domingo, 30 de novembro de 2008

A Dorothy

São 3 discursos de uma pessoa perdida no mundo, mas muito querida. Aí vai.

1) Assistindo Ace Ventura 2 - Um Maluco na África. Cena antológica do Jim Carrey saindo pelo "cu" do Rinoceronte.
Eu: "Ae, Gabriel, a Luciana falou que isso aí era um elefante!"
Gabriel: "Hahaha. Pooorra..."
Eu: "É... aí eu tive que falar: 'é um rinoceronte, porra!' E ela teimou comigo ainda!"
L.U.*: "Ah... é que eu tinha visto só a bunda. E bunda de hipopótamo e de elefante é tudo igual"
(Detalhe: a cena estava passando na televisão, e os 3 assistindo)
Gabriel: "..."
Eu: "... Puta que pariu..."
Gabriel e eu: "HAhAUAHAUHAUhAhhaUhaUHA"

2) Gabriel, com alguma ziquizira from hell, está se desmanchando, e fica com um paninho secando o suor do corpo a toda hora (um paninho bem nojento, diga-se de passagem). Pelos bons costumes que têm, Gabriel fica tacando nos outros o pano, por diversão, e fora isso, não o larga por nada.
Eu: "Porra, tá parecendo o amigo do Charlie Brown, aquele que carrega o cobertor para todo lugar..."
Gabriel: "Ah... que amigo? Eu não lembro desse não..."
L.U.: "Amigo do Charlie Brown? Do que que vocês estão falando??"
Gabriel e eu: "..."
Eu: "Snoopy, pô..."
Gabriel: "Pessoa sem cultura é foda."
O papo continuou por uns 2 minutos, somente entre mim e Gabriel, sobre o absurdo de a pessoa não conhecer desenho, nem ter lido tira de jornal, e eis que surge a pergunta.
L.U.: "Perae... vocês estão falando do desenho? Pensei que era Charlie Brown a banda!"
Eu e Gabriel: "PUTA QUE PARIU! AUHhaUUHAhUAa"
Eu: "Porra, eu falei, Snoopy!"
L.U.: "Ah, achei que era da banda pô, tem o Snoopy Dog, aquele rapper, né?"
...

3) Passando clipe do INXS na TV. Comento que já fui no show da banda. Recebo um "Foda-se". Ignoro e comentam algo sobre meu cabelo e o do Michael Hutchcence (não sei e nem quero ir ao google pesquisar o nome dele agora, pois o sono me pega) e sobre a banda ser chatinha.
Eu: "É... mas quando eu fui o vocalista não era ele. Esse daí se matou, mais um motivo para ganhar meu respeito."
Gabriel: "Mas porra... ele se matou! Ele não foi nem morto, cara... ele se matou!"
Eu: "Sim, por isso mesmo. Ele decidiu quando ia morrer, não deixou decidirem por ele."
L.U.: "Ele se matou por que?"
Eu: "Ahn, não sei... na época ele não estava falando muito comigo, sabe..."
L.U.: "Mas porra, mídia sabe... a mídia sempre dá."
Eu: "Ah sim... 'E agora, uma entrevista exclusiva com Michael Hutchcence após o suicídio! Por que você se matou?"
L.U.: "Ué, John Lennon se suicidou por causa de um fã louco!"
Eu e Gabriel: "... PUTA QUE PARIU! AHUUHAUHAUHAHUAUH"

Tava demais. Isso tudo, acreditem ou não, aconteceu em um intervalo de menos de 3 horas! AHUuHAUHHuaHa
Mas isso faz a pessoa ser mais especial, ou não, simplesmente me diverte mais ainda. Zoeira!
Beijão pra você!

