Era adolescente nos
anos 2000. Internet discada, família pobre.
Sempre a mesma
rotina de merda. De dia, vivia enfurnado em casa, solitário; se saía
para comprar algo, evitava contato humano. Lia, escrevia, comia,
olhava para a parede. Comia, batia uma punheta, lia, olhava para a
parede. O relógio: onze e meia. Ligava o computador. Paciência.
Perdia. Paciência. Ganhava. Campo minado. Não sabia jogar. Pasta
com fotos e montagens pornográficas de mulheres famosas. Onze e
cinquenta e nove. Começava a tentar conectar.
Meia-noite. Buscava
avidamente contato humano digital. Não de dedo; digital, zeros e
uns, essas merdas. “vc quer tc?” Previsível, baixo, sedento.
Essa foi minha vida durante um tempo. No mIRC, no ICQ, e até no chat
da AOL. No chat de sexo da AOL. E foi na Chatsex_023 que eu me fodi,
de um jeito que não tem nada a ver com sexo.
Paty_gostoXXXinha
entrou na sala
Incrível
como é fácil iludir homens na internet. Bote qualquer nick
que remeta a sexo e certamente vão chover conversas. Se hoje em dia
homem velho cai nessas, imagine um adolescente na virada do século.
Internet discada, falta de conhecimento, hormônios à flor da pele,
capacidade de raciocinar prejudicada pela janela de vídeo pornô
dividindo a tela com o chat. Caí fácil.
Pvt
me
era chamar pra private,
conversar sozinhos. Era o objetivo.
Pouparei
vocês dos detalhes da conversa, mas era muito baixo. Imagina um
jovem punheteiro que está conversando com alguém que se diz garota
e gostosa, influenciado pelo vídeo do CumFiesta.com
na
mesma tela quadrada de computador. Esse era o nível de pensamento,
que gerava a conversa vergonhosa. Eu escrevia as mais variadas
palavras (dia bonito, praia, bolo, chuva, árvore), mas
semanticamente falando, tudo poderia ser traduzido por “quero fuder
sua buceta”.
Uma
pausa para explicar: sempre soube escrever “foder” e “boceta”,
mas certas palavras parecem que são mais bonitas quando lidas na
forma oral (com todos os trocadilhos que possam imaginar sobre
preferir oral de buceta). Escrever (e ler) “quero foder sua boceta”
soa como uma tradução mal feita, aquelas dublagens no estilo
Fucker
and Sucker.
Um pensamento com tesão gera a oralidade essencial.
Volto
ao pvt, onde Paty e eu trocamos frases quentes. Investi pesado.
Talvez porque o vídeo que estava vendo estava me empolgando; talvez
pelo XXX do nick
dela remeter a pornô; talvez pela junção dos fatos. Não sei
responder. Só sei que enviei fotos minhas e recebi fotos dela.
As fotos não eram
digitais ainda. Eu escaneava algumas fotos em que eu saía mais
bonitinho.
Colocava
a foto no scanner.
Selecionava
300
dpi (porque não sabia ainda que para internet apenas 92 estava de
bom tamanho). Cortava as fotos no Corel e exportava o jpeg. Não
tinha Photoshop e eventualmente acabava tendo que fazer alguma coisa
no PaintBrush. Dava trabalho, mas eu acreditava que era preciso ter
uma foto sua para um encontro marcado virtualmente. Não era.
As fotos que recebi
dela eram estranhas. Muito gostosa, sim, mas o rosto e o corpo
pareciam brigar um pouco... como as fotos da Sandy e da Britney
Spears peladas que eu tinha no computador. Pelo visto, Paty não se
dava ao trabalho de escanear suas fotos e cortar em programas não
tão adequados.
Mas na época...
