terça-feira, 20 de abril de 2010

Ruderrel?

Quem sou eu?
Sou o puto que te comeu?
Sou apenas o rei plebeu?
Que se foda quem ainda não leu...
Você sabe, teu cu é meu.

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bebida é Pasto

Não faço a mínima idéia de como juntar o que quero escrever, mas quero escrever, portanto foda-se a organização. Trata-se tudo de bebida, ou não.
No café da manhã de hoje resolvi experimentar de novo leite com achocolatado. Tanto tempo que não tomo leite, mas não posso perder os poucos dentes que a natureza me deu por falta de cálcio, é o que diria um professor de biologia. E percebi, assustado, que tive a mesma sensação de uns meses atrás, quando me deu súbita vontade de beber leite também: eu não sei quando o leite está estragado, porque todo leite parece, para mim, azedo (antes que um filho da puta qualquer faça alguma piadinha do tipo "é porque você está tomando porra", deixo claro que refiro-me ao leite de vaca que vem em caixinha, e não o que vem em tetas, como o da tua mãe, escroto esquerdo!). Não sei o que me causa isso, mas em parte acho que o cheiro nauseante daquela droga é o culpado.
Mas fodam-se os leitólogos, que diferenciam leite de cabra de leite de vaca e assim vai... passemos à diferença de Orloff para Smirnoff. Isso é muito louco porque vou acabar não falando da diferença quase, pois só me lembra um porre no carnaval de 2010, no qual após esboçar uma dança de Beto Barbosa, mandei um black vomit from hell no colchão, cheio de morangos... agora, por parte; escrevi sobre tudo o que queria aqui nesse parágrafo, para eu não esquecer... destrinchemos abaixo.
Bebida barata. É tudo o que se procura quando em um ambiente hostil. Período hostil, no caso. No carnaval qualquer ambiente torna-se hostil no Brasil.Enfim, essa volta toda apenas para falar na importância da escrita para identificar a qualidade da bebida. A primeira vez que vou beber essas misturas toscas de vodka vagabunda com fruta, a popularmente conhecida Caipivodka. Pois bem, procurei um local que fosse barato o bastante e que me desse um copo mega da mistura. Achei. Por quatro reais teria meio litro disso, para beber do jeito que quisesse. Até jogar fora, mas isso seria jogar dinheiro fora, e jogar dinheiro gasto com bebida fora, é jogar dinheiro fora. Pois bebi tudo. Antes, no entanto, de beber tudo, na hora da escolha do lugar, percebi um pequeno erro na escrita: CAPIVODKA, sem o I antes do P. Não dei a mínima, mas poderia ter percebido que alguém que não sabe escrever, não saiba ler muito bem... aí de Orloff pra Skaritoff, pra Tomboff... é tudo a mesma coisa. Mifu bonito.
A importância não é o auto-biográfico. Na verdade, nada importa nisso. Mas aí vem o vômito. É importante que o vômito distraia você. Eu gosto quando vomito algo que me entretem, como um vômito preto, que me lembra black vomit, que me lembra Sarcófago. É bom distrair a cabeça pensando em Sarcófago enquanto olha para o seu vômito. O vômito é tão deprimente, você com um gosto ruim na boca, olhando para uma mistura disforme... sem distração, é uma merda! Por isso muitos ficam olhando o próprio vômito, procurando grãos de arroz, macarrão, enfim, tentando lembrar-se da comida que comeram naquele dia. E a coisa mais linda para qualquer pessoa (mais do que o arco-íris, borboletas em um campo de maçã, ou o Bozo estuprando a Vovó Mafalda), é perceber um sorriso no rosto do vomitador. Sorriso do qual cai um respingo de vômito, meio marrom, enquanto a pessoa sorri. E de cabeça abaixada, ela subitamente levanta-se, apoiada pelo sorriso, com um pedaço de arroz em seu incisivo central. Sei que todos reconhecem essa imagem. Sei que um dia já não puderam ver essa imagem, mas sentiram na pele ( e na boca) essa cena.
O dever me chama.
No more.