*Pessoa amada (sim, ela faz questão dessa palavra =P), apenas as iniciais são colocadas para que não haja discriminação ;) Cchi! (esse é o barulho que se faz com a boca quando se pisca o olho e aponta para a pessoa)

OBS: Esse post está meio sem a cara do blog, tá mais com cara de flog, né? Mas é uma exceção!


quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rãdassi

Pressão. Tudo dando errado. A vida, uma Melo... uma Merda.
Sorriso alheio, simpático. Falso.
Cara própria: virada para o computador. Antolhos imaginários para bloquear o sorriso falso.
Sorriso falso fala:
- Ain... nada pra você fazer hoje né?
Pensamento próprio: nem hoje, nem ontem, e nem há uma semana, porra! Estou vendendo meu tempo livre prá vocês!
Pensamento sonorizado e devidamente censurado:
- É...
Sorriso alheio, falso:
- Hã hã... é... vou ver se amanhã aparece alguma coisa para você fazer.
Pensamento próprio: sim, você está vendo que estou na Internet, e se não tenho nada pra fazer, não escondo isso.
Pensamento próprio sonorizado:
- Tá...
Sorriso, cada vez mais irritante:
- Eu tô sem tempo para editar aquela minha fita...
Pensamento próprio: ah... e vai querer que eu edite? Vá pro caralho! Vou mandar se foder...
- .
..a festa da minha neta...
Pensamento próprio e sonorizado em baixo volume, sem movimentar a arcada:
- Rãdassi...
Silêncio. Muito silêncio.
Pensamento próprio: será que ela ouviu, e decifrou até mesmo a pequena censura que transformou um sonoro FODA-SE em um rãdassi estilo ventríloquo?
Pensamento sonorizado:
- É, pode ser...
Pensamento próprio: filha da puta, trabalho de merda.
Troca de sorrisos falsos.
E assim vou ganhando meu dinheiro honesto.


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Bahia

Hoje estava digitando um texto que uma coroa escreveu, sobre o Dorival Caymmi. Me dei conta de que ela falava muito do mar, e só o que me vinha na cabeça era um comercial onde um bahiano gordo e de cabelo branco cantava toscamente: "U pescadôooooooooooo tem dôoooooooooooi zamôoooooooooooooooor: um beeeeeeem na terraaaaaa, um beeeeeeeem no maaaaaaaaaaaaar". E me lembrei da novela "Porto dos Milagres". Me veio então a pergunta: Dorival Caymmi seria para a música baiana a mesma merda que o Jorge Amado foi para a literatura?
Após uma confusão mental, na qual eu tentava separar Dorival Caymmi e Jorge Amado, cheguei à conclusão: sei que são duas pessoas diferentes, mas não consigo diferenciar. Para mim, a Zélia Gattai é mulher dos dois. E ponto.

Acho que é só isso. Postagem da madrugada.

Normalidad

Ponta de pé-de-vento

O ônibus passou
Eu não fiz sinal
Ele não parou
Passou tão estranho
Não senti o mínimo tesão
Meu pau nem ficou duro
Para eu mandar ele parar
E ainda ter que correr atrás.

Espero o próximo
Respiro a toalha mofada
(esses cheiros sempre estão presentes)
E meu corpo voa, sem eu ver nada.

Posso bater agora?
Não, não sou de violência!
Refiro-me a uma punheta...
Algumas pessoas não gostam de ver isso
E eis o porquê de eu perguntar.
Não sou imoral,
Só não concordo com a moral vigente.
Percebe? É diferente!
Como um urso que bóia em sua piscina, no zoológico,
E me traz lembranças eróticas.

Preciso desabafar, mas nem sei o que falar!
Talvez tenha uma overdose de Getúlio
E não faço idéia da conseqüência disso.
Achei as pilhas necessárias para ligar
E agora só me falta o brinquedo.

Quer brincar comigo?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

E você ainda acredita em Deus?

Avião da banda Calypso cai e mata 2 pessoas. Ninguém da banda estava no vôo.

Precisa de mais alguma prova de que não existe um ser que zele pelo mundo?

P.S.: Hoje a tarde soube que era o empresário da banda um dos mortos. Enfim, teve o que merecia. Menos mal agora, fico aliviado de que alguém que tenha culpa nisso tenha morrido.