Falta de conhecimento; hormônios; CumFiesta.com. Passei a entrar
sempre na Chatsex_023 da AOL, esperando a Paty entrar. Era ela
aparecer e eu começava a siririca no teclado, deslizando meus dedos
avidamente para falar de prazer. Meu pau ficava duro. Na minha
opinião, eu era um grande escritor. Meu pau ficava tão duro ao
imaginar e escrever as putarias quanto ao ver vídeos pornôs. Um
escritor sólido feito uma rocha. Gosto de frisar sobre a
insipiência, hormônios, pornografia gratuita. Modéstia a parte,
tenho certeza que o alter ego da Paty ficava de pau duro também.
Ah,
sim. A Paty não existia. Era um homem. Adiantei a história e cortei
uns parágrafos. Sorte a de vocês. Enfim, pior do que essa cuspida
de mudança na história foi o jeito como descobri isso. Marquei um
encontro em um shopping.
Eu
detestava shoppings.
Detesto. Hoje, talvez, pelo trauma do ocorrido. Na época porque
achava tedioso ficar andando em um lugar onde tinha tudo para
comprar: livros, CDs, DVDs, comida; mas eu não tinha nenhum
dinheiro. Mas buceta, de graça, eu queria. Marquei na porra do
shopping.
Vocês devem
imaginar que o rostinho lindo da foto que eu tinha como Paty, com
aquele corpo escultural, nunca foi visto andando naquele lugar. Acho
até bom isso. A cabeça era branca demais se comparada com o corpo
bronzeado, não era algo tão harmonioso. Mas era um rosto bonito em
um corpo feminino nu. Sério, parece ridículo (e é, na verdade),
mas foi muito fácil me enganar.
Eu estava comprando
uma esfiha no Habib's, pois era o que eu podia comprar com R$ 0,29,
quando um careca chegou atrás de mim e me deu um esbarrão.
Continuei aguardando minha esfiha, ignorando o transeunte distraído.
Nem sabia que ele era careca. Ele me cutucou.
- Tô na fila.
- Vem comigo, porra.
- Tô na fila.
- Vem comigo, porra.
Eu não entendi,
nem fiz questão. Já tinha pago a esfiha, eu queria comer.
- Eu mandei vir comigo, caralho!
- Eu mandei vir comigo, caralho!
Um cara que eu não
conheço me dando ordens? Olhei pra ele. Notei nesse momento que ele
era careca. Olhei para meu cupom fiscal. Olhei pro atendente
estranhamente feliz que me dava boa tarde. Entreguei o cupom a ele.
- Uma de queijo.
- Uma de queijo.
Olhei para o
careca, que suava, olhava para o relógio, olhava para os lados,
olhava para mim e voltava a olhar para o relógio. Estranho. Peguei
minha esfiha de queijo com quatro guardanapos. Sempre vazava um
líquido daquela merda que cagava minhas roupas. Peguei mais dois
guardanapos, por segurança. Meu braço quase foi arrancado pelo
puxão que o careca me deu. A esfiha sambou na minha mão, e antes de
perguntar o porquê de ele estar me puxando, comi metade daquela
rodela. Meu dedo anelar e o mindinho já estavam engordurados.
Deixei
o careca me conduzir porque estava com a boca cheia. Chegando quase à
saída do shopping,
já engolida a esfiha, dei um tranco pra trás com o braço.
- Quem é você, cara? Tá me levando pra onde?
- Quem é você, cara? Tá me levando pra onde?
O homem só
deslocou uma parte do seu terno, mostrando uma pistola. Falou, sem
pronunciar som algum, mas abrindo exageradamente a boca e
pausadamente, como fazemos quando queremos fofocar sem som, apenas
uma palavra: Paty. E assim me convenceu a segui-lo.
Na hora eu só
pensava em uma coisa: essa esfiha já foi mais recheada. Realmente,
que miséria de queijo estavam colocando agora. Mas lutava
internamente para explicar a mim mesmo o que estava acontecendo. A
Paty tinha marido e ele descobriu que marcamos? O pai dela não era
muito entusiasta desses encontros de internet? Tinham mais opções,
mas no momento, o fato de ter pago trinta centavos em uma esfiha
quase sem recheio estava me ocupando demais, e não consegui
desvendar o mistério.
