domingo, 2 de novembro de 2008

Eu quero que todos morram e ninguém seja feliz!

Começo o dia mal: acordo com o ovo esquerdo. De um lado do salão, ouço pessoas reclamando de mim já. Mas tão cedo? O que faz eles se sentirem tão agredidos pela minha simplória pessoa? Preciso tomar uma atitude... Penso, mas não muito, não posso tornar-me intelectual, até porque não tenho tal capacidade, tornaria-me no máximo, um pseudo-intelectual. Tomo um ar e brado:
"Se é para a felicidade de todos, e alegria geral da Nação, então que se foda!"
Não me mato mais... pronto! Até porque, duvido mesmo que conseguiria. E porque na minha morte não quero tristeza, mas também não quero alegria. Quero indiferença, e que toquem Brujeria no meu funeral. Se fizerem... e que chupem meu pau, pela última vez, pois prazer igual não mais sentirei. A vida morre, não há nada após, e só vou sentir falta do sexo. Ou finjo.
Se eu fosse um Godard, ou um Rembrandt... na verdade, não sei nada sobre Rembrandt ou Godard, apenas decorei como se escreve o nome para parecer inteligente e saber a quem mandar tomar no cu para deixar os mais intelectualóides revoltados. Causar ódio. Talvez esse seja o caminho para minha felicidade. E quem dera eu tivesse decorado, infelizmente algumas coisas não deleto da minha cabeça, e é exatamente o que não tenho em mente que as pessoas teimam em dizer que eu sei. Eu não sei, porra! Se você quer insistir, insista! Na verdade, tudo aquilo que mentimos, passa como verdade. Mas a verdade, ela é sempre tão absurda, que mentira parece. As coincidências da vida real, quando passadas para o cinema, parecem forçadas... e as desculpas esfarrapadas de uns, são as que mais acontecem (de verdade) a outros.
E quando não se vê nada, quando não se dá um papel higiênico sujo, surge sempre um animal para relembrar a todos: "quem desdenha quer comprar!", e diz isso com um sorriso de babaca estampado na face. Que a vaca da sua vó vá ordenhar maldita, seu parafuso entortado! Ou o contrário.
E todos os cavalos de Tróia parecem sair da cidade, mas deixam alguns soldados não na cidade, mas nas casas dos novos moradores. E o que as porras dos novos moradores têm a ver com isso? Eles não estavam lá quando a luta foi travada, eles tinham suas próprias batalhas em suas cidades antigas. Mas a humanidade anda sempre a pé de guerra, e afasta a felicidade sempre que ela parece estar se aproximando.
Pois viva Tróia e a imundície lavada a sangue e ódio, deixando se esvair o perdão e tudo de mal que há no mundo.
E depois de tanta lucidez, acham que sou louco!

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