Ende Pestistrai Quizaguen

A palavra-chave é referência. Colocaria um link para algum dicionário, mas estou sem o mínimo saco para isso. Além do mais, estou no trabalho, embora esteja pouco me fodendo para isso. Mas enfim, preciso escrever rápido porque como sempre, tem muita coisa na minha cabeçorra.
Perdi a referência da minha vida, exatamente por causa da maldita referência. Complicado? Nem tanto, vou explicar (não esperem um tutorial, vou fazê-lo da minha forma). Descobri ter perdido a dita cuja ontem, após me defrontar com a crendice de que sonhos podem ser verdade, querer discutir Jung com quem lê a revista do João Bidu, e ficar puto por uma outra referência alheia. Ah não, ainda não tinha perdido essa merda, não; só percebi que tinha perdido quando, mijando, olhei para o relógio e pensei: "são uma e meia da manhã. E daí? Poderia estar mijando só abrindo o zíper, mas abri o botão também. O que estou fazendo?"
O essencial para se notar a perda da referência foi o tempo. Por que estou contando o tempo se não tenho nada, nenhuma referência de futuro? O tempo perde o sentido. Repeti muito a palavra tempo? Foda-se, não tenho referências literárias...
E essa perda de referência no futuro deu-se por existir uma referência do passado. O ponto engraçado é que todos têm uma referência do passado, mas o MEU (o seu, de quem está lendo), é sempre muito mais limpo do que o do OUTRO, o que faz haver uma cobrança. O presente está legal? Grandes merda! Se a sua referência passada não é legal, iorauti!
Acho que aí acaba minha explicação. Não antes sem falar que o pretérito é imperfeito, o presente é imperfeito e o futuro é uma merda. Viva a gramática!

Penso agora que quando alguém evita as pessoas, sem ter referência alguma, ele é cobrado por não ter referências! Olha que loucura! E quando passa a tentar um convívio social maior, errando uma vez, tá fodido, porque ficou com a marca do rebanho, como se fosse marcado a ferro quente com uma cruz filha da puta desses malditos cristãos! Não deu pra segurar.. tinha que encaixar em algum momento meu ódio às religiões, muito focada na maior praga, ao menos para mim, no Brasil.
Eles querem a exclusividade da sua morte. Não vá para o limbo, deixe que a Inquisição te manda para o céu! Pro caralho! Perdi a referência, mas não a dignidade. Mas norieti.

Bom, quem escreve essa porra não sou eu, até porque estou trabalhando; é meu eu-líric-odioso. Ele me odeia também, não é algo exclusivo de vocês.

Uarabau tiquilin bedipi pou? Sacanearam pessoas que eu gosto muito, e agora me arrependo amargamente de ter adiado minha formatura na faculdade por 6 meses. Não conheço as pessoas, apenas ouvi falar por terceiros, mas me sinto altamente afim de experimentar essa sensação, e creio que tenho a quem recorrer caso realmente queira fazer isso. Virar um justiceiro não é má idéia.

Obs.: Agradeço ao Fabio pela menção no blog dele. Primo famoso e primo fracassado, praticamente. AHhaUhAUuhAHUaa E vou seguir o conselho do seu primo, exceto o de dar a bunda... Não fiz 4 anos de faculdade para ter cela separada sem motivo! AIUahauhuAhua

Obs. 2: O texto anterior era para ser engraçado, mas as circustâncias acabaram tirando TODO o humor do texto.

Obs. 3: As duas primeiras observações fiz antes de escrever o texto, antes de descarregar todo esse chorume aqui.

sábado, 22 de novembro de 2008

Medo e Morte

Não sei não. Estou ficando cada dia mais com medo, e acho que precisarei adiantar alguns planos que tinha para um futuro próximo, mas nem tanto.
Acontece que Marombeira´s mother andou comprando coisas para bebês, e dizendo a uma pessoa muito ligada a mim que era para ela, pois ela lhe daria uma neta. Isso me assusta. Muito. Porque ela não só falou que terá um filho, mas deu o gênero também, e falou confiante.
Na verdade, isso não me incomodou tanto assim, isoladamente: a moral da família é preservada através de medos impostos por nossos pais. Se você é filha mulher, os medos serão triplicados. Fato. Mas Mad´s mother , a quem o filho nunca deu liberdade para falar de sexo ou neto ou coisa parecida, vira para o animal e diz:
- Hoje sonhei que ia ter um neto. Não sei se de você ou do seu irmão, mas eu ia ser avó.
Caralho. Eu finjo que não ligo, faço cara de descaso, mas a minha vida está uma merda já. Por favor, não me arrume um motivo para me adiantar.