Hoje penso que
poderia ter saído correndo, no shopping, e ver a merda que ia dar
com um maluco atirando aleatoriamente no meio da praça de
alimentação. Mas a minha falta de reação por conta da maldita
esfiha me fodeu. Fodeu com “o”, porque não é um fuder, com
tesão; prezo muito essa diferença. Mas conformado com a merda que
tinha dado, e travado por saber que o cara tinha uma arma, deixei-me
levar até um carro, para onde fui empurrado brutalmente e tive a
certeza de que não sairia daquele encontro vivo.
No banco de trás
do carro fui abraçado (o termo técnico, acredito que seja “levei
um mata-leão”, mas nunca fui bom de artes marciais) por um homem
forte. Estava tudo muito escuro, então só posso descrever o que
senti, porque não via nada. O careca foi na frente, no carona,
apontando a arma para mim.
- Olha aí o garanhão que quer fuder a Paty! - o careca gritou.
- Olha aí o garanhão que quer fuder a Paty! - o careca gritou.
Todos riram, e por
um momento torci para ser uma pegadinha do Gugu, do Sérgio
Mallandro, o que fosse. Tentei até lembrar da fisionomia do careca,
para me forçar a acreditar que poderia ser o Ivo Holanda disfarçado,
e eu ia meter a porrada em todo mundo no carro, sair puto e xingando,
e ouviria “que isso, amigo! É pegadinha, olh'ali, oh!”, e
avisaria a todos os meus amigos e família que eu passaria no SBT, e
ia pedir para alguém gravar na fita, ia rir pra caralho. Mas as
risadas dentro do carro duraram pouco, e logo eu tomei um soco no
estômago.
- Seu punheteiro, safado! Tu acha que alguma mulher vai querer dar pra você, babaca? - o cara que me enforcava gritou isso no meu ouvido.
- Seu punheteiro, safado! Tu acha que alguma mulher vai querer dar pra você, babaca? - o cara que me enforcava gritou isso no meu ouvido.
Além de estar
preso a ele, eu sentia seu hálito de pizza. Filho da puta. Tinha
comido melhor do que eu e me deu um soco que quase fez voltar minha
mirrada esfiha. O mundo definitivamente não era justo, eu pensava.
Para piorar, o careca começou a zombar do que eu escrevia.
- “tô louco pra beber yakult direto da fonte! como é que tá a produção de lactobacilos vivos da sua caverninha? hehe”. Temos um Don Juan piadista aqui, vejam vocês. Olha o papo que o cara usa.
- “tô louco pra beber yakult direto da fonte! como é que tá a produção de lactobacilos vivos da sua caverninha? hehe”. Temos um Don Juan piadista aqui, vejam vocês. Olha o papo que o cara usa.
Mais risadas. E eu
ainda sem saber que Paty não existia, o que me fazia perder tempo
pensando em qual seria o relacionamento do careca com ela.
- Tem mais do nosso Bukowsky aqui: “meu pau tá latejando aqui, cansado da minha mão direita. E minha mão esquerda não é opção... ehehhe sacou?”
- Tem mais do nosso Bukowsky aqui: “meu pau tá latejando aqui, cansado da minha mão direita. E minha mão esquerda não é opção... ehehhe sacou?”
Mais risadas. Sei
que você deve estar agora torcendo pelos caras. Mas tenham empatia:
, ignorância, adolescência, internet... Eu confesso que escrevia
essas diretonas, mas no meio tinha muita coisa erótica sem ser tão
escroto assim. Eu acho. Mas o careca só pegou os piores trechos. Ele
devia estar puto porque ficou de pau duro quando eu escrevia de
lamber grelo pressionando levemente com a língua, em movimentos
circulares e horizontais; deslizar a mão pelas coxas dela até
enfiar o dedo na buceta e puxar a baba lá de dentro, pra cair de
boca até me lambuzar todo e espalhar com a língua os fluidos até a
portinha do cu, essas coisas.
