sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Vingança dos Mosquitos

Um dia eu vou sumir. Tipo: SUMIR. Não, não será seqüestro, tampouco abdução, muito menos vontade de virar ermitão; provavelmente um grupo muito grande de mosquitos, milhares, ou milhões deles, juntos, me levarão como forma de vingança contra o sádico que matou seus parentes e amigos e encheu o seu quarto com corpos de mosquitos mortos como enfeite macabro.

Giovanna e piadas



Voltando de Caxias para Braz de pina, com Giovanna.
Giovanna: Titio, vamos brincar de piada?
Eu: Vamos... (comecei com a clássica) O que é que tem bico mas não é pássaro, tem asa, mas não voa?
Giovanna pensa... bota a mão na boca.
G: Uma ema!
Eu penso... puta que pariu, acho que ema é um pássaro, grande, mas um pássaro... mas ela não tem como saber isso, e deu uma ótima resposta... Mas enfim...
Eu: Errou! Uma chaleira!
G: Uma chaleira... hmm...
Percebi que ela não entendeu, e nem deve saber o que é uma chaleira. Eu não sei o que é uma chaleira... e acho que oficialmente, a resposta é "bule"... Seguimos.
G: Agora sou eu! O que tem pé, mas não anda?
Eu: Um aleijado!
G: O que é um aleijado?
Eu: Uma pessoa que tem pé, mas o pé não mexe, fica paralisado.
G: Acertou!
Eu: Não, fala, o que é que tem pé mas não anda?
G: Um aleijado!
Eu: Não... fala o que você tinha pensado...
G: É isso, titio...
Eu: Ok... tá, vai você de novo...
G: O que tem asa, mas não voa?
Eu: Sem ser a chaleira, né?
G: É...
Eu: Hm... não sei!
G: Um tubarão!!!
....
Eu: Giovanna, tubarão não tem asa...
G: Ihhh... é mesmo!
Mas acho que adivinhações desse tipo são muito mais legais! E terminou com ela morrendo de rir com a piada dos tomates tentando atravessar a rua... Pediu preu repetir umas cinco vezes...

Por que não automedicação?

Torci o pé. Achei que podia estar quebrado, porque tava doendo pra caralho. Mas foda-se, vou mancando que essa porra se ajeita. Aí começa o blablablabla "vai no médico".
Fui. Recepção VAZIA. Fui pra recepcionista. O segurança, quando cheguei ao balcão, me pede para tirar a senha primeiro. Volto para a porta de entrada, onde tem um aparelho, tiro a senha. Imediatamente a recepcionista chama a senha. Eu, mancando, penso que em casa estaria pelo menos, andando menos. Vou até a recepcionista, que conversa sobre um sanduíche com a recepcionista do lado, e pede para ela me atender, que ela vai comer sanduíche. Eu era o ÚNICO para ser atendido no local. Beleza. A mulher me atende, e o médico chama (tudo pelo televisorzinho de senhas... tecnologia lá em cima). Fui na sala do médico, no final do corredor, AO LADO da sala de Raio-X. O médico passa o raio-X e pede para eu voltar para a recepção, que lá ia autorizar o exame. Volto mancando pra porra da recepção. A mulher autoriza e me indica a sala de Raio-X, no final do corredor, à esquerda (ao lado da sala do médico...). Volto mancando pra merda do final do corredor. Sala do Raio-X vazia. Sala do médico: não tem ninguém no Raio-X. Mulher aparece do inferno e pega o papel da minha mão. Pede para eu esperar. Vejo uma cadeira ali perto e sento. Mulher vem: você tem que esperar lá na recepção, senão você não vai ver quando vão te chamar. Penso "porra, só tem eu nessa merda, caralho seboso, buceta perebenta! É SÓ ME CHAMAR QUE EU VOU!" Mas vou mancando pra recepção, só pra ver se a filha da puta ia comer um sanduíche também antes de me chamar... Aliás, pensando que ia demorar, tinha levado até livro, e não tava puto porque pensava que se demorasse, pelo menos, tinha o que fazer pra passar o tempo. Chego na recepção e a porra da TV já tá apitando meu número no raio-X. Tão de sacanagem. Volto pro raio-X, e no corredor continuo ouvindo o PIPI-PIPI irritante da senha, como se falasse que eu estou demorando a chegar lá... Chego. Não era a mulher que era do raio-x, mas um carinha, que demorou 2 segundos pra tirar o raio-X (na sala ao lado da sala do médico), e me mandou... de volta à recepção. Chegando na recepção, mal sento na cadeira, o médico me chama. Volto naquela buceta de sala bolorenta do caralho, o cara fala que é só torção, não mostra o raio-x, me passa GELO e um anti-inflamatório.
Olhei com aquela cara de "eu posso ser médico", e pensei em por que reclamam tanto de automedicação... Voltei mancando pra recepção, triste por ter perdido um tempinho com a perna pro ar, que acho que ia ser melhor.