Mas quem sabe... A vida é assim, né? Alguns planos precisam ser adiantados. E não me refiro de modo algum a ter um filho.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Legay

Uma curiosa mente nunca pára de trabalhar, nem mesmo nos momentos mais banais e excréticos, exista essa palava ou não. E o que mais me assusta é que são muitos (quase escrevo "um turbilhão", mas não, não quero ser pseudo-literato) pensamentos que vêm à tona (tudo bem, de vez em quando não resisto), em um tempo muito curto.
Dessa vez, foi algo bizarro. Fui ao banheiro, mijar. Mas estava de cinto, e a preguiça me guia ao longo de meus 22 anos, e sempre me surpreendo com as maneiras que invento de ganhar tempo. Pensei que, se apenas abrisse o zíper e mijasse, economizaria tempo e não precisaria ficar procurando qual o buraco certo (do cinto) para que eu não sinta meu acúmulo de bacon e manteiga tão presentes em meu corpo; mas na mesma hora, isso tudo, simultaneamente me parecia novo, mas também um deja-vu! E veio então o "epa... eu já pensei isso antes. Por que não continuei fazendo?" Me veio a lembrança de que eu temo o zíper, e em seguida, lembro-me vagamente de alguma cena em que meu protagonista foi rapidamente esfolado pelo zíper. Ah, entendi porque não continuei fazendo. Medo bobo. Também lembrei que caso estivesse de pau duro, seria foda tirar sem aquela parte da calça me pagar um boquete de iniciante, serrilhado... Além do mais, se eu estivesse de pau duro, nem mijaria; odeio ter que perder tempo para mirar , e sei que o vaso é para baixo, direção à qual o garoto se opõe quando está bombeando sangue. Mas agora ele está tranqüilo, e dá para mijar. Desafiarei a braguilha!
Apenas uma observação: todos os pensamentos que se seguem, eu estou em frente à privada, pensando no modo que vou mijar, e eu não parei para pensar. Fui pensando enquanto levantava a tampa da privada.
Enquanto mijo, fazendo o contorno da privada (e com o cinto prendendo devidamente a minha calça), imagino que algumas garotas desejariam ter algo para colocar para fora, não só para mijar, mas se quisesse facilitar uma abordagem sexual pública; botar para fora é o que torna mais fácil. Sim, pode até ser, mas se ela tivesse algo a botar para fora, seria estranho. Confesso que a idéia adiante não pensei na hora: poderia ser até uma buceta com um tubo, como se fosse uma camisinha saindo de sua pélvis (não sei se alguém tem o grau de abstração para imaginar isso), e continuaria sendo estranho. Mas na hora, só pensei que se ela tivesse algo possível de botar pra fora, não ia encaixar.
Encaixar... isso me lembrou LEGO, bóvio (não foi erro de digitação, escrevo assim mesmo)! Então pensei: que continuem sendo LEGO, assim mesmo (não, não é como Deus fez e como Deus quer, não deturpem meu texto!). Mas (aí eu já lavava as mãos, ou as estava secando) o LEGO não segue meu pensamento: todas as peças têm pinos de encaixe e local para encaixar.
O LEGO é gay!

E é desse modo que entro no banheiro pensando em como mijar, e saio pensando que o LEGO é gay, e que todas as crianças aprendem a fazer as orgias na forma de castelo, arma, etc. Pega um monte de encaixados! Será que ver formigas transando estimula?

Eu já não consigo pensar.

sábado, 15 de novembro de 2008

Confusão Mental

Muitos posts mentais.. muitos mesmo!
Desde semana passada não atualizo essa budega.
Então preciso falar que a semana foi como ser atropelado por um cavalo. Você já imaginou você estar em um carro, e ver um cavalo vindo de encontro ao carro? E melhor ainda, à parte que você está? Pois assim me sinto.
E agora que parei em frente ao blog, tudo sumiu da minha cabeça, de repente.