Tá, você pode
falar que não é excitante do modo como escrevo, mas agora nem estou
empenhado nisso; naquela época era só o que eu fazia, e eu tentava
melhorar as inspirações dos vídeos que eu via. Porque a
pornografia, ao menos até os anos 2000, era quase 100% pensada para
homens: oito minutos de punheta com boquete, oito minutos de foda
vaginal, quatro minutos de foda anal e uma gozada na cara / na boca /
nos peitos da atriz. Raramente via-se o homem tentando dar prazer
para a mulher através de sexo oral ou dedadas estrategicamente
localizadas. Era muito mecânico, frio até, apenas voltado ao prazer
masculino. Por sorte minha cabeça criava filmes alternativos com as
atrizes. Mas como eu disse, o foco nem é esse.
- Você gosta de putaria, né? Vai conhecer os limites com a gente, carinha.
- Você gosta de putaria, né? Vai conhecer os limites com a gente, carinha.
O carro parou. Eu
nem estava prestando atenção no trajeto, só pensava na pizza do
cara que soltava o bafo no meu nariz, na minha esfiha e no cecê que
lutava com o hálito de pizza dele. Tava foda. Abriram a porta e
estava em um galpão. Acho que um hangar, pois havia dois aviões de
pequeno porte. Algumas jaulas davam um tom sinistro ao ambiente, e
forçando a vista percebi que atrás das grades estavam homens e
mulheres, todos nus.
- Morrer virgem você não vai... Aliás, virgindade será uma palavra abolida de qualquer parte do seu corpo...
- Morrer virgem você não vai... Aliás, virgindade será uma palavra abolida de qualquer parte do seu corpo...
E não é que o
careca manjava dumas frases de efeito sobre putaria?
- Aqui você vai trepar com mulheres, às vezes mais de uma ao mesmo tempo...
- Aqui você vai trepar com mulheres, às vezes mais de uma ao mesmo tempo...
Enquanto o careca
falava e eu ficava animado, ia tentando ver as mulheres nas jaulas,
ver quais eram mais gatas. Mas eu não tinha ouvido tudo. Ele
continuava a falar.
- … mas também trepará com homens, com máquinas, sofrerá e causará algumas mutilações. Tudo isso será gravado e alimentará nosso site SeXXXtremeFuck.com.
- … mas também trepará com homens, com máquinas, sofrerá e causará algumas mutilações. Tudo isso será gravado e alimentará nosso site SeXXXtremeFuck.com.
Meus olhos
abriram-se como os de um lêmuri selvagem. Transar com homens?
Mutilação? Minha mente queria parar no “mais de uma ao mesmo
tempo”, mas a parte sempre alerta obrigava-me a receber o resto da
mensagem.
- Aqui você vai descobrir todo o prazer que você perde por puro molde social; perder a inibição de gozar a bissexualidade; libertar-se do medo do masoquismo e aproveitar as delícias do sadismo. Tudo isso, inteiramente de graça!
- Aqui você vai descobrir todo o prazer que você perde por puro molde social; perder a inibição de gozar a bissexualidade; libertar-se do medo do masoquismo e aproveitar as delícias do sadismo. Tudo isso, inteiramente de graça!
SeXXXtremeFuck.com.
De graça meu cu, literalmente. Sempre tentei baixar vídeos deles,
só dava pra ver teasers de trinta segundos. Só bizarrice. Nunca
consegui ver os vídeos inteiros. Kazaa, Soulseek, tentei vários
programas. Para ver, só com cartão de crédito, a bagatela de US$
9,99 por mês. Que merda.
E a cada mulher que
eu comia, a cada piroca que me estourava o rabo, cada apertão nas
bolas que eu recebia, eu só pensava que não tinha prazer naquilo.
