perdidos e sem sentido algum, mas que conseguia prendê-lo com um interesse vindo não sabe-se de onde, mas que o divertia o suficiente para esquecer problemas de adultos em uma cabeça juvenil.
A noite cai, e embora ele estivesse no tal cartão-postal, não observava a lua, e sim o vazio do local e os peitos dela. Incrível como a escassez de pessoas já o fazia pensar em sexo. Não que não pensasse com pessoas ao redor, e não que não olhasse para os peitos dela no meio da multidão, mas não havia aquela olhada que já preparava para a mordiscada. Dois segundos e o primeiro ataque ocorre. Ela não tinha como negar, caso negasse, apelaria para o fundo romântico, embora de romantismo apenas o lado sombrio da segunda geração o interessasse. Já se conheciam, e como ele imaginava, de fato, ela não negou. Pelo contrário (embora com a nova gramática portuguesa, essa frase possa soar como um pelo de braço ou de sobrancelha ou mesmo de boceta com a raiz para fora e o final do pelo para dentro, estando assim ao contrário, é apenas o por+em ao contrário, e nem é ao contrário, porque o contrário de negar é permitir, e nem se trata disso aqui), ela não só afoga-lhe o rosto em seus seios (fale isso rápido: seus seios, seus seios, seus seios; é engraçado) como mete a mão em sua bermuda e puxa o zíper.
Tudo ficando quente, não havia o porquê parar. Alternando-se a vigilância para ver se alguém passava, as línguas brincavam, cada um com seu outro corpo, quase seus próprios, na verdade, enfim, uma dessas coisas que você escreve, entende, mas não consegue fazer com que os outros entendam. Mas a lua que se foda, a árvore de natal também. Partem para o agreste.
Ele conseguia ficar mais feliz e mais excitado enquanto saía daquela paisagem, até porque a melhor vista que teve do passeio foram os peitos dela (pois infelizmente a calça não dava a visibilidade que uma saia dá), que continuaram sendo alvos de olhares furtivos (ou nem tanto) e dedos e mãos nervosas em esbarrar ou apertar ou resvalar ou roçar, ou foda-se, você escolhe o verbo. Chegando em casa, latejante, não deu bom dia, boa noite ou a merda que fosse! Ofereceu uma água a ela (ou nem isso) e trancou-se no inferno (que aqui é dito com um sentido positivo, e como no "Balconista 2", vou mudar o sentido) com ela.
Agora não havia mais restrições, a não ser as espaciais, pois encontravam-se em um quarto (sim, inferno era apenas apelido). Ele, com todo o ímpeto que havia segurado durante o passeio inteiro, parte para cima da fêmea, animalescamente: chupa, morde, beija e vai tirando a camisa dela. Tira a sua, solta o cabelo; agora ele pode ser um leão ou uma garota-propaganda da Garnier, se bem que o cabelo está demasiado seco para garota-propaganda. Parte para cima, agarra no pescoço, com a ferocidade e a suavidade de um leão que pega seus filhotes pelo pescoço e taca para um outro lugar, ou quase isso. Agora o tabu! Puta merda, a calça havia evitado que ele tocasse o tesourinho, a periquita, a gruta, caverninha, buceta, xana, xota, xereca... não, xereca não. Foda-se! Ele tira a calça dela com vontade, de uma vez só, arrancando junto a calcinha e já cai com a boca beijando seus lábios. Pela primeira vez ele nota um misto de satisfação e frustração, uma dessas coisas sutis que quando passamos muito tempo juntos passa a ser quase um grito. E com meio rosto aparecendo, pergunta:
"Que que foi? Tá ruim?"
"Não... é que a minha calcinha é nova... você nem viu..."- ela responde rapidamente, mas sem parar a involuntária corrente vaginal.
Ele sorri, embora ela não tenha visto o seu sorriso, abrindo aquela covinha na bochecha, e responde, prontamente:
"Quem gosta de calcinha é o Wando. Eu gosto é de buceta!"
E meio rindo, volta a exercitar seu músculo sensorial gustativo. Sexo engraçado, nunca imaginou fazer isso sem quebrar um clima. Afinal, se o objetivo é gozar, fazia parte, forma par. Ela riu também e relaxou, mais tranqüila com a neura da calcinha nova.
Era engraçado também como ele pensava em "roquenrou" (era o que diziam quando o viam, aquelas zoações que não têm tanta graça, mas tem uma inocência engraçada no fundo) até quando estava nessa posição. Pensava as linguadas como palhetadas em uma guitarra, e gostava de variar em uma palhetada lenta e marcante, como em "Sweet Child o' Mine", e depois passar para um solo de Slayer... tá, solo de Slayer é forçar a barra, mas ele imaginava que fazia na velocidade, embora chegasse a um ACDC talvez.
Morcegos passaram voando, baratas podem tê-los vistos deitados toscamente, mosquitos zumbiram em seus ouvidos, e muita coisa rolou. Mas o importante é que o Banco Real dá 10 dias sem juros no cheque especial para você pagar. Vá lá, encha o rabo no natal e pague durante o ano, ou os ânus, se for em mais de doze vezes!