"Quando eu era pequeno,
Gostava muito de brincar.
Me apaixonei pela menina
Loira, rica e chata,
E só queria me engraçar.

Brincava de pega-pega
Com a garota rica.
Pega-pega a garota chata,
Pega-pega a sua buceta
Ela não é mais criança
Pega-pega sua buceta...

Peguei! AIDS
E gonorréia Precocemente
Tifo, HPV e sífilis também!

A garota rica é suja
Estuprada pelos pais
E eu só peguei o resto
E já não posso foder mais
(com quem sabe da história)

Me aproximo, me apresento
Sou boa-pinta, sou social
Não me conhecem
Vem cá chupar meu pau
Me dá o seu cu?

Repassando o pega-pega!
Tenho quase 20 anos
Espalhando o pega-pega
Me divirto como nunca.
Sou imortal."

Enfim, uma bosta. Eu gosto de desgraça. Não quando é comigo. Mas antes eu só falava pra não ligarem para as desgraças, porque outras acontecem de igual ou maior intensidade, e só porque a mídia não cobre, as pessoas não ligam. Minha raiva é antiga, desde a "Gabriela - sou da paz"; eu era mais novo e mais revoltado, e eu me lembro ter falado que foi muito bem-feito, que não tinha chegado nem a dar a bunda, porque prendiam a garota e blablabla. Pois voltei com a revolta, mas um pouco mais refinada. Eu sei que isso deixa as pessoas putas, falar mal da criança, adolescente que morreu. Mas rir é o melhor remédio. Eu percebo que as pessoas ficam mais incomodadas com a minha risada perante algum assassinato (aliás, falei que foi no caso Eloá, mas o último mesmo foi a garota de 9 anos que marcou um encontro na internet e foi morta e colocada no porta-malas.), do que se eu "blasfemasse" contra um dos novos santos.
Enfim, passei a rir mesmo das notícias de morte que mais chocam o país. Quando eu vejo que foi só uma morte que vão noticiar e logo após virá uma notícia do novo mico no zoológico de Gana, eu nem rio. Mas quando tem criança morta (fator 1), da classe média (fator 2), de modo brutal (fator 3), já começo a rir logo, penso em alguma coisa engraçada (ultimamente, apelo para poesias de outros blogs/ flogs e afins) e faço parecer real minha risada. Sei que daqui a pouco passarei a rir de verdade desses fatos, tamanho o ódio que estou criando pelos "Novos Mártires". Podiam até lançar um CD, em uma campanha nacional, com vários artistas que sofreram com a violência urbana cantando em homenagem aos pequerruxos. Lançassem simultaneamente na Hebe, Faustão, Gugu, Sônia Abrão, etc. Seria algo tipo o Teleton e o Criança Esperança; sentir raiva das pessoas que não têm e dão dinheiro para essa porra.
Fico por aqui que eu já estou começando a ficar puto.

OBS: Ninguém percebe que a meta (6, 10, 18, 20 milhões) só aumenta a cada ano, e que sempre, quando parece que não será atingida, um cheque fodástico é dado por algum caga-grana, e todos ficam felizes porque atingiram a meta (quem estabeleceu? O que será feito com essa grana?) do programa?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cazuza zaiu Jezbel!

Ando muito assustado.
Assustado mesmo, feito um pobre cachorro.
Um pobre cachorro louco.
Não, não... um pobre cachorro louco e solitário.
Melhor ainda... um pobre cachorro louco, solitário e aranhesco!
Sim! Pois meu cachorro tem 7 patas.
"Mas aranha não tem 8 patas?"
Até pode ser, mas a minha espécie só tem 7.
É uma dessas maravilhas que acontece no mundo
Assim como acontece na África:
As pessoas nascem sem músculos na barriga;
No lugar, espaço reservado aos vermes.
Se bem que a fome causa isso. E a fome é humana;
Muito humana (para não ser chamado de pseudo).