Até o sexo com duas mulheres era torturante, porque não era com
vontade; a maquiagem, os cortes para mudar os takes, as pausas para
broncas na atuação. Tudo falso. As mulheres não queriam trepar
comigo, eram obrigadas, e isso me tirava o tesão. E a cada vez que
eu brochava, os sacanas me tiravam do que, há uns meses antes, seria
o paraíso pra mim.
- Não quer duas mulheres esfregando a buceta em você? Isso não te excita, poetinha (esse era o meu apelido...)? Então corta que eu já sei...
- Não quer duas mulheres esfregando a buceta em você? Isso não te excita, poetinha (esse era o meu apelido...)? Então corta que eu já sei...
E me colocavam pra
ser fodido por um ou dois homens. Eu sentia meu cu tornar-se uma
couve-flor, virar do avesso, mas se eu reclamasse ou parasse a cena,
cortavam e mudavam o tipo de vídeo, sempre indo numa escala em
direção ao que eu menos gostava: me passavam para ser a estrela de
um gangbang masoquista, onde eu era esporrado enquanto alguém me
cortava com giletes ou socava minha cara.
Óbvio
que eu optava por fuder o máximo que podia as mulheres enjauladas
comigo. Mas a empatia, cara... Na verdade, acho que era o oposto de
empatia, só estou tentando me passar como bonzinho. Realmente, eu
fuderia até acabar com aquelas mulheres, com um pouco de raiva. Não
raiva das mulheres, mas a raiva que surge do medo; eu não queria era
ser colocado no mesmo lugar que elas. Mas a cabeça é uma merda.
Quando eu percebia, estava eu pensando que essas mulheres não
queriam fuder comigo tanto quanto eu não queria ser fodido pelos
caras – percebe a diferença entre fuder e foder? E começava meu
esforço para concentrar e seguir fazendo aquelas mulheres sofrer,
para que eu não fosse obrigado a botar para jogo aquele meu buraco
onde só o dedinho da mamãe havia estado, e só pra passar
Hipoglós... Aí pensava na mãe das garotas que também passavam
Hipoglós nelas... Não era empatia porra nenhuma, apenas não há
meios de segurar uma ereção se o seu cérebro está pensando em
bundinha de bebê com pomada. E lá ia eu sofrer.
Até que passei a
estragar todas as cenas, gritava que aquilo era um crime. E foram me
passando para cenas cada vez mais extremas. Minha última cena não
envolvia picas, mas me empurravam na parte mais dianteira da hélice,
sem ser as pás, que estavam rodando. Enquanto a parte pontiaguda
entrava na bundinha que mamãe passou talquinho, as hélices cortavam
minhas pernas fora. E depois disso, gravaram, por diversão, meus
braços sendo cortados pela mesma hélice e me liberaram.
Lembro de ter
pensado que saí de um jeito muito bom, pois a outra possibilidade
seria algum amigo meu doente que tivesse pago pelos vídeos ter me
visto em um deles. Daí ele teria que alertar a polícia, minha
família, e seria realmente vergonhoso. Mas eu poderia ter meus
membros ainda.
Hoje, inventei uma
história completamente diferente para estar desse jeito, sem braços
ou pernas. Falei que foi sequestro e que resolveram me deixar assim
quando descobriram que eu era pobre. No Rio de Janeiro é uma
história bem viável. E escrevo essa história em um tablet, onde
bato com a cabeça do meu pau em cada tecla, em um esforço absurdo
para não errar. Mentira. Uso um canudo em minha boca e vou, tecla a
tecla, escrevendo.
Essa minha história
é bem maior. Poderia ter muito mais páginas. Mas falta-me paciência
para escrever com a boca. Além do mais, falta-me tempo, pois boa
parte dele passo pensando: será que o CumFiesta.com era tão cruel
com as atrizes quanto o SeXXXtremeFuck.com foi comigo?
Embora meu pau, meu
único membro que sobrou, consiga ter ereções normais, não consigo
mais entrar em nenhum site pornográfico.
A empatia. Essa
maldita empatia.