sábado, 17 de dezembro de 2016

Dalton e suas peças

Saara. Procurar uma loja que venda futon, onde a Luciana comprou dois futons marrons "para testar", gostou, e resolveu que todas as cadeiras da mesa deverão ter os mesmos futons. Bom, preciso achar a loja, a qual não tenho nome nem endereço, mas já fui à loja (foi onde ela comprou um tecido breguíssimo, natalino, pra colocar na mesa durante a festa da comilança... Enfim...), e as informações extras que tenho é de que fica ou na Rua da Alfândega, ou na Senhor dos Passos, perto da Avenida Passos. Ok.
Passeio pelo Saara, procurando a loja, mas também me encantando com as bugigangas que as lojinhas de chineses, árabes, sei lá quais mais nacionalidades, vendem por ali. Me distraio, vejo espadas samurais, máscaras de diabo, pisca-piscas. Me distraio pensando no plural de pisca-pisca também. Mas vou, volto, e enfim, acho a tal loja. Acabou o futon. "Mas tem uma filial nossa logo ali!", me aponta o vendedor, coroa simpático. Fui na filial. Nada de futon. Uma amiga do trabalho me falou de futon nas Casas Franklin. Vou lá. Acho futon. Ok! Mesmo preço, beleza! Mas o marrom que tem lá não tem os lacinhos para amarrar na cadeira... Com lacinho, só vermelho e vinho. Não, não dá... Ok. "Bom, você pode achar mais na frente, na Requinte!", me indica o vendedor da Casas Franklin, desapontado após checar o estoque e ver que não tinha o produto lá.
Vou à Requinte. Olho pr'um lado, pro outro... toalhas, lençóis... nada de futon. Uma vendedora chega e me pergunta se pode ajudar. Sai quase uma pergunta, quase um desespero desanimado da minha garganta: "futon?". Ela abriu um sorriso e pediu que a seguisse. Me apontou um mundo de futons. "Hm, tô procurando 6 marrons!" Peguei dois que achei, ela pegou mais dois. Ela olhou para os meus.
- Olha, isso não é marrom, é verde!
Eu olhei, vi marrom.
- Ah, é tudo marrom pra mim.
Ela pegou os que ela estava segurando (segundo ela, marrons), e colocou em cima dos meus. Eram meio diferentes mesmo, mas para mim, continuava tudo marrom.
- Ah, mas tem 6 marrons? - perguntei, sem largar os meus marrons, que ela dizia serem verdes.
Ela me levou à outra ponta da loja. Mais uma pilha de futons. Azuis, vermelhos e cinzas aos montes. Mas tinham apenas 2 marrons (do dela, que deixe bem claro... do meu marrom não tinha nenhum).
- É... só tenho esses 4 marrons na loja mesmo...
- Moça, eu preciso de 6 marrons, e eu estou vendo 6 marrons aqui...
- Mas esses são verd...
- Tem 6 marrons?
- ... Tem esses 4 marrons...
- Eu preciso de 6 e estou vendo 6...
Fiz uma cara de "poxa, você está atrapalhando a sua venda...". Ela entendeu.
Pegou os 6 futons marrons e levou para o caixa.
Comprei os 6 marrons, sabendo que dois eram filhos do padeiro.
Encontrei com Luciana, que chiou falando que eram diferentes. Ignorei, pois marrom ou marrom, era tudo marrom pra mim, e ia ficar na bunda... ninguém liga.
Ao chegar em casa, bela surpresa: Luciana deu conta que os futons "marrons" que ela havia comprado eram iguais aos futons que a vendedora chamou de verde. Ou seja, se ninguém sabe diferenciar marrom de verde olhando normal, que dirá com o olho do cu. Ficou tudo misturado mesmo.

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