E agora estou aqui pensando em mim,
Um cachorro aranhesco aleijado geneticamente.
O mundo me reserva poucas opções, e muitas patas.
Me embolo até para andar!
Lentamente vou desejando algo...
Desejo que eu, mesmo sendo apenas
Um pobre cachorro aranhesco, louco,
Consiga me matar.
Mas como? Não consigo sequer
Andar para o meio da rua!
Permaneço sentado.
Mentalizo que eu vou conseguir
Alcançar meu objetivo,
De olhos fechados, apenas concentrado.
De repente, vejo uma luz forte
Mesmo de olhos fechados;
Abro lentamente as pestanas
E dou de cara com Deus. Ele me olha bravo e diz:
"Você não merece,
Pois é um animal, e não tem capacidade
Para acreditar em mim!
Mas vou lhe ajudar."
E sem entender como,
Uma de minhas patas se transforma em uma arma;
É uma arma com dois canos,
Para um tiro duplo, imagino.
Deus sorri para mim,
Feito o velho rico que dá dinheiro ao mendigo
Enquanto uma puta paga para ele
Um boquete de 200 reais em seu carro de luxo.
Ele acha que está sendo bonzinho.
Eu não.

Aponto minha pata-arma para Deus.
"Não acredito em você, velho safado!"
Dou-lhe dois tiros no meio da testa
E vejo seu rosto de dor;
Agora ele, que nunca existiu, se fodeu!
As crianças que me chutam
E me chamam de aberração
Brincam tranqüilas na praça.
Ninguém viu aquele filho da puta morrendo!

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Nota: O início desse texto comecei na volta do trabalho para a casa, caminhando. Foi tomando um rumo estranho, e ao que eu escrevo, percebo que fui altamente sugestionado a escrever sobre isso pelo livro que li semana passada, do Fausto Wolff. Mais exatamente a parte em que ele mata uma centopéia, que crê ser Deus. Eu não podia apagar o que eu estava escrevendo, estava surgindo na hora. Mas enfim, a quem interessar, o livro é "O Acrobata Pede Desculpas e Cai". Enfim, só para desencargo de consciência.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Instituto Manassés

Ai, mas que merda. A pessoa volta do trabalho, 6 da tarde, puta porque não fez nada. Eis que precisa encontrar com um velho inimigo (sem forma fixa... ele é como um vírus), no que deveria ser a tranqüila volta para casa. Afinal de contas, o ônibus estava vazio, apareceu em menos de 5 minutos... tudo parecia bom na volta. Ele entrou no ônibus, pela porta do meio (a de saída).
Eu não tinha percebido que se tratava "deles", pois é comum a entrada de pessoas que somente vendem balas pela porta de saída, né. Eis que começou a falar feito um flamenguista. Meus olhos, que vagueavam pelo vidro da janela e pelo chão do ônibus, ao perceberem a minha desconfiança, procuram ver quem é o emissor dessa mensagem fonética. Os olhos não me enganam; eles vêem a camisa azul. Puta que o pariu, é aquela merda mesmo! Observo sua boca, e vejo que tem um dente da frente quebrado, em forma de triângulo. Embora me faltem dentes e moral para falar disso, dentes triangulares (os que deveriam ser quadrados) me dão um certo nervoso.
"Eu represento uma clínica de recuperação para viciados em drogas e em alcoolismo..." Sim... não resta dúvida. São eles. Vai me oferecer uma porra de uma caneta com adesivos, e falar de Deus. Não dá outra: diz que a instituição não tem ajuda do governo, e só se sustenta com a ajuda das vendas que eles fazem. Cada explicação qeu ele dá, eu falo foda-se cada vez mais alto. A pessoa do meu lado me olha estranho, não sei o porquê.
Porra, é uma instituição de uma igreja evangélica, o nome é Manassés (aprendi hoje, resolvi que tinha que saber o nome da merda que eu estava pisando), cujo pastor, provavelmente cheio do dinheiro, pega os drogados, troca a maconha e o crack e o pó por bíblias e fazem os caras virarem chatos do Senhor. Aí, pega essas cobaias de lavagem cerebral, e bota eles para pegar dinheiro para o pastor encher o rabo de grana!
Pode ser que isso seja apenas mais uma paranóia minha contra a cristandade imunda que vive a me cercar, mas é opinião minha expressa, e reprovada por toda a família, mas eu prefiro um drogado do que um crente que vai ficar só falando de Deus. Apenas troca-se o vício, mas a pessoa não se cura, não fica normal.
Voltando ao busófilo, o discurso que me enoja, tenho vergonha de reproduzi-lo aqui, mas uma coisa que me deixou puto é que, além do cara me dar uma caneta e um adesivo da Hello Kitty, pra eu comprar por 1 real, e ajudar as pessoas blablabla (que o pastor, supostamente não cobra nada pela internação... vai saber... só o dízimo! Hehehe E não paga pelo trabalho escravo), o filho da puta ainda me pegou com a frase: "a quem puder ajudar, que Deus abençoe" (eu não vou ajudar, porra! Haha foda-se!) "a quem não puder ajudar..." (Há há, o meu caso é quem não QUER ajudar) "...que Deus abençoe também."
Ah.. vá pro caralho inchado na buceta perebenta da tua mãe! Eu não ajudo, e você não me livra dessa bosta de bênção de Deus? Desço puto do ônibus.

