terça-feira, 18 de novembro de 2008

Legay

Uma curiosa mente nunca pára de trabalhar, nem mesmo nos momentos mais banais e excréticos, exista essa palava ou não. E o que mais me assusta é que são muitos (quase escrevo "um turbilhão", mas não, não quero ser pseudo-literato) pensamentos que vêm à tona (tudo bem, de vez em quando não resisto), em um tempo muito curto.
Dessa vez, foi algo bizarro. Fui ao banheiro, mijar. Mas estava de cinto, e a preguiça me guia ao longo de meus 22 anos, e sempre me surpreendo com as maneiras que invento de ganhar tempo. Pensei que, se apenas abrisse o zíper e mijasse, economizaria tempo e não precisaria ficar procurando qual o buraco certo (do cinto) para que eu não sinta meu acúmulo de bacon e manteiga tão presentes em meu corpo; mas na mesma hora, isso tudo, simultaneamente me parecia novo, mas também um deja-vu! E veio então o "epa... eu já pensei isso antes. Por que não continuei fazendo?" Me veio a lembrança de que eu temo o zíper, e em seguida, lembro-me vagamente de alguma cena em que meu protagonista foi rapidamente esfolado pelo zíper. Ah, entendi porque não continuei fazendo. Medo bobo. Também lembrei que caso estivesse de pau duro, seria foda tirar sem aquela parte da calça me pagar um boquete de iniciante, serrilhado... Além do mais, se eu estivesse de pau duro, nem mijaria; odeio ter que perder tempo para mirar , e sei que o vaso é para baixo, direção à qual o garoto se opõe quando está bombeando sangue. Mas agora ele está tranqüilo, e dá para mijar. Desafiarei a braguilha!
Apenas uma observação: todos os pensamentos que se seguem, eu estou em frente à privada, pensando no modo que vou mijar, e eu não parei para pensar. Fui pensando enquanto levantava a tampa da privada.
Enquanto mijo, fazendo o contorno da privada (e com o cinto prendendo devidamente a minha calça), imagino que algumas garotas desejariam ter algo para colocar para fora, não só para mijar, mas se quisesse facilitar uma abordagem sexual pública; botar para fora é o que torna mais fácil. Sim, pode até ser, mas se ela tivesse algo a botar para fora, seria estranho. Confesso que a idéia adiante não pensei na hora: poderia ser até uma buceta com um tubo, como se fosse uma camisinha saindo de sua pélvis (não sei se alguém tem o grau de abstração para imaginar isso), e continuaria sendo estranho. Mas na hora, só pensei que se ela tivesse algo possível de botar pra fora, não ia encaixar.
Encaixar... isso me lembrou LEGO, bóvio (não foi erro de digitação, escrevo assim mesmo)! Então pensei: que continuem sendo LEGO, assim mesmo (não, não é como Deus fez e como Deus quer, não deturpem meu texto!). Mas (aí eu já lavava as mãos, ou as estava secando) o LEGO não segue meu pensamento: todas as peças têm pinos de encaixe e local para encaixar.
O LEGO é gay!

E é desse modo que entro no banheiro pensando em como mijar, e saio pensando que o LEGO é gay, e que todas as crianças aprendem a fazer as orgias na forma de castelo, arma, etc. Pega um monte de encaixados! Será que ver formigas transando estimula?

Eu já não consigo pensar.

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