Descarga mental!
Sim, a minha primeira idéia de blog é descarga mental, ou seja, eu jogar em forma de texto o que eu penso, para cada vez menos ter pensamentos legais jogados fora no trajeto do ponto de ônibus para casa. Sim, ônibus é um lugar muito produtivo para mim, porém não consigo escrever em um meio de transporte em movimento, e como não vou pedir para o ônibus ficar parado, vou pensando, pensando, viajando (das duas maneiras), e quando desço no meu destino, o pensamento esvai-se dirante os 10, 15 minutos de caminhada até chegar em casa.
Concordo com o seu pensamento: "Mas porra! Em 15 minutos eu não esqueço uma idéia boa... só se eu for um imbecil!" É... a imbecilidade tem sua porcentagem, mas a fome e o cansaço também. Logo, chegando no aconchego do meu lar, eu não saio escrevendo. Vou comer... aí tiro a roupa (e acreditem, isso não é nada sexy...)... mijo... deito um pouco... e aí já era. Quando sento no PC, não me vem mais a idéia. Buceta de modernidade! Aliás, buceta não... buceta é bom... caralho de modernidade (Ok, mostrando um ponto de vista moralista, já que estou estipulando o caralho alheio apra o mal... mas o meu eu acho bom... e isso é mais moralista ainda.. ah foda-se)!
Então agora aqui está um blog, que talvez eu vá escrever sobre tudo o que me vier à mente. Tudo mesmo. Então terá de tudo, para qualquer um ficar ofendido (até mesmo eu).
Minha primeira idéia hoje era falar um pouco do livro que eu estava lendo (terminei hoje), o Satíricon. Caralho! Que negócio louco, cara. E você não consegue chamar a sexualidade de gay, pois hoje temos essa mentalidade, mas o cara que escreveu isso tinha uma mentalidade completamente diferente... quase que amoral. Mas havia moral.
Outra coisa engraçada no livro é que foi escrito no século I d.C., e um poeta, personagem do livro, conta a história de uma viúva que chorava a morte de seu marido, e um soldado, encarregado de cuidar de 3 ladrões que haviam sido crucificados (lembra algo??) resolve consolar (comer) a viúva. Depois de muita custa, consegue; mas a família de um dos ladrões tirou-o da cruz, e por isso, o soldado seria condenado. O que o soldado e a viuvinha fizeram? Pregaram o cadáver do ex-marido dela na cruz, e o povo acreditou que o morto havia ressuscitado e voltado a seu local de morte, sozinho. Hmmm... interessante!!
E há até uma parte do livro, mais pro final também, que o personagem principal reflete sobre como a pessoa rica pode ter tudo o que quer, pois quem tem dinheiro consegue pessoas para ajudá-las. Isso no século I d.C. ... eu achei essa crítica demais, por ver como não é recente a ganância humana, que dá privilégios não às pessoas pelo seu caráter, mas pelo que a pessoa tem de material. Aliás, ele fala até mais na frente, pelo que a pessoa aparenta ou diz ter. É... 20 séculos depois, não vejo muita diferença...
Tudo bem, tudo bem. Até concordo um pouco contigo. "Mas você fez um blog para ESSAS idéias não se perderem? Vai tomar no cu! Ainda me fez perder tempo lendo isso!" Calma... não são essas idéias... nem sempre eu penso nos livros que estou lendo, como um pseudo-intelectual. Só me assustou o fato de ser um livro muito velho, e dizer coisas ainda atuais. Acho que foi o livro mais velho que já li... já que nunca li a Bíblia, e nunca li um livro inteiro dos filósofos gregos... Aliás, poderia até usar o Google para saber se "Édipo Rei" é mais velho, mas estou com uma preguiça... mas agora fiquei em dúvida. Aliás, isso é para testar a preguiça de vocês. A quem interessar, vá e pesquise. E deixe um comentário esculachando por eu "não conhecer os clássicos". Hehehe
Bom, acho que é isso, e está muito sóbrio para ter a minha cara. Geralmente escrevo mais negócios absurdos, coisas meio loucas, sem sentido para alguns.
Bom, quem voltar, lerá.
Quem não voltar, foda-se.
Valeu!
Fabiano Soares