E tem gente que diz que as drogas são o problema da sociedade... vou dizer uma coisa original, e que pode virar um slogan na posteridade: a religião é a maconha do povo! Dando uma atualizada heheh mas é isso.. faz você rir mesmo estando na merda.

Isso me irrita.

domingo, 2 de novembro de 2008

Eu quero que todos morram e ninguém seja feliz!

Começo o dia mal: acordo com o ovo esquerdo. De um lado do salão, ouço pessoas reclamando de mim já. Mas tão cedo? O que faz eles se sentirem tão agredidos pela minha simplória pessoa? Preciso tomar uma atitude... Penso, mas não muito, não posso tornar-me intelectual, até porque não tenho tal capacidade, tornaria-me no máximo, um pseudo-intelectual. Tomo um ar e brado:
"Se é para a felicidade de todos, e alegria geral da Nação, então que se foda!"
Não me mato mais... pronto! Até porque, duvido mesmo que conseguiria. E porque na minha morte não quero tristeza, mas também não quero alegria. Quero indiferença, e que toquem Brujeria no meu funeral. Se fizerem... e que chupem meu pau, pela última vez, pois prazer igual não mais sentirei. A vida morre, não há nada após, e só vou sentir falta do sexo. Ou finjo.
Se eu fosse um Godard, ou um Rembrandt... na verdade, não sei nada sobre Rembrandt ou Godard, apenas decorei como se escreve o nome para parecer inteligente e saber a quem mandar tomar no cu para deixar os mais intelectualóides revoltados. Causar ódio. Talvez esse seja o caminho para minha felicidade. E quem dera eu tivesse decorado, infelizmente algumas coisas não deleto da minha cabeça, e é exatamente o que não tenho em mente que as pessoas teimam em dizer que eu sei. Eu não sei, porra! Se você quer insistir, insista! Na verdade, tudo aquilo que mentimos, passa como verdade. Mas a verdade, ela é sempre tão absurda, que mentira parece. As coincidências da vida real, quando passadas para o cinema, parecem forçadas... e as desculpas esfarrapadas de uns, são as que mais acontecem (de verdade) a outros.
E quando não se vê nada, quando não se dá um papel higiênico sujo, surge sempre um animal para relembrar a todos: "quem desdenha quer comprar!", e diz isso com um sorriso de babaca estampado na face. Que a vaca da sua vó vá ordenhar maldita, seu parafuso entortado! Ou o contrário.
E todos os cavalos de Tróia parecem sair da cidade, mas deixam alguns soldados não na cidade, mas nas casas dos novos moradores. E o que as porras dos novos moradores têm a ver com isso? Eles não estavam lá quando a luta foi travada, eles tinham suas próprias batalhas em suas cidades antigas. Mas a humanidade anda sempre a pé de guerra, e afasta a felicidade sempre que ela parece estar se aproximando.
Pois viva Tróia e a imundície lavada a sangue e ódio, deixando se esvair o perdão e tudo de mal que há no mundo.
E depois de tanta lucidez, acham que sou louco!