Porra, Drummond!


Havia uma bosta de um relevo na rua.
Se eu não seguisse o que mamãe falou
E atravessasse a rua sem olhar pros lados,
Eu veria a bosta do relevo.
Como não vi, o pé eu torci.
Porque havia uma bosta de um relevo na rua.
Antes tivesse uma pedra no meio do caminho,
Que eu ia chutar porque sou rebelde sem causa.
Mas a bosta do relevo me fez torcer o pé
E ficar mancando
Na bosta da rua.
Porra, Drummond, todo mundo tropeça, mas ninguém consegue fazer uma poesia maneira disso...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ódio aos Enólogos II


Olha que louco... eu saí do banho (de toalha... todo molhado) pra postar o Ódio aos Enólogos II, e fui ver no meu blog se tinha o I, que eu sabia que tinha postado no facebook. Não achei, reescrevi o Ódio I, e esqueci o ódio II, que foi o que eu queria escrever.

Foda essa vida de ter idéia nos lugares mais bizarros, e ter alzheimer ao mesmo tempo... =/ 

Fodeu...

Ódio aos Enólogos I

Para mim
Quem cheira vinho
É igual quem cheira buceta:
Não sabe usufruir do material que tem.

Quer cheirar, vá na cocaína,
Não no vinho ou na vagina.
Não faça isso com ela,
Que só quer uma lambidela.

É uma falsa pretensão
De que gosta ou tem tesão
Por algo que é pra se provar com a língua
No entanto, cheiram e reclamam.

"Cheiro de bacalhau";
"Leve aroma de carvalho";
Não me levem a mal
Mas vão pra casa do caralho!

Seja buceta ou vinho
Lembremos do deus Baco:
O certo é cair de boca
E embebedar-se
Com os divinos líquidos!


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Distorção de um pensamento meu antigo, que eu coloquei, acho que bem melhor, no facebook, anos atrás... Mas como não consegui achar, tae... E eu faço essa mistura de métrica, porque assimetria é o mundo real. Não tem essa de dodecafonices!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Crônica Podrônica


Barraquinha do "Salgado + Refresco R$ 2,00". Um cara para, olha, pensa e manda:
- Tem coxinha de frango com catupiry?
Tiazinha do lanche manda aquele olhar de reprovação, franzindo as sobrancelhas.
- De quê? - o olhar dela parecia censurar o cara, como se fosse uma professora pedindo para o aluno reformular a pergunta.
O cara solta, baixinho, humilde:
- De frango...
A tiazinha abre um meio sorriso e acena com a cabeça, como quem diz "isso, bem melhor."
Porra, a R$ 2,00 o cara tem que dar sorte de ser carne de frango, e não de pombo. Quer catupiry? Vai pra Cavê, porra!
E eu sigo comendo meu hambúrguer de rato de forno, só observando...

Aula de datilografia forçada

Tenho dedo gordo, sempre digitei errado, desde o mIrc. Mas falar que está estudando na Darcy Ribeiro, na internet, vira "estou fazendo Darcy" ou "É darcy de segunda a sábado...". Isso me faz dedilhar o teclado cada vez com mais cuidado. Porque o Y fica ao lado do U, o que torna meus dedos gordos um defeito muito